Marketing
Por: Tiago Tadeu Marques Oliveira • 21/6/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 1.685 Palavras (7 Páginas) • 307 Visualizações
ESPM
Professor: Renato Borgheresi
Case 1 da Sul
Curso: Gestão de Negócios e Marketing
Turma: 2014SF22
Disciplina: Marketing
Trabalho realizado pelo grupo de alunos formados por:
Andreia Maggesi 21420681
Aline Figueiroa 21420684
Bruno Lazanha 21420688
Gustavo Bittencourt 21420679
Tiago T M Oliveira 21420680
São Paulo
Dezembro/2014
1 – A empresa de confecções 1 da sul e criadora da marca de mesmo nome tem como objetivo criar e promover cultura de periferia com foco na transformação social. Iniciada com a fabricação de bonés passou a criar adesivos automotivos e posteriormente incorporou camisetas ao portfólio instalando o primeiro ponto de venda da grife.
Sempre procurando por oficinas de costura no próprio Capão Redondo para incentivar a produção local e gerar renda para a comunidade, acabou descobrindo que já existia gente no Capão produzindo para grandes marcas e recebendo pouco por isso. A grife está ligada a artistas com forte influencia na região como Chorão, ex-vocalista da banda Charlie Brown Jr, e o rapper Criolo criando uma identidade com público alvo da marca que são os próprios moradores da região que muitas vezes trabalhavam o mês inteiro e gastavam todo o dinheiro que tinham para comprar uma roupa de outra marca.
A marca também produz moletons, calças e gorros além de acessórios como chaveiros, carteiras, colares, cadernos e cintos. A 1 da sul também age de forma consciente ajudando a manter projetos sociais na comunidade.
2 – Um fator de macro ambiente onde a empresa está inserida de forma positiva é o ambiente cultural que constitui as forças que afetam a percepção, preferencias e comportamento da sociedade já que a marca é direcionada para a comunidade do Capão Redondo e hoje é um símbolo para todos que vivem lá fazendo as pessoas sentirem orgulho de usarem a marca. Temos também o ambiente econômico como fator positivo, a marca além de usar mão de obra da comunidade tem a politica de preços adequados a realidade dos consumidores da marca além de todo um projeto onde os lucros obtidos financiam uma série de eventos culturais, ajudam a manter uma editora responsável por publicar e divulgar autores do bairro e uma ONG que atua na educação de crianças.
Como macro ambiente negativo tem o ambiente demográfico que limita a área de cobertura da marca que fica limitada a comunidade e a poucos simpatizantes de outra localização.
3 – Os consumidores das roupas feitas pela 1 da Sul são influenciados a consumirem seus produtos porque necessitam buscar um sentimento de pertencimento e de orgulho, visto que moram em uma região praticamente isolada, politica e socialmente do restante da cidade de São Paulo. Anseiam por serem inseridos a um grupo e a colaborarem para mostrar que a região onde moram demonstra ser capaz de sobreviver aos fatores de degradação aos quais estão ameaçados todos os dias.
4 – A marca ganhou alma porque buscou analisar e identificar o potencial de consumo de pessoas levando em consideração, como necessidade e consequentemente fator propulsor de consumo, a autoestima. Não parece um negócio propriamente dito, mas talvez uma filosofia de consumo que proporciona engajamento e orgulho. Mesmo sem muita estratégia, a segmentação é clara. Atinge as classes C e D e isso parece óbvio por se tratar da região geográfica a qual a marca pertence. Porém, o público ao qual se quer atingir são pessoas que estão dispostas a mudar a imagem do bairro em que moram e mudar a imagem sobre si mesmos, buscando resgatar a autoestima de lhes foi negada ao longo do tempo. Naturalmente entendemos o posicionamento da marca e a imagem que quer passar: orgulho de ser Capão.
A marca fortalece ainda mais sua filosofia promovendo diversas ações de apoio e incentivo à cultura da comunidade e incentiva talentos dentro e fora da produção de seu mix.
5 – Fazendo analise de segmentação de mercado segundo os conhecimentos aplicados em aula temos:
Publico alvo adolescentes e adultos sem distinção de gênero. Classes econômicas C e D, moradores do Capão Redondo e regiões periféricas da zona sul da cidade de São Paulo.
Personalidade: Qualquer pessoa que se identifique com o ideal da marca de valorizar os trabalhos de dentro da comunidade.
Estilo: Quem simpatiza com os estilos musicais de RAP e ROCK estes percebidos pelas localidades das lojas e pelos artistas escolhidos como ícones da marca.
Os meios de acesso são lojas físicas e virtual, com possibilidade de acesso aos vendedores, atraves de telefones e e-mails para solicitação de pedidos e informações.
As pessoas que usam a marca são pessoas que procuram qualidade, custo baixo e se identificam com a causa da periferia e regiões menos favorecidas da cidade.
Sim. Porque acreditamos que o mercado consumidor desta classe, está em constante expansão e procura cada vez mais algo que represente a sua situação de vida, porem como a marca assumiu um posicionamento característico regionalista, acredito que se a segmentação tivesse como base apenas a periferia da cidade ou as regiões de baixa renda e não apenas a zona sul, eles poderiam ampliar seu horizontes e se posicionar estrategicamente em outras regiões da cidade ganhando a atenção e simpatia não só dos moradores da zona sul, mas de moradores que não tenham ligação nenhuma com a região e sim com o ideal da marca.
6 – Sim. Na nossa visão, a estratégia de posicionamento está correta, uma vez que foi identificado uma fatia considerável de mercado que tinha anseio por uma marca que representasse os moradores da comunidade e esse percentual cada vez aumenta mais.
Como esse publico alvo não tem acessibilidade a produtos importados que geralmente são bem mais caros, produtos produzidos pela população dos bairros, tem preço mais acessível e o fato de valorizar a cultura e os costumes de dentro da comunidade, agregam valor e despertam o sentimento de integração na sociedade. Essa é a diferenciação do produto perante seus concorrentes.
Não concordamos integralmente com essa decisão, pois o posicionamento de valorizar o pessoal da região, pode limitar este senso de integração aos moradores apenas da zona sul. Modificaríamos o posicionamento da marca para causar o mesmo senso não só a moradores da zona sul, mas sim para todos os moradores da periferia abrindo campo de vendas para outras regiões de São Paulo. Uma forma de ser feito esse posicionamento é buscar parcerias e abrir pontos de venda em outras comunidades de São Paulo e em outras regiões periféricas e trabalharíamos o marketing de forma a trazer os trabalhos também de outras comunidades carentes para que pudesse causar o senso de identificação para públicos consumidores com mesmo perfil de regiões diferentes as abrangentes hoje.
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