A grande ilusao
Por: leticnunes • 6/9/2015 • Resenha • 548 Palavras (3 Páginas) • 836 Visualizações
A Grande Ilusão
Norman Angell
Na obra “A Grande Ilusão”, escrita em 1910, data antecedente à 1ª Guerra Mundial, o escritor e político Ralph Norman Angell Lane, defende que diante da interdependência econômica global e devido ao fato das fontes de riqueza envolverem o comércio internacional não serem controladas, a guerra para obtenção de vantagem é sem sentido.
No decorrer da obra Angell mostra as tensões do período entre a Inglaterra e Alemanha e contrasta as objetivações militaristas dizendo que a guerra não é impossível, mas inútil. "É absolutamente certo - e até os militaristas (...) o admitem - que a tendência natural do homem médio seja se afastar cada vez mais da guerra." (ANGELL, Norrnan. A grande ilusão. São Paulo: UnB, 2002.)
No período pré-guerra a crença presente na Europa defendia que todos os países próximos ao seu iriam ataca-lo e a prosperidade de uma nação iria depender de seu poder político, este ligado a disputa de força militar, sendo que as mais fracas não teriam destaque.
Angell expressa sua não aceitação a essa ideologia e inicia sua argumentação, onde constata que a humanidade já havia superado a idealização que a indústria e o comércio da população estariam ligados a expansão de fronteiras políticas e territoriais. A riqueza se baseia no crédito e em contratos, que acabam por resultar em uma interdependência econômica.
Uma das premissas políticas aceitas no período da Primeira Guerra era que a estabilidade financeira/industrial e segurança dependeria da possibilidade de defesa contra os ataques dos países vizinhos.
Neste ponto concordo com Angell, pois é totalmente ilusório e equivoco o fato de eliminar os oponentes por meio da conquista. A riqueza, bem-estar, segurança, prosperidade não dependem do poder político, pois se fosse deste modo os países de pequeno porte não teriam seu reconhecimento de serem seguros ou terem forte comércio.
O comércio contemporâneo se apossa da riqueza ao tomar posse de um país, isso só ocorreria com a aniquilação de sua população, o que é sem nexo.
Comentando o que foi dito por Angell, objetivo suas últimas consequências ao seguinte argumento. A segurança das riquezas somente depende de outros fatores que são diferentes do armamento; a falta do poder político não gera obstáculo à prosperidade; e a extensão territorial não tem relação com a riqueza de seus habitantes.
Concluindo, Norman Angell persiste que esses fatos que quase não eram reconhecidos podem e devem ser usados para solução de problemas que são trazidos pela corrida armamentista, e quando os riscos de ataque são diminuídos, consequentemente se tem a redução das necessidades de defesa, pois só se há defesa por que existe o ataque. Por fim, demonstra que a reforma política pertence a pratica, onde indica os métodos por onde ela pode ser executada.
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