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IDEIAS PRINCIPAIS DO TEXTO

        O texto baseia-se basicamente na dúvida do ideal da educação, se a mesma estaria voltada para a vida como um todo ou para o trabalho.

        Com o passar do tempo os valores pessoais, antes cruciais e imprescindíveis para a vida, foram perdendo espaço para outras atribuições e habilidades muito mais técnicas, deixando de lado honra e respieto, por exemplo, para dar lugar a técnicas de conhecimento, relações interpessoais para negócios, como satisfação dos clientes e outras relações.

        De alguns anos pra cá o país vem sinalizando melhoras signifcativas na qualidade de ensino, melhorando indicadores tanto internos quanto externos, porém esbarramos nessa falta de transmissão de valores, onde podemos afirmar que uma não é consequência da outra, devido o grande número de casos de escândalos envolvendo pessoas com alto grau de instrução e estudo. Muito disso se deve ao signifcado que os objetivos financeiros e o dinheiro propriamente dito vêm tomando na atualidade. Prova disso é que o sucesso acadêmico vem sendo medido mais por indicadores financeiros do que por qualquer outro fator.

        Na civilização grega acreditava-se na utilização do conhecimento para transformação e transmissão da educação por entre os povos, com possibilidade de atingir os objetivos traçados e podendo constatar que a educação precisa ser um processo de construção consciente, deixando de ser considerada apenas comunicação de conhecimentos e aptidões profissionais, que esbarravam na recusa à exposição dos seus segredos de ofício.

É de interesse de toda a sociedade que consigamos utilizar o conhecimento para alavancar a educação. É necessário que ambas caminhem juntas a fim de um propósito maior. É essencial a formação de trabalhadores cultos e detentores de conhecimentos técnicos específicos, mas é mais importante ainda dar seguimento ao ideal materializado pelos gregos de formação de cidadãos conscientes com conhecimentos e valores utilizados, de forma moral e prática, na construção dos cidadãos.

INTERPRETAÇÃO DO TEXTO

A ideia principal do texto é expor a diferença que existe entre educação e conhecimento, estabelecendo relações entre uma série de variáveis que influenciam no processo de formação acadêmica e social dos seres humanos.

Cita que na antiguidade preocupava-se muito inicialmente com a construção do ser pensante voltado para a área acadêmica e profissional, mas que sofria certa negação na transmissão de determinados tipos de informações que podiam colocar em risco certos segredos de trabalho, já que o sistema de produção era artesanal e quem realizada a confecção do produto tinha conhecimento de todo o processo produtivo. Com isso criou-se o ideal de transmissão de valores baseados na sua conduta e comportamento exterior, inicialmente limitado à nobreza, mas que depois se difundiu pelas outras classes. Tão bem difundido foi esse ideal que atualmente temos claros exemplos de que não podemos associar diretamente instrução e formação acadêmica com riqueza de valores, já que observamos casos de pessoas com alto grau de instrução e de recursos financeiros estampando as páginas policiais dos jornais. Grande parte disso deve-se ao valor que os bens materiais e o próprio dinheiro adquiriram com o tempo, onde cada vez mais o valor de alguém é medido pelo que se possui e não pelo que se transmite.

        

 

CONSTRUÇÃO E TRANSMISSÃO DO CONHECIMENTO NA ANTIGUIDADE

Na Grécia antiga havia o conceito de Paidéia, ideia pela qual a criança em formaçã viria a tornar-se um cidadão de bem e honrado. Ela abrangia a transmissão de um ofício e de conteúdos éticos e morais, com o objetivo d formar o caráter da criança através da prática de hábitos que favoreçam seu crescimento, ajudando-o a se tornar um cidadão honrado e digno.  

Para eles, era preferível morrer a viver sem honra. Por isso a formação das crianças era cheia de conhecimentos éticos, a fim de estabelecer compreensão da natureza humana. Era um ideal por vezes complexo. Prova disso é a dificuldade que observamos para compreendê-lo, uma vez que poderiam ser utilizadas outras palavras para descrevê-lo de fora mais simples, como formação, cultura e outras, ligadas à elevação espiritual do ser humano.

Embora o ideal tenha sido traçado e tenha sido carregado por um grande tempo, a modernidade e consequentemente pragmatismo e individualismo fez com que se alterasse a prioridade de aquisições de conhecimentos, dando maior significância à aquisição de habilidades profissionais e deixou reduzido o espaço destinado aos ensinamentos éticos. Como resultado, observamos pessoas com formação acadêmica louváveis porém ética e moralmente reprováveis, onde é mais importante desempenhar um papel profissional bom independente das consequências disso no plano social.

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