O benefício do uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
Pesquisas Acadêmicas: O benefício do uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: cesm • 3/12/2013 • Pesquisas Acadêmicas • 1.867 Palavras (8 Páginas) • 448 Visualizações
Com novo teto de R$ 750 mil, mutuários têm mais opções na hora de realizar o sonho da casa própria. Cuidados básicos são necessários antes de fechar negócio
O sonho de ter a casa própria ficou um pouco mais fácil com as novas regras para a compra de imóveis com os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O Conselho Monetário Nacional (CMN) elevou para R$ 750 mil o valor máximo de avaliação de imóveis localizados no estado do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal. Nas demais localidades do País, o teto passou a ser de R$ 650 mil. O FGTS pode ser usado para quitar o imóvel à vista ou para o financiamento pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que possui taxas mais baixas.
Com a determinação, o limite do SFH não poderá ser superior a 80% do valor de avaliação do imóvel. Para financiamentos que prevejam a utilização do Sistema de Amortização Constante (SAC), esse percentual poderá atingir 90% do valor de avaliação.
O publicitário Carlos Eduardo Stefano, de 33 anos, utilizou o FGTS para financiar um apartamento na Ponta d’Areia. Segundo ele, com os valores atuais de imóveis no Rio de Janeiro e Niterói “é quase impossível comprar à vista”.
“A sensação de entrar num financiamento de 30 anos é terrível, mas pagar aluguéis mensalmente é pior ainda, pois, a cada renovação de contrato, os reajustes estão fora de controle e estes valores você praticamente joga no lixo. No financiamento, ao menos você paga por algo que é seu”, conta.
Ele explica que, entre as vantagens de usar o FGTS, estão a necessidade de uma quantia menor para dar como entrada e garantir um crédito imobiliário menor.
“Outro benefício é a possibilidade de economizar e dispor de um valor para efetuar reformas que sempre são necessárias. Especialmente no meu caso, que comprei um imóvel usado. Não me descapitalizei totalmente e pude investir em melhorias que no final servirão para valorizar mais o apartamento”, explica.
Carlos Eduardo revela que, desde que começou a trabalhar com carteira assinada, em 2005, planejava-se para um dia usar o FGTS na compra de um imóvel. Quando chegou a um valor necessário para complementar a compra de um imóvel, foi até uma agência da Caixa Econômica Federal e solicitou um extrato consolidado de todas as suas contas e levou o documento para o Itaú, seu banco financiador, com o restante da documentação. O processo da compra durou em torno de 15 dias.
“Por aproximadamente três anos, eu revisei meus investimentos e pesquisava periodicamente as ofertas de imóveis. Com a escalada de preços, a apreensão foi grande, mas consegui algo que coubesse no meu orçamento, mesmo sendo em um local diferente do inicialmente previsto. O importante é poupar o máximo possível e ter uma saúde financeira equilibrada antes de enfrentar este momento. É desgastante, mas no final recompensa”, destaca.
O gerente regional de Construção Civil da Caixa no Rio de Janeiro, Sergio José Sales Marinho, aponta que os mutuários devem ter cuidados na hora de adquirir o imóvel, não só com recursos do FGTS, mas de uma maneira geral.
“É importante pesquisar o histórico da empresa, no caso de imóvel novo, verificar a vizinhança, se certificar de que o imóvel tem a documentação em dia e legalizada junto à Prefeitura e registro geral de imóvel. Não menos importante é fazer uma simulação e saber se o valor do financiamento cabe no orçamento”, indica.
O advogado David Nigri também ressalta que não se deve usar todo o crédito do FGTS para o financiamento porque, no final do pagamento de todas as prestações, aparece um valor residual e o mutuário pode ter dificuldades para pagar.
“O mutuário também deve fazer uma avaliação criteriosa do imóvel para verificar se ele realmente vale o que foi cobrado”, recomenda.
Regras – Para usar o FGTS, é preciso ter, pelo menos, três anos de carteira assinada (esse período não precisa ser contínuo). O interessado também não pode ter financiamento ativo no SFH em nenhuma parte do País. Outra regra é que a pessoa não pode ser proprietário de imóvel residencial no município onde pretende comprar o novo. Também é necessário que o mutuário trabalhe ou more no município em que fica o imóvel que pretende comprar usando o FGTS.
http://www.ofluminense.com.br/editorias/habitacao/fundo-de-garantia-do-tempo-de-servico-facilita-compra-de-imoveis
Por: Prisca Fontes 24/11/2013
Só contrato novo terá FGTS para imóveis de R$ 750 mil
Geórgea Choucair
Publicação: 02/10/2013 06:00 Atualização: 02/10/2013 12:26
O benefício do uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nos empréstimos para compra de imóveis até R$ 750 mil vale apenas para os contratos novos, informou ontem a Caixa Econômica Federal. “O que determina o uso do fundo é se a pessoa se enquadrava nas regras no momento da aquisição”, afirma Ronaldo Roggini, superintendente regional da Caixa. Quem comprou um apartamento de R$ 700 mil há cinco meses, por exemplo, não vai poder usar o FGTS nem mesmo para abater o saldo devedor.
O novo limite de avaliação dos imóveis que podem ser financiados dentro das regras do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) não deve ter impacto direto nos preços, segundo os agentes financeiros e imobiliários. “Tudo vai depender de o mercado se adaptar com a oferta e a procura”, diz Roggini. Na opinião de Gustavo Nunes, diretor da GN Imóveis, não há espaço para reajustes no mercado de Belo Horizonte. O que pode acontecer, diz, é algumas unidades com preço pouco acima de R$ 750 mil reduzirem o valor para se enquadrarem no novo teto para possibilitar o uso do FGTS. “Vai valer a pena negociar, pois o universo de compradores é maior”, avalia Nunes.
O conselheiro da Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI-MG) Ariano Cavalcanti de Paula afirma que o mercado vem passando por acomodação de preços há mais de dois anos. “A medida do governo deve dar uma impulsionada nas vendas, mas sem grandes sobressaltos nos preços”, diz. Na Zona Sul da capital, diz, é possível encontrar imóveis usados de dois e três quartos (área de 60 a 90 metros quadrados) por até R$ 750 mil. Os novos no mesmo tamanho já custam mais do que o valor do teto do FGTS.
A medida do governo serviu para aliviar o cenário do mercado no curto e médio prazo, avalia o presidente do
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