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As Artes Roubadas durante a Segunda Guerra Mundial

Por:   •  6/2/2025  •  Artigo  •  2.605 Palavras (11 Páginas)  •  10 Visualizações

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Pró Reitoria Acadêmica

Curso de Relações Internacionais

As artes roubadas durante a Segunda Guerra Mundial e a

luta por sua devolução

Marcela Groppo

Maria Cecília Peres Maia

Rebeca Nadiny Oliveira Pinheiro

Brasília

2024

Sumário

1. Resumo        3

2. Introdução        3

3. Segunda Guerra Mundial        3

4. Motivação dos roubos        4

5. Histórico de casos        5

6. Impacto e restituição das obras        7

7. Conclusão        7

8. Referências        9

1. Resumo

O período compreendido pela presença do nazismo na Europa, durante a Segunda Guerra Mundial, foi marcado, entre muitas coisas, pelo roubo de obras de arte dos países dominados pelo Eixo e, principalmente, de famílias judias. Essa foi uma forma de Hitler propagar o poder da raça ariana e de continuar próximo de um tema que muito lhe interessava: a arte. A partir do ganancioso objetivo de construir seu próprio museu na sua cidade natal, o exército de Hitler confiscou inúmeras obras de diversos artistas, entre eles Picasso, Michelangelo, Vincent van Gogh e Rembrandt, e guardaram-nas em diversos esconderijos pelo seu território.

Apesar dos esforços imprimidos na recuperação das artes roubadas desde o fim da Segunda Guerra Mundial, muitas ainda não foram encontradas. Esses saques de obras de arte pelos nazistas simbolizaram uma forte interferência na identidade nacional dos países que perderam parte do seu patrimônio cultural, por isso da importância de tentar recuperá-lo.

Palavras-chave: nazismo, roubo, Segunda Guerra Mundial, cultural, arte.

2. Introdução

O objetivo do presente artigo é demonstrar através de uma breve contextualização do que foi a Segunda Guerra Mundial e o objetivo de Hitler acerca do roubo das artes, apontando momentos da história em que as artes foram roubadas para fazerem parte de um acervo pessoal alemão, juntamente de casos e obras específicas que foram roubadas e, posteriormente, encontradas após o fim da guerra. Por fim, pontuar sobre como esses roubos foram, na realidade, uma tentativa de Hitler de disseminar seu ponto de vista ideológico pela Europa, além de acabar com a história de culturas que ele não concordava, como foi com os judeus, por exemplo, além de apontar a luta incessante dos descendentes que buscam reaver as obras roubadas de seus familiares, mas encaram dificuldades judiciais contra nações que não se preocupam em verdadeiramente devolver as obras.

3. Segunda Guerra Mundial

Durante o período de 1939 a 1945 o mundo viveu o tempo mais sombrio de sua história, especialmente devido a acontecimentos macabros resultantes da disputa mundial entre os Aliados (Reino Unido, Estados Unidos, França, e União Soviética) e o Eixo (Alemanha, Japão e Itália). Tal disputa consistiu na Alemanha nazista e o Eixo tentando tomar o lugar de hegemon mundial, impondo seus valores e crenças sob todo mundo acerca da raça ariana e da superioridade alemã, algo que não agradou os Aliados, os defensores do status quo que o mundo se encontrava e contra a dominação de Adolf Hitler e seu partido nazista.

Desde sua ascensão ao poder, Hitler buscou expandir a grandiosidade de seu país para que todos pudessem ver como ele foi capaz de se recuperar do Tratado de Versalhes, acordo este que foi imposto aos alemães após sua derrota na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), que acabou por deixar em frangalhos uma nação, anteriormente grandiosa em diferentes setores. Entretanto, apesar de seu nítido sucesso na política, a verdadeira paixão de Hitler sempre foi a arte, tanto que tentou ingressar em duas instituições de artes diferentes para seguir a carreira de pintor, sendo elas: a Academia de Belas Artes de Viena e a Academia de Artes de Munique.

Com suas falhas tentativas de ingressar na arte e após ver o estado de seu país após a Primeira Guerra, Hitler decidiu ingressar na política para alterar essa situação, decisão esta que o levou a ser o futuro ditador da Alemanha. Porém, mesmo que sua vida política tenha feito sucesso, ainda sim sua verdadeira paixão sempre foi a arte, o que acabou por fazer com que o território francês se tornasse um alvo primordial para si, dado que fora dada a ordem aos soldados na época de que as artes deveriam ser protegidas e levadas para a Alemanha.

4. Motivação dos roubos

Dando ênfase à motivação dos nazistas, especialmente na perspectiva de Hitler com relação aos roubos de arte na invasão da França durante a Segunda Guerra Mundial, podemos notar que não existe um único motivo para esse comportamento avassalador. Embora a supremacia da raça ariana esteja no cerne dessa questão, há uma combinação de ideologia, desejo e ganância em legitimar o regime através da arte. Durante o conflito, os nazistas roubaram e destruíram inúmeras obras de arte, refletindo uma abordagem multifacetada e sistemática.

Aprofundando, no livro “The Rape of Europa: The Fate of Europe's Treasures in the Third Reich and the Second World War”, de Lynn H. Nicholas, há uma série de construções de pensamentos voltados para esse recorte histórico. Dentro desse contexto, uma passagem do Nicolas (1995) expõe que, até 1940, Napoleão era o recordista inquestionável no campo de levar arte confiscada. Dissecando esta informação, temos uma base da dimensão do que foram os roubos de Hitler.

Complementando as motivações, para Hitler, a arte era uma ferramenta essencial na afirmação das “forças profundas” que “exercem influência sobre os homens de Estado, responsáveis pela tomada de decisão, mas também são influenciadas por eles.” (Renouvin;Duroselle, 1967, p. 6) O que movia seus princípios era a criação de um vasto museu em Linz, sua cidade natal, que serviria como um símbolo duradouro do poder e da superioridade do Terceiro Reich. Além disso, o museu seria a manifestação física dessas “forças profundas”, um testemunho do controle cultural, da reconfiguração da história e do legado artístico pela ótica nazista, que influenciou Hitler a roubar as artes e pega-las para si e seu país.

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