Sa8000
Resenha: Sa8000. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jiraya • 28/5/2013 • Resenha • 418 Palavras (2 Páginas) • 460 Visualizações
Hoje falarei da SA 8000 (Social Accountability 8000), que é uma norma voltada para a verificação de condições de trabalho nas cadeias de produção e suprimentos da empresas, sendo também estendida aos fornecedores. É importante frisar que a ferramenta é uma resposta às denúncias de abuso de direitos humanos nas fábricas localizadas nos países em desenvolvimento (lembram-se do escândalo da Nike?).
Os fundamentos da SA 8000 são baseados, principalmente, na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Convenção dos Direitos das Crianças. De caráter voluntário, a norma foi criada pela SAI (Social Accountability International), uma instituição sem fins lucrativos, que, dependendo do caso, procura exigir mudanças nas políticas corporativas e em seus sistemas de gestão.
Para conquistar a certificação SA 8000, é preciso que as empresas interessadas sejam auditadas por entidades credenciadas pela SAI. O processo envolve entrevista com funcionários, acompanhamento dos auditores no trabalho, reavaliações periódicas (a cada seis meses ou um ano, dependendo do parecer inicial) e reinício das atividades a cada três anos, onde a empresa passará por uma revisão completa.
A norma já está em sua terceira edição, tendo sido revisada em 2008. De acordo com a norma de 2001, que é a que eu tenho (caso alguém tenha a atual, por favor, me mande!), os itens analisados durante a auditoria são nove: trabalho infantil, trabalho forçado, saúde e segurança, liberdade de associação e direito à negociação coletiva, discriminação, práticas disciplinares, horário de trabalho, remuneração e sistemas de gestão.
Mesmo sendo uma referência em termos de certificação para as condições do trabalho, o número de empresas certificadas é baixo. Um dos motivos é o custo. Outro motivo, afetando diretamente as empresas multinacionais, é que as leis trabalhistas são diferentes de país para país. Por mais que se procure manter um padrão, é complicado falar em igualdade de sexos num país árabe, por exemplo. Mas mesmo com as dificuldades da adesão à norma, o Brasil é o quarto país mais certificado, perdendo apenas para a Itália, Índia e China.
Para a galera que quer trabalhar com sustentabilidade ou responsabilidade social, o melhor conselho que eu posso dar é que se você não tem experiência, deve buscar, num primeiro momento, capacitação nas ferramentas e não nos cursos de gestão. É a melhor forma de se aprender o básico da área. Abaixo coloco alguns links de cursos que formam auditores na certificação. Algumas instituições não estão com cursos abertos, mas é interessante que ficar de olho. Eu, particularmente, acho essa capacitação uma boa porta de entrada para a responsabilidade social das empresas.
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