PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
Pesquisas Acadêmicas: PLANEJAMENTO DA QUALIDADE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mayarageromin • 14/11/2013 • 1.435 Palavras (6 Páginas) • 1.437 Visualizações
PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
A atividade de planejamento é considerada fundamental no esforço de produzir qualidade. Essa área, inclusive, tem recebido grande atenção no modelo atual de Gestão da Qualidade – parte, por sua importância natural, parte porque foi uma área considerada de pouca relevância em passado recente.
É possível que a ação de planejamento seja a mais relevante da arte de gerenciar a qualidade. Há muitas razões para isso. Inicialmente, salienta-se que gerenciar é tomar decisões. E planejar significa exatamente tomar decisões sem as pressões que a urgência do momento requer, ou seja, tomam-se decisões com certa folga em relação ao momento em que deverão ser implantadas. Isso, obviamente, gera decisões tomadas com maior tempo para análise, maior segurança para decidir o que fazer, avaliação mais cuidadosa sobre possíveis efeitos etc.
Planejar a qualidade significa tomar decisões gerenciais antes que as máquinas parem por defeitos, antes que montes de refugo sejam gerados, antes que os fornecedores nos deixem sem abastecimento, antes que nossos consumidores reclamem, antes que os custos disparem. Planejar a qualidade significa também escolher a melhor forma de fazer as coisas, selecionar os recursos mais adequados para cada ação, envolver a mão de obra mais bem qualificada. Significa, principalmente, definir a melhor maneira de adequar nossos produtos ao uso que deles se espera, significa estruturar serviços fundamentais a serem agregados a nosso modelo de atuação, determinar melhores estratégias de competitividade, e, significa, principalmente, selecionar, com calma e convicção, a melhor forma de atender ao mercado.
O planejamento da qualidade elimina ações improvisadas, decisões com base intuitiva e subjetivismo.
É muito relevante chamar a atenção para o fato de que há ainda quem pense que qualidade é o esforço para obter zero defeito e isso não depende de planejamento mas de ações sequenciais, em direção à eliminação de defeitos. Ocorre, contudo, que zero defeito não é um percentual como outro qualquer. Tampouco é uma meta. Na verdade, ele decorre de um conjunto de ações que não têm como ser desenvolvidas de forma intuitiva. Além do mais, produtos sem defeitos não são sinônimo de produtos de qualidade, zero defeito em termos de produção é uma coisa, em termos de relação com o mercado é outra.
O planejamento exige que o processo de produção da qualidade tenha memória. Caso contrário, não se pode planejar o futuro com base no que vem ocorrendo ao longo do desenvolvimento das operações da empresa. Exige, também, que se tenha sempre medidas objetivas de análise da qualidade – caso contrário, não se pode avaliar se o que foi planejado está sendo efetivamente executado.
A maior dificuldade de implementação do planejamento da qualidade no processo gerencial não está relacionada à forma de execução do planejamento, mas ao reconhecimento da importância de planejar. Daí a importância de mostrar que o planejamento traz resultados altamente compensadores, e que dificilmente se pode gerenciar qualidade se não houve um processo de planejamento claramente estruturado e efetivamente colocado em prática.
Um modelo usualmente empregado para o planejamento da qualidade envolve um esquema de atividades específicas. Esse esquema deve atender aos requisitos gerais do processo de gerenciamento da qualidade e praticamente independe do tipo de empresa. O seguinte modelo, testado na prática com bons resultados, possui seis fases, como mostrado a seguir (Paladini, 1997):
1. Política da Qualidade: envolve a definição da política da qualidade da companhia, uma atribuição da alta administração. Com base nessa definição são tomadas decisões de longo alcance, como o nível global de investimentos que serão feitos no sistema, as estratégias a adotar no processo produtivo, os objetivos gerais do sistema e sua abrangência;
2. Diagnóstico: aqui, é feita uma avaliação precisa dos recursos disponíveis, do potencial em termos de recursos humanos e materiais, das carências observadas no sistema, bem como uma avaliação da estrutura formal, da fábrica, do processo produtivo, a estrutura de apoio etc;
3. Organização e Administração: essa fase complementa, praticamente, a fase anterior. Nela, são definidos aspectos importantes para a qualidade, considerando-se a política da empresa, que envolve (1) a infraestrutura para a qualidade; (2) as atribuições; (3) a estrutura do setor da Qualidade; (4) a organização de sistemas de informações específicos para a Gestão da Qualidade; (5) o processo gerencial da qualidade (6) as ações de impacto externo (clientes, consumidores, concorrentes, fornecedores, meio ambiente) ; (7) a alocação, a formação e a qualificação dos recursos humanos;
4. Planejamento propriamente dito: essa fase envolve a estruturação do plano de ação, que viabiliza a política da empresa e a implanta. A definição das atividades a serem desenvolvidas, a alocação dos recursos necessários para tanto, as estratégias operacionais, objetivos específicos, atribuições e responsabilidades a serem conferidas ao pessoal da produção e cronogramas, aspectos a serem delegados ao pessoal da produção e cronogramas, são aspectos a serem considerados nessa fase. Em linhas gerais, essa etapa deve preparar os elementos básicos do sistema da qualidade, envolvendo os requisitos básicos para a qualidade em termos de materiais, equipamentos, recursos humanos, ambientes, informações e métodos de produção. Além disso, é nesse momento que se define aspectos específicos do controle da qualidade como estruturação dos laboratórios, desenvolvimento do Controle Estatístico de Processos, planos de inspeção, formação técnica do pessoal etc;
5. Implantação:
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