O Preconceito Silencioso E Barulhento
Por: anaduarteee • 20/8/2023 • Projeto de pesquisa • 323 Palavras (2 Páginas) • 57 Visualizações
PRECONCEITO SILENCIOSO E BARULHENTO
No dia 28 de agosto de 1963, mais de 200 mil negras e negros estadunidenses se reuniram na capital do país, Washington DC, para se manifestar por trabalho, liberdade, por direitos sociais e contra o racismo, naquela que ficou conhecida como "Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade". Enraizado nas origens da formação do país, o racismo estrutural é silencioso e barulhento, permeando o modus operandi das relações. Ele pode ser observado nas referências de pessoas ricas e brancas ou trabalhadores e negras no marketing, nas piadinhas do cotidiano, e entre outros tantos exemplos, no acesso ao mercado de trabalho.
Reforço que o preconceito pode ser silencioso e barulhento pois vemos como exemplo o caso de George Floyd, Breonna Taylor e João Alberto Silveira Freitas que chocaram o mundo inteiro em 2020, causando grande revolta já que o racismo ficou escancarado de forma brutal e desumana. Temos também exemplos de preconceitos “silenciosos” como desvalorizar o mérito de uma mulher no trabalho, talvez até nem queiram ser atendidos por um LGBT quando forem ao hospital ou ao mercado da esquina.
Atualmente acredito que a pergunta “qual a sua opinião sobre os homossexuais” é tão ultrapassada quanto questionar “qual a sua opinião sobre os negros?”, certamente em 1700 essa pergunta era tão corriqueira e estupida quanto. Apesar de o preconceito geral ser bem presente na sociedade brasileira, sabemos que muitas pessoas e organizações lutam diariamente para mudar esse quadro. Seja no ambiente de trabalho, dando oportunidade e remuneração para todos igualmente ou na sala de aula. Um país diverso, com oportunidades iguais para todos, prospera mais rapidamente, tem menos violência e mais qualidade de vida. Dentro das empresas, a diversidade representa novos olhares, vivências e saberes, ajudando na inovação de processos e produtos – consequentemente mais lucro. Claro que além da punição pelo crime, se deve investir em educação e promoção desse debate, em todas as esferas da sociedade.
Ana Beatriz Duarte Henrique
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