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A política exterior do Império

Por:   •  20/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  422 Palavras (2 Páginas)  •  269 Visualizações

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Política Externa Brasileira

Aluna: Ingrid Martins Miranda

A política exterior do Império. (CERVO; BUENO, 2011, p. 13-162.)

A proclamação da independência garantiu ao Brasil autonomia em relação a Portugal, afastando o risco da recolonização, transformando D. Pedro I no eixo da nova ordem política, que nascia sem as amarras do dirigismo das cortes portuguesas, mas que necessitava ainda ser definida e inserida no sistema internacional.

A independência brasileira ocorreu em meio à reação absolutista européia que se seguiu à derrota de Napoleão Bonaparte, em 1815. O Congresso de Viena havia instituído o princípio da legitimidade e a Santa Aliança, o que dificultou o avanço das ideias liberais na Europa e as ideias emancipacionistas na América e, portanto, o reconhecimento internacional de nossa independência.

O esboço do Estado nacional foi constituído desde janeiro de 1822 por centenas de medidas tomadas por Dom Pedro e José Bonifácio no sentido de firmar sua própria soberania e rejeitar a autoridade das cortes portuguesas.

Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil, em 1824, apesar de a Grã-Bretanha já ter considerado a independência do Brasil útil como válvula de escape ao bloqueio continental que lhe foi imposto por Napoleão. A Doutrina Monroe procurava barrar a intervenção recolonizadora européia no continente americano, adotando a máxima “A América para os americanos”. Assim, garantia para os norte-americanos o controle político sobre a região e os promissores mercados latino-americanos.

A balança comercial deficitária e o aumento da dívida externa, em virtude de frequentes empréstimos solicitados à Inglaterra, fragilizaram a economia do Primeiro Reinado. Os enormes gastos gerados pela Guerra da Cisplatina e pela Guerra de Sucessão portuguesa, aumentaram as dificuldades financeiras do Estado. O recrutamento forçado de soldados para participar dos combates provocou insatisfação e revolta entre as pessoas pobres, que ansiavam por melhores condições de vida após a independência.

Apesar da continuidade entre o período colonial e o Império, emergiram novas forças sociais, em especial as nascidas do surto industrial e do processo de urbanização, na segunda metade do século XIX. O cacau e a borracha ganharam destaque na produção agrícola brasileira e a mão-de-obra escrava foi sendo gradualmente substituída pela assalariada, constituída basicamente por imigrantes.

Em 1844, quando se extinguiu o sistema dos tratados, houve condições para elaborar um novo projeto de política externa. A nova política externa brasileira orientou-se por quatro grandes parâmetros: controle da política comercial, por meio da autonomia alfandegária; equação do fornecimento de mão-de-obra pela extinção do tráfico negreiro e estímulos à imigração; sustentação das posses territoriais; e presença decisiva nos destinos do subsistema platino de relações internacionais

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