TEMA: AS CONSTANTES MUDANÇAS NOS HÁBITOS DE COMPRA DO CONSUMIDOR
Por: Cyanne Pereira • 13/11/2018 • Trabalho acadêmico • 1.074 Palavras (5 Páginas) • 736 Visualizações
Universidade Veiga de Almeida
Trabalho da disciplina de Comportamento do Consumidor
Professora: Barbara Amorim
Aluna: Alexandra Solange Cardoso dos Santos Matrícula: 20181300813
TEMA: AS CONSTANTES MUDANÇAS NOS HÁBITOS DE COMPRA DO CONSUMIDOR
O consumidor, face à diversidade de produtos e serviços e sequentes ações mercadológicas, nos mostra diferentes comportamentos. Diante disto, o marketing, decadas após decadas, tem-se moldado e evoluído no sentido de atender às referidas mudanças comportamentais. Por sua vez, o marketing não se apresenta com o propósito de criar desejos de consumo mas sim, de estabelecer todas as condições necessárias para seu surgimento.
Levando em consideração o abordado no texto proposto, de Valdelício Menezes, é possivel aferir que qualquer ação empresarial que gere uma forte motivação hedonista ou prazerosa em direção a um determinado objeto ou serviço, procurando constituir uma sensação de falta nesse indivíduo, estará criando as condições para o surgimento de um desejo de consumo. Vejamos o exemplo do setor de Água engarrafada, (AE) no artigo “les Eaux Minérales” que reitera que na formação do habitus de consumo pelas pessoas o discurso da água tem uma influência fundamental. A aludida pesquisa francesa, indica que não havia, para as pessoas com aproximadamente 40 anos, pretensão de escolha da água a ser bebida, pois na formação do habitus relativo das mesmas ao consumo de água, se limitava a Água da Torneira (AT). A partir daí, aumentou consideravelmente a transformação dos significados da águas, pois a influência dos dois renomados atores contemporâneos nas campanhas do setor de AE ajudou e muito, na mudança de hábitos, na medida em que a AT continuou sendo para a sede, mas a AE passou a ser um bem de consumo associado a consume diário optativo mas escolhido certmamente. Ou seja, as novas gerações foram fortemente influenciadas por seus pais que, desde sua infância, já trouxeram incorporada em seu habitus a noção de que a água tem significados simbólicos que seus avós desconheciam. Logo, o habitus relativo ao consumo de água para beber das novas gerações continua a ser formado da mesma forma que nas gerações anteriores. Em suma, o que mudou ao longo do tempo foi o significado da água, não o processo de formação do habitus.
Essa criação de condições é o foco principal de parte das empresas do setor de AE na França, notadamente aquelas mais voltadas para o distanciamento simbólico de suas marcas em relação à AT, o bem mais próximo do significado da satisfação da necessidade de “hidratação orgânica”. Dessa forma, voltando à questão de pesquisa, conclui-se que a forma pela qual as organizações procuraram promover a transformação do significado da água de uma necessidade vital de hidratação orgânica em um desejo de consumo se deu por meio da conversão de seu capital econômico em simbólico, conversão esta materializada pelas estratégias de marketing.
O artigo aborda o que mais empírico existe na área do marketing e que necessariamente envolve o homem, mas que ao mesmo tempo é alvo de menos estudo - a necessidade e o desejo de consumo. Se o marketing ao mesmo tempo que cria e transmite, de forma mais ou menos subtil, a mensagem do bem de consumo até ao consumidor, como pode ser vista a trajetória da necessidade do bem, até ao desejo de o ter? Estes dois conceitos podem parecer ter uma ordem bem definida, mas de fato, de autor para autor, essa ordem é diferente e amplamente influenciada pelos fatores sociais. Se por um lado está o desejo de consumo, do outro está a necessidade! Se o marketing posiciona o bem de consumo num determinado fator de prioridade, a necessidade pode não estar na ponta desse processo como sendo uma prioridade mas apenas e só como um desejo.
Nesse prisma, um desejo de consumo situar-se-ia de forma menos prioritária face à necessidade. Mas aí vem o papel do marketing naquilo que poderia ser o influenciador e decisor relativo aos bens de consumo. Ver o Marketing apenas e só como influenciador e atuante nos desejos de consumo, faria com que o ciclo deste vasto mundo de entendimentos, fosse pausado e faltariam teorias e conceitos para o estado de necessidade. Senão vejamos que alguns autores lidam com os bens de consumo e os aspetos motivadores dos conceitos de necessidades como atos meio que insolúveis, sem regra definida e atuantes a partir de seu sentido no senso comum.
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