ATPS Ensino fundamental de 9 anos

CONCEITO DE CRIANÇA, EDUCAÇÃO BÁSICA E EDUCAÇÃO INFANTIL.

    A concepção de criança na analise histórica tornou-se imprescindível para a melhor compreensão de criança em relação aos discursos que evoluíam estes adultos em miniatura. Pois era desta forma que a criança era vista, devido a sua restrição as etapas biológicas, nesta visão só eram possíveis sair da infância quando a criança deixava de ser dependente do adulto.

    Nesta visão a criança se tornou objeto de relevância e foi se tornando algo que varia socialmente, culturalmente em relação às comunidades onde a mesma se desenvolve. Na sociedade contemporânea falar sobre criança e sua infância reflete-se a um período de silencio histórico, onde as populações infantis estiveram presas durante séculos.

    Segundo Corazza, as crianças sempre foram ausentes na história, pois não se ouvia falar em infância. Para serem percebidas as crianças passaram por um longo caminho a partir da leitura realizada que a infância é um período de grandes transformações na vida de uma criança e por isso a necessidade de se criar uma legislação onde esta criança tenha direito a uma educação de qualidade.

    A infância da criança é um período inocente, pois a criança é vista como uma tabula rasa, que apenas reproduz saberes, vindo dos adultos e do meio social onde vive e se desenvolve.

    Já nos dias de hoje a infância, que sofreu varias mutações, tornou-se contemporânea, que define a ideia de infância, como um processo de construção a partir da relação que acontece entre adultos e crianças.

    A criança em sua infância se desenvolve a partir de uma construção social, mesmo se tratando infância como fator biológico, a criança se constrói socialmente. Devido a estas construções que se dão por etapas, podemos afirmar que existem muitas infâncias e crianças.

    Por isso entendemos que a criança como construtora desde o inicio de sua vida, tem o direito ao conhecimento para sim formar sua própria identidade. No entanto as crianças têm sido privadas de sua infância e tem entrado cada dia mais cedo no mundo dos adultos, e isto seda dentro do ambiente familiar, pois muitos pais não são orientados a deixar a criança viver sua infância e passam a cobradas de responsabilidades que as mesmas não estão prontas para assumir.

    Por isso o que observamos é que a infância desejada para nossas crianças, deveria ser de direitos a uma qualidade de vida melhor e o direito a pertencer a uma família onde deveria ser amada, respeitada, com alimentação adequada, moradia justa e uma infância de qualidade, onde a mesma tem o direito de sonhar desde o seu nascimento, para que ao longo desses anos tenha direito a uma educação de qualidade.

    Hoje o que vemos é uma educação infantil ou de ensino fundamental sem estrutura para nossas crianças, onde muitas vezes não se desenvolve o intelecto, o físico, o psíquico social de uma criança.

    A educação a nosso entender, a partir das leituras realizadas deveria ser de respeito aos direitos da criança com professores qualificados, espaços físicos que acolha de forma a contribuir para o desenvolvimento dessas crianças, pois esta fase de brincadeiras e construção de novos saberes merece toda a atenção de nossos governantes e principalmente o olhar atento de um professor qualificado e disposto a lutar pelos direitos de nossas crianças.

    Falando ainda a (lei 11.274/2006) que antecipou a escolaridade através de uma proposta que visa desenvolver a criança em seus aspectos sociais, culturais e cognitivos podemos dizer que o que mais nos preocupa é a falta de materiais, espaços e profissionais qualificados para que esta proposta alcance o seu objetivo que é o desenvolvimento da criança em todos os seus aspectos.

    As reformas educacionais que abrangem a criança, educação infantil e ensino fundamental, tem nos mostrado um crescente conhecimento da infância na conquista de seus direitos, com respaldo nas conquistas da constituição federal de 1988, na lei de diretrizes e bases à educação Brasileira e o estatuto da criança e do adolescente.

    De acordo com estes documentos, esta antecipação da entrada da criança na escola é concebida como uma oportunidade para as camadas mais populares de ingressar mais cedo na escola para que as mesmas se desenvolvam de maneira adequada e com isso a desigualdade social não exista no ambiente escolar, e todas as crianças independentes de sua classe social tenham os mesmos direitos de uma criança com o poder aquisitivo melhor, com estas medidas todas as crianças estariam em um mesmo patamar social e intelectual.

Conceito interdisciplinaridade

    A transversalidade se refere à possibilidade de se instituir na pratica educativa. Ao instituir essa analogia entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados, ou seja, ter a ideia de aprender sobre a realidade da vida no seu dia a dia, tendo como objetivo ampliar o conhecimento e se apossar da cultura interdisciplinar.

    A transversalidade e a interdisciplinaridade são modos de trabalhar o conceito com a visão de reintegração de procedimentos acadêmicos, que ao longo do tempo acabaram se isolando uns dos outros pelos métodos disciplinares. Uma visão mais adequada e a abrangência da realidade que muitas vezes acaba se fragmentando nas disciplinas, poderá ser transformada na realidade com um eixo unificador da ação educativa, que irá organizar as disciplinas.

    Para que esta interdisciplinaridade se torne possível através dos temas transversais, se faz necessário que se vivencie a realidade social das comunidades dos alunos e educadores no seu dia a dia. Pois se considera que só terá valor a transversalidade dentro da compreensão interdisciplinar do conhecimento.

    Essa proposta didática vem possibilitar o tratamento de conteúdos de forma integrada em todas as áreas do conhecimento. A transversalidade e interdisciplinaridade têm como eixo educativo a proposta de educação com compromisso com a cidadania de acordo com os parâmetros curriculares que são defendidos.