Análise Behaviorismo
Por: Renan Miltersteiner • 9/6/2018 • Resenha • 501 Palavras (3 Páginas) • 302 Visualizações
Tendo como uma linha de raciocínio a questão da cientificidade proposta pelos Behavioristas à cerca dos métodos de verificação e análise, Bull identificou que haviam duas formas de análise sobre as Relações Internacionais e que uma delas sofria influências de várias áreas, inclusive o Direito Internacional, o mesmo observou também que tal método de análise não possuía grande eficácia quando se tratava dos estados serem os objetos centrais dos estudos.
Já a outra forma de análise, que foi denominada de abordagem científica era muito utilizada por estudiosos como Karl Deutsch, Morton Kaplan e Thomas Schelling. Tal abordagem buscava trazer as análises para o lado da exatidão, tais características se assemelham às Teorias do Sistema Internacional.
Essas diferenças de métodos de verificação e análise segundo Kaplan fez com que se gerasse um “novo grande debate”, os teóricos que possuíam a metodologia de abordagem clássica eram equiparados a forma de pensamento das academias europeias, já os Behavioristas eram equiparados as suas análises as academias norte americanas. Essas diferenças conseguiram ser bem expostas graças a revolução Behaviorista que trouxeram as ideias de exatidão aos campos de estudos das relações internacionais, trazendo também outras consequências como uma separação entre o direito internacional e as relações internacionais, fazendo com que a metodologia utilizada na abordagem clássica fosse descartada.
A ideia de decadência começou a ser observada de uma forma mais abrangente por Brian Simpson que ao notar que alguns pontos começaram a ser tratados de formas diferentes do que eram no passado culminaram na destruição do que foi denominado de o “primado do Direito”, um desses pontos que sofreram alterações foi com relação as academias de direito que acabaram agindo de forma incipiente e consequentemente deixando um pouco de lado o interesse sobre a área internacional do direito. Kratochwil assegura da mesma ideia complementando que a nova classe de juristas atualmente possui somente interesse nas relações do direito corporativo internacional e deixam cada vez mais de lado o âmbito das grandes questões internacionais.
Koskenniem possui uma outra ótica sobre essa decadência do “primado direito” ele possui embasamentos com referência a Wolfgang Friedmann relacionado às invasões dos Estados Unidos na República Dominicana em 1965 e as regras de Direito Internacional. As limitações impostas pelo Direito Internacional não foram respeitadas pelas potências que foram ascendidas no período da Segunda Grande Guerra, tão pouco no período da Guerra Fria. A carta das nações unidas não surtiu efeito frente as grandes potências e também a ONU falhou por não estar irreconhecível ao poder. Com isso o Direito Internacional começou a apresentar uma imagem de ineficiência no poder das articulações do Sistema Internacional devido ao seu enfraquecimento de poder político dentro do SI, e esse enfraquecimento acabou afetando diretamente um fator de grande importância na relação entre os estados, que é o exercício da violência legítima em âmbito internacional.
Conforme a transição ocorria das teorias tradicionalistas pelas behavioristas fez com que o uso legitimo da violência em âmbito internacional aumentasse consideravelmente e tornou-se notório o desamparo do Direito para com o âmbito internacional.
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