RH Estratégico

O RH É REALMENTE ESTRATÉGICO OU É MODISMO

02 de março de 2009 às 18:43

O RH É REALMENTE ESTRATÉGICO OU É MODISMO

por Sylvio Jose dos Santos Filho

Conversando com colegas profissionais de recursos humanos e lendo revistas especializadas em gestão, tenho dúvidas em afirmar que essa área tão importante está se transformando, fazendo parte realmente do planejamento estratégico, sendo respeitada nas pequenas e médias empresas.

Muitos falam dessa virada de 360º nos processos de trabalho da área, nos conceitos, regras e procedimentos que se modernizaram a partir da última década!!!

Que modernismo é esse que ainda permite:

Exclusão de pessoas com necessidades especiais e quando são contratadas, nem sempre o ambiente está aparelhado para recebê-las de maneira condizente;

A pessoa obesa ser preterida em detrimento de outra mais esbelta e sem aquelas gordurinhas a mais, que na verdade essa situação se tornou um pesadelo ou trauma para o candidato;

A atendente, que é descartada por não possuir aquelas formas físicas eleitas como o padrão de beleza para a mulher BBG;

O empresário e alguns gestores de RH que repudiam o treinamento comportamental alegando que o “custo” é alto frente aos resultados, mas na verdade não sabem e também não desejam aprender exatamente como esse processo funciona;

Que benefícios sociais para muitos empresários, sejam representados pelo atendimento médico feito pelo INSS, com suas enormes filas, e quando o funcionário volta de uma marcação de consulta tenha que explicar detalhadamente por que a mesma foi marcada para o próximo mês. . . e ele terá que faltar novamente ao trabalho;

Que sejam preferidos funcionários que residam bem próximo da empresa, para se evitar o fornecimento de vale transporte. . . e muitas vezes o selecionador tem um bom profissional de um bairro mais distante, mas ordens são ordens;

Um empresário acreditar que lendo um livro de um famoso “guru”, poderá no dia seguinte implantar na empresa aquela metodologia e tudo vai funcionar perfeitamente. . . e se não funcionar a cabeça de quem implantou. . . ;

Uma empresa contratar uma assessoria em segurança do trabalho cujo contrato estipula uma visita mensal, mas em contrapartida o índice de afastamento por acidentes é absurdamente alto;

Dizer que o “nosso maior patrimônio são as pessoas” e na primeira crise partidária lá em Brasília, quer reduzir o efetivo em cinco ou dez por cento, sem antes estudar outras formas de conter as despesas e reduzir os desperdícios;

Contratar outra consultoria organizacional e não comparecer nas reuniões de feedback do projeto devido à falta de tempo, e quando é convidado para participar de um workshop sobre administração do tempo diz que não pode por falta de tempo;

Que quando algum gestor sugere uma pesquisa de clima organizacional para corrigir as distorções, o empresário diz que isso é bobagem, pois o ambiente é harmonioso, não apresentando problemas sérios, o pessoal está contente e motivado, mas na verdade a produtividade está bem abaixo do esperado;

Que o “dirigente maior” solicite relatórios de RH controladores aos montes e que de nada servem a não ser para encher as pasta, armários e muitas vezes salas,