Refinarias Brasileiras
Trabalho Escolar: Refinarias Brasileiras. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: WorkSP • 5/2/2015 • 5.190 Palavras (21 Páginas) • 281 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
Principal fonte energética da atualidade, o petróleo é um combustível de origem fóssil. Sua formação ocorre através da decomposição da matéria orgânica (resto de animais e vegetais), que ficou durante milhões de anos submetida a altas temperaturas, pressão da terra, pouca oxigenação, entre outros fatores, formando, assim, as jazidas de petróleo.
Apesar da separação da água, óleo, gás e sólidos ocorrer em estações ou na própria unidade de produção, é necessário o processamento e refino de mistura de hidrocarbonetos proveniente da rocha reservatório, para a obtenção dos componentes que serão utilizados nas mais diversas aplicações (combustíveis, lubrificantes, plásticos, fertilizantes, medicamentos, tintas, tecidos, etc.). A primeira fase de uma refinaria são as colunas de fracionamento, onde ocorre o aquecimento em altas torres de aço divididas horizontalmente, cuja temperatura reduz conforme se direciona ao ápice da torre. Em seguida, ocorre a evaporação e, posteriormente, o produto passa por diversos níveis de condensação (passagem do estado gasoso para o estado líquido). Em cada um desses níveis de condensação, é possível se obter um derivado do petróleo.
A maioria das refinarias localiza-se próxima aos principais pontos produtores de petróleo, das cidades mais industrializadas e dos centros mais populosos. Essa é uma estratégia para reduzir os custos com deslocamento do produtor ao consumidor. No Brasil, por exemplo, há uma grande concentração de refinarias na Região Sudeste, pois essa é a porção mais industrializada, populosa e com os estados que mais produzem petróleo (Rio de Janeiro e Espírito Santo) no país.
O transporte da produção das refinarias são feitos através de embarcações, caminhões, tubulações (oleodutos e gasodutos) ou vagões. Os produtos finais das estações e refinarias (gás natural, gás residual, GLP, gasolina, nafta, querosene, lubrificantes, resíduos pesados e outros destilados) são comercializados com as Distribuidoras que se ocuparão em oferecê-los, em sua forma original ou aditivada, ao mercado consumidor final.
2. REFINARIAS DO BRASIL
O parque de refino brasileiro atual é constituído de 12 refinarias, 2 unidades de fabricação de fertilizantes nitrogenados, 1 unidade de industrialização do xisto pertencentes à Petrobrás, além de 4 refinarias de iniciativa privada. As refinarias diferem não apenas em relação a suas complexidades tecnológicas mas também em relação às matérias-primas processadas e aos mercados a serem atendidos.
Vejamos a localização das refinarias:
*RNEST-PE (A previsão era de que até 2011 estivessem concluídas as obras e tivesse início seu funcionamento, contudo isso não aconteceu e no final de 2011 a refinaria ainda não tinha entrado em operação. Sua partida agora está prevista para 2014)
*COMPERJ-RJ (Partida prevista para 2014)
FONTE: ANP/Petrobrás
3.REFINARIAS DA PETROBRÁS 2012
3.1. REFINARIA ISAAC SABÁ (REMAN) - Manaus/AM
Resumo histórico: Uma refinaria instalada às margens do Rio Negro, em Manaus, essa é a Refinaria Isaac Sabbá. Com uma área de quase 10 Km², a refinaria iniciou suas operações como Companhia de Petróleo da Amazônia, no dia 6 de setembro de 1956 - quando a região sentia os efeitos da decadência da extração da borracha. No dia 3 de janeiro de 1957, quando foi inaugurada pelo presidente Juscelino Kubitschek, a refinaria contava com a primeira unidade de craqueamento catalítico da América Latina, além de unidades de destilação atmosférica e destilação a vácuo. A capacidade de refino era de cinco mil barris por dia.
Quando assumimos o controle acionário da companhia, em 1971, passamos a chamá-la de Refinaria de Manaus (Reman). Em 1997, rebatizamos a unidade em homenagem ao pioneirismo de seu fundador, Isaac Benaion Sabbá.
Principais produtos: GLP, nafta petroquímica, gasolina, querosene de aviação, óleo diesel, óleos combustíveis, óleo leve para turbina elétrica, óleo para geração de energia, asfalto.
Capacidade instalada: 46 mbbl/d
Área: 9,8 Km²
Contribuição em impostos: R$ 500 milhões/ano (ICMS)
3.2. LUBRIFICANTES E DERIVADOS DE PETRÓLEO DO NORDESTE (LUBNOR) - Fortaleza/CE
Resumo histórico:Na década de 60, diante do contexto favorável de expansão socioeconômica, a Petrobrás investiu na implantação de uma fábrica de asfalto no Ceará. A Fábrica de Asfalto de Fortaleza foi inaugurada em 24 de junho de 1966. A capacidade de processamento da unidade era de 450m³/dia de petróleo. Após várias ampliações e a instalação de novas unidades, o parque industrial da Lubnor aumentou o processamento para 1.000m³/dia e diversificou a carteira de produtos de maior valor agregado.
Principais produtos:Asfaltos, óleos lubrificantes, gás natural, óleo combustível para navios, gás de cozinha e óleo amaciante de fibras.
Capacidade instalada: 8 mbbl/d
Área: 0,4 Km²
Contribuição em impostos: R$ 350 milhões/ano (ICMS)
3.3. REFINARIA POTIGUAR CLARA CAMARÃO (RPCC) - Guamaré/RN
Resumo histórico: No dia 1º de outubro de 2009, o Rio Grande do Norte passou a abrigar oficialmente mais uma unidade de operações da Petrobras: a Refinaria Potiguar Clara Camarão. O nome é uma homenagem a Clara Camarão, índia brasileira que se tornou heroína ao liderar um grupo de nativas contra a colonização holandesa numa batalha na cidade de Porto Calvo, em Alagoas, no ano de 1637.
Principais produtos: Gás liquefeito de petróleo (GLP), diesel, querosene de aviação (QAV), gasolina e nafta petroquímica.
Capacidade instalada: 35 (mbbl/d).
3.4. FÁBRICA DE FERTILIZANTES NITROGENADOS (FAFEN BA/SE)
Resumo histórico: A Petrobras conta com duas fábricas de fertilizantes. Uma no Pólo Petroquímico de Camaçari (BA) e outra na cidade de Laranjeiras (SE). A unidade de Camaçari iniciou suas atividades em 1971, produzindo fertilizantes nitrogenados a partir do gás natural dos campos produtores de petróleo da Bahia e de Sergipe. Essa fábrica foi pioneira na implantação do Pólo Petroquímico
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