Livro Objetiva Explicar As Modernas Teorias Do Crescimento Econômico
Por: Gabriel Dutra • 1/12/2023 • Monografia • 4.506 Palavras (19 Páginas) • 82 Visualizações
TEORIAS DO CRESCIMENTO ECONÔMICO
PRIMEIRA PARTE (INTRODUÇÃO AO CRESCIMENTO)
PORQUE ELES SÃO TÃO RICOS E NÓS TÃO POBRES? TAL PERGUNTA INTRIGA OS ECONOMISTAS
LIVRO OBJETIVA EXPLICAR AS MODERNAS TEORIAS DO CRESCIMENTO ECONÔMICO
Mundo é formado por economias de todas as formas e tamanhos. Há economias ricas e pobres e muitas economias se situam entre os dois extremos.
Há uma grande variação entre rendas per capita das economias. Os países mais pobres tem rendas per capita que são inferiores a 5% da renda per capita dos países mais ricos.
No inícios dos anos 1980, o trabalho desenvolvido por Paul Romer e por Robert Lucas na Universidade de Chicago reacendeu o interesse dos macroeconomistas pelo crescimento econômico ao destacar a economia das “ideias” e do capital humano.
Romer apresentou aos macroeconomistas a economia da tecnologia.
DADOS DE CRESCIMENTO ECONÔMICO E DESENVOLVIMENTO
O AUTOR PROBLEMATIZA QUE PARA PENSAR EM CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICOS, É ÚTIL COMEÇAR CONSIDERANDO OS CASOS EXTREMOS: OS RICOS, OS POBRES E AQUELES QUE SE MOVEM RAPIDAMENTE ENTRE ELES.
[pic 1]
O quadro 1.1 apresenta alguns dados básicos sobre crescimento e desenvolvimento em dezesseis países. Concentraremos nossa exposição dos dados na renda per capita em vez de enfatizar informações como expectativa de vida, mortalidade infantil e outros indicadores de qualidade de vida.
FATO 1: Há uma grande variação entre as rendas per capita das economias. Os países mais pobres tem rendas per capita que são inferiores a 5% da renda per capita dos países mais ricos.
#EUA eram o país mais rico no mundo em 1990, com um PIB per capita de U$18.073,00 (1985), se distanciando dos demais por um montante significativo – em países como Japão e Alemanha Ocidental o PIB ficou em torno de U$14.300,00.
Em vez de confiar em taxas de câmbio prevalecentes para fazer comparações internacionais de PIB, os economistas tentam avaliar o valor real de uma moeda em termos da sua capacidade de comprar produtos semelhantes. (taxa de câmbio ajustada pela paridade de poder de compra)
TABELA PIB PER CAPITA: Analisa vários países com dados do BM<. Alguns são desenvolvidos e outros não. Analisar de 2010 a 2020. China com expressivo crescimento no PIB per capita. Com a variação do câmbio há uma diferença no PIB per capita na análise, pois é mensurada em dólar. O cálculo para fazer a tabela é complexo.
A teoria aborda bastante o PIB per capita para analisar o crescimento.
A segunda coluna do quadro 1.1 registra um dado relacionado ao anterior, o PIB real por trabalhador, em 1990. A diferença das duas colunas está no denominador: a primeira divide o PIB der um país pela população inteira, enquanto a segunda o divide apenas pela mão-de-obra. A terceira coluna apresenta a participação da mão-de-obra – a razão entre a força de trabalho e a população – para mostrar a relação entre as duas primeiras colunas. Embora tivessem, em 1990, um PIB per capita parecido, o Japão e Alemanha Ocidental apresentavam um PIB por trabalhador bem diferente. A taxa de participação da mão-de-obra é muito mais elevada no Japão do que nos outros países.
Quanto maior o esforço feito pela economia para a produção, tanto mais produto estará disponível. Esforço, nesse contexto, corresponde à taxa de participação da força de trabalho.
