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O HÁBITO DE CONSUMO SOBRE OS SAPATOS E O QUE ELES PODEM REVELAR SOBRE VOCÊ

Por:   •  11/9/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.798 Palavras (12 Páginas)  •  169 Visualizações

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Trabalho de A2 Antropologia do consumo

Andreia Medeiros Eufrazino     20171104672

Tema: Hábito de consumo sobre os sapatos e o que eles podem revelar sobre você.

A proposta de trabalho visa pesquisar sobre um hábito bem comum entre as brasileiras, que é a compra de sapatos, uma das paixões da mulherada. Segundo pesquisa da Fecomércio, em média as brasileiras gastam com cada calçados femininos o correspondente a 157% do que gastam com feijão, pois para muitas delas, o sapato passa a ser um componente tão ou mais importante que a própria roupa, permitindo várias combinações.

Sendo assim o objetivo da pesquisa visa saber porque o sapato causa tanto fascínio entre as mulheres e que além do mais a escolha do sapato também pode revelar a sua personalidade.

Os sapatos femininos são um dos itens indispensáveis no guarda-roupa feminino, tornando-se imprescindível na hora da combinação com determinadas roupas, talvez seja por isso um dos motivos que levam a tanto sua procura. Também puderas, com um arsenal de estilos, tamanhos, cores e preços, os sapatos podem agradar a variadas personalidades, compondo looks que satisfaçam seus estilos, por isso que existe uma ideia comum que os sapatos podem revelar quem a pessoa é, em relação a sua personalidade, não que as pessoas usam só um modelo de sapato e pronto, mas vários modelos que em comum poderá dizer alguma coisa sobre seu usuário.

Podemos citar, conforme pesquisas feitas com uma equipe de psicólogos do DR. Omri , alguns exemplos de tipos de sapatos que podem dizer sobre a personalidade do usuário, como um par de saltos, tem a capacidade psicológica e simbólica do poder, elegância e sensualidade ou de um tênis que passa a imagem de pessoa dinâmica, estável e praticidade, outro em questão são os sapatos de estilo casuais, como os mocassins, sapatênis ou sapatilhas, geralmente estão associados a pessoas de espírito livre e de mente aberta que nunca se baseiam os seus atos nos que os outros vão pensar. Já as que preferem plataforma curtem se socializar, adoram festas, fazer amigos e conversar bastante, sem falar nos estilos confortáveis que podem até serem pessoas mais reservadas, um pouco tímidas, mas quando se socializam, consegue contagiar a todos com sua companhia agradável.

A relação de amor em comprar sapatos, há possuí-los, pode estar relacionada na sensação de prazer pois, conforme fala Appadurai (2005,p.7):

“Onde há consumo, há prazer e onde há prazer, há agência.”

O prazer de consumir pode dá sensação de realização, de satisfação em estar adquirindo um produto que possa levantar sua autoestima.

A relação entre prazer e consumo sempre foi muito explorada: É assim nos milhares de anúncios e propagandas as quais estamos expostos todos os dias. Desde pequenos somos compelidos a acreditar que fazer compras é o que pode trazer felicidade de um modo geral. O consumismo se baseia em algo muito momentâneo em que as pessoas que gostam de comprar tendem a ter um prazer rápido e intenso, mas logo passa.

Segundo Barbosa (1949, p.22)

 “As escolhas por si não tem um referencial básico, não existem regras ou restrições sobre aquilo que podemos consumir[...]O critério para a aquisição de qualquer coisa passa a ser a minha escolha[...].

Todos somos consumidores. Desde que alguém tenha dinheiro para adquirir o bem desejado não há nada que o impeça de fazê-lo.”

Portanto, somos dirigentes de nossas próprias originalidades, pois decidimos o que usar de acordo com o nosso tino harmonioso. Mas mesmo com nossa livre escolhas, isso não impedirá de subjugar o nosso aspecto de personalidade na hora de decidir por algo, por algum produto em questão, como no caso do tema da pesquisa, o nosso fascínio por sapatos e o que nos revela sobre nossas escolhas, vem dizer.

Pois o sapato de acordo com a co-curadora da exposição Shoe Obsession do Museum of New York, eles os sapatos, são considerados uma extensão íntima do corpo e podem dizer muito sobre suas atitudes, estética, sexualidade e status social, pois pra ela os sapatos parecem ter autonomia, o que pode explicar por que nossa obsessão por sapatos pode ter alcançado níveis mais altos.

Para entender esse fenômeno, foi entrevistada 3 mulheres da mesma família, com faixa etária distintas entre ambas, de gerações diferentes, mas que tem em comum o gosto por sapatos, cada um no seu grau de consciência.

A primeira entrevistada foi a matriarca da família, a dona Adélia Angela Frazão de 79 anos, aposentada, possui o primário incompletos como sua formação e moradora de Niterói. Na sua juventude trabalhava em uma confecção de roupas, logo, casou e virou apenas do lar. Dona Adélia diz que devido a sua idade, passou a consumir mais sapatos específicos, devido sua limitação no joelho, pelo qual sempre fez procurar por sapatos que mais lhe proporcionasse conforto ao caminhar. Uma marca que ela sempre consome muito é os sapatos da Usaflex, Doctorpé e Arezzo,que fabricam seus calçados em couro especial, que faz com que sustente melhor o peso do seu corpo, assim ela diz, pois além de conforto ela preza muito por qualidade e beleza em seus produtos.

Porém ela costuma comprar sapatos num intervalo de 1 ano, pois alega que devido sua limitação no joelho, quase não sai muito de casa, e que os modelos que mais lhe atraem são os do estilo Anabela, pois equilibram o seu peso, pelo solado plano com a parte mais alta no calcanhar do que na frente, pois seu ortopedista, pede pra ela usar um sapato que pelo menos tenha um saltinho, mas macio, com conforto.

Diferente de sua filha Mariângela Frazão de 54 anos, moradora de Niterói, formada em três faculdade, que Contabilidade, Informática e Turismo, atualmente se ocupa em ser do lar e ser professora, mas sempre estar atarefada cuidando de coisas na rua e que com esse ritmo de corre-corre, ela sempre gasta muito sapato e por isso não abre mão de ter um par específico, pra bater perna e outros para apresentações, assim como ela define eventos. Para isso busca sempre o conforto, em suas aquisições de sapatênis, pelo qual preza pelo conforto, beleza e qualidade, pois eles deixam com um ar arrumadinho. Quando vai fazer suas escolhas ela se baseia nas pesquisas de reputação sobre a marca e lê suas avaliações nas redes sociais, para assim decidir se comprará o produto, diferente como faz sua mãe a dona Adélia que antes de ir comprar, prefere ela mesma ir na loja e escolher o sapato que lhe mais agrada, assim poder experimentar e avaliar pessoalmente o conforto e o  que mais se adeque a sua limitação, mas exige que sejam bonitos aos seus pés.

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