ÉTICA E COMÉRCIO EXTERIOR

Sonia Lenita Nacaratto Tiago

ÉTICA E COMÉRCIO EXTERIOR

Uberlândia

2009

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................2

2 A APLICAÇÃODA ÈTIICA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL...............3

2.1 O Brasil e as relações internacionais....................................................5

3 HISTÓRICO DOS PORTOS BRASILEIROS...........................................6

4 METODOLOGIA ................................................................... ....................8

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................8

5.1 O Porto de Santos ...................................................................................8

5.2 Elementos investigados .........................................................................9

6 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................11

REFÊRENCIAS .......................................................................................14

1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos o comércio mundial cresceu e as empresas se expandiram internacionalmente passando a comunicar com clientes e empregados estrangeiros, nas operações diárias, em busca de seus objetivos.

Com a globalização dos mercados, é comum encontrar dificuldades com relação às formas de se fazer negócios, causadas por vários elementos como, por exemplo: Choques culturais, diferentes legislações, aspectos econômicos e políticos, barreiras tributárias e outros.

Numa relação comercial entre diversos países, com os mais diferentes estilos de vida, as empresas terão que analisar cada mercado e as suas características, para que se tenha sucesso em suas transações.

Tendo em vista estes fatores viu-se a necessidade da criação de códigos de ética corporativos, que servem para orientar as empresas na promoção de um relacionamento benéfico, proveitoso e transparente para todas as partes interessadas.

Na prática destes princípios éticos encontra-se a lealdade no comércio exterior, isto é, as empresas devem competir com preço, qualidade e não com fraudes e ainda o cumprimento das leis para preservar a integridade das operações, prestações de contas e a harmonia com a legislação do país.

No tocante às operações de exportações e importações, faz-se necessário usar tais princípios éticos, para não cometer irregularidades. É indispensável, portanto, que se tenha um controle, uma inspeção, para garantir que a ética está sendo empregada.

O presente estudo busca analisar a aplicação de condutas éticas relacionadas à fiscalização das importações no período de 2.006 até julho 2.009, no porto marítimo da cidade de Santos, considerado como um dos portos mais estratégicos para o desenvolvimento setorial.

Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, designada como exploratória, pois procura descobrir através da realidade a percepção e o entendimento sobre o determinado assunto.

O levantamento de dados será feito através de análise documental, bibliografias e artigos relacionados.

O objetivo deste trabalho é avaliar o comprometimento da imagem do porto de Santos perante o comércio internacional, tendo em vista as irregularidades praticadas nas importações de produtos e como objetivo secundário analisar as conseqüências trazidas pela falta de aplicação ética, no que diz respeito às entradas de produtos no Brasil, através do porto de Santos.

Por fim, propor possíveis soluções para sanar as anormalidades e contribuir para o cumprimento dos princípios éticos devidos em tais operações.

2. A APLICAÇÃO DA ÉTICA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL

Antes de entender a ética no comércio exterior é necessário saber a definição e a importância da aplicação da ética em todas as áreas.

“Ética pode ser definida como a ciência voltada para o estudo filosófico da ação e conduta humana, considerada em conformidade ou não com a reta final.” (ARRUDA; WHITAKER; RAMOS, 2.007 p.41).

Também pode ser considerada como um conjunto de valores e regras sociais que distinguem o certo do errado, isto é aponta se o comportamento é admissível ou não. As sociedades se conduzem por leis e costumes que promovem a ordem, para que seja possível a convivência entre as pessoas.

Aplicando estes conceitos à realidade das organizações, surge uma nova dimensão: a ética nos negócios, com enfoque na conduta ética pessoal e profissional.

A ética condição necessária na ordem pessoal, também é condição de sobrevivência da sociedade. Sem ética, o convívio social torna-se insustentável. Sem confiança mútua, por exemplo, não se realizariam transações econômicas, nem haveria contratos. Ninguém empregaria, ninguém produziria, ninguém associaria. Cada um viveria única e exclusivamente, para si cuidando dos próprios interesses. Como resultado, a sociedade ruiria, voltaria às cavernas. (ARRUDA, WHITAKER, RAMOS 2.007, p. 149).

Por isso a economia, como qualquer outra atividade deve se subordinar e valorizar aos princípios éticos, a fim de contribuir para o desenvolvimento das pessoas e para o bem comum da sociedade. As normas morais e éticas devem servir de guia para as atividades econômicas.

Por volta da década de 70 ocorreu a expansão das empresas multinacionais procedentes dos Estados Unidos e Europa, com abertura de subsidiárias em todos os continentes. Como conseqüência os conflitos começaram a surgir na forma de negociar, por causa de choques culturais e outros fatores legais, econômicos