A segunda seção do quadro 1.1 documenta a pobreza relativa e absoluta de algumas economias mais pobres do mundo. A Índia e o Zimbawe, tinham em 1990, um PIB per capita em torno de US$1.000,00 pouco mais de 5% do PIB dos EUA
[pic 2]
A figura acima plota em um gráfico a distribuição da população mundial em termos de PIB por trabalhador. Em 1988, cerca de metade da população mundial vivia em países com menos e 10% do PIB por trabalhador dos EUA. A maioria dessas pessoas viviam em apenas dois países: China e Índia.
A terceira seção do quadro 1.1 apresenta dados de vários países que estão passando do segundo grupo para o primeiro. Esses, chamados de países de industrialização recente (PIRs), são Hong Kong, Cingapura, Taiwan e Coreia do Sul. É interessante observar que por volta de 1990, Hong Kong tinha uma renda per capita de US$14.854, maior do que todos os demais países industrializados, exceto EUA. Esse PIB per capita era mais do que o dobro daquele da Coreia do Sul. Contudo, como ocorreu no Japão, o elevado PIB per capita de Hong Kong é em grande parte, decorrência da alta taxa de participação de mão de obra desse país.
Uma característica importante desses PIRs é sua elevada taxa de crescimento, e isso nos leva ao próximo fato:
FATO 2: AS TAXAS DE CRESCIMENTO ECONÔMICO VARIAM SUBSTANCIALMENTE ENTRE UM PAÍS E OUTRO.
ANALISANDO O QUADRO 1.1 NAS ÚLTIMAS DUAS COLUNAS CARACTERIZAM O CRESCIMENTO ECONÔMICO. A QUARTA COLUNA REGISTRA A TAXA MÉDIA ANUAL DE VARIAÇÃO EM LOGARITMO (NATURAL) DO PIB POR TRABALHADOR DE 1960 A 1980. O CRESCIMENTO DO PIB POR TRABALHADOR DOS EUA FOI DE APENAS 1,4% AO ANO ENTRE 1960 E 1990. FRANÇA, ALEMANHA ORIENTAL E REINO UNIDO CRESCERAM UM POUCO MAIS RÁPIDO, ENQUANTO O JAPÃO REGISTROU A SIGNIFICATIVA TAXA DE 5%. OS PIRs superaram até o Japão, exemplificando realmente o que se entende por um “milagre de crescimento”.
[pic 3]
Uma maneira interessante de interpretar essas taxas de crescimento foi apresentada por Robert E. Lucas Jr, em um artigo intitulado “on the mechanics os econmics development” (1988), uma regra bastante conveniente usada por Lucas é a de que um país que cresce a uma taxa de g% ao ano dobrará sua renda per capita a cada 70/g anos. De acordo com essa regra, o PIB por trabalhador dos EUA duplicará em cerca de 50 anos, enquanto o PIB por trabalhador japonês dobrará em cerca de 14 anos (pg 9).
FATO 3 – AS TAXAS DE CRESCIMENTO NÃO SÃO NECESSARIAMENTE CONSTANTES
Nos EUA e em muitos dos países mais pobres do mundo, as taxas de crescimento não mudaram muito nos últimos 100 anos. Por outro lado, as taxas de crescimento aumentaram significaqtivamente em países como o Japão e os PIRs.
Outra maneira de verificar que as taxas de crescimento não são constantes ao longo do tempo é observar alguns exemplos. A taxa de crescimento médio da Índia no período de 1960 a 1990 foi de 2% ao ano. Contudo, de 1960 a 1980 a taxa de crescimento foi de apenas 1,3% ao ano, durante os anos de 1980, a taxa se acelerou para 3,4% ao ano. ...como exemplo final pode-se observar que, segundo informações de várias fontes, a taxa de crescimento anual da China tem sido de cerca de 10% nos últimos anos. Essa taxa parece muito elevada para ser aceira sem mais nem menos, mas não há dúvidas de que a economia chinesa recente tem registrado um crescimento acelerado.
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