Comentário a Uma Notícia na Área das Relações Internacionais

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Universidade Lusíada do Porto

Unidade curricular: Introdução às Relações Internacionais

Trabalho realizado por: Hugo Miguel Baptista de Sousa nº 21560115

Docente: Profª Doutora Joana Castro Pereira

Ano Letivo: 2015/2016

Data:20/10/2015

Comentário a uma notícia da área de Relações Internacionais  

Porto 2015

Europa já recebeu mais de meio milhão de refugiados este ano

De acordo com dados divulgados, só este ano mais de meio milhão de refugiados entraram na Europa através do Mediterrâneo. Cerca de 400 mil rumaram á Grécia sendo na maioria de nacionalidade síria, enquanto 129 mil chegaram até Itália.  

        Todavia, a perigosa travessia do Mediterrâneo já fez perto de 2980 mortos e desaparecidos no mesmo período.

        A apresentação destes dados por parte da ACNUR está relacionada com a maior crise migratória da UE desde a II guerra mundial. No entanto, medidas estão a ser tomadas por países europeus para combater esta situação. (Lusa, 2015)

Angela Merkel afirmou que a UE deve ser “solidária” perante a crise, rejeitando a ideia de fechar as fronteiras. Para a chanceler é uma alusão o fecho das fronteiras europeias. Ângela Markel elogiou o papel desempenhado pela Turquia na crise migratória da Europa e, assim, apelou á ajuda da UE para com o governo turco.

        Com a UE dividida com o facto de lidar com centenas de milhares de refugiados, a cooperação da Turquia é essencial.

        Em relação á Alemanha, o país espera um milhão de migrantes ao longo do ano. (G1, 2015)

No dia 15 de Outubro, os 28 líderes Estados-Membros da UE, vão reunir-se para discutir acerca da crise dos refugiados.

Irá ser apelado para que sejam cumpridas as promessas em matéria de acolhimento de refugiados, e procurar uma forma de a Turquia se integrar na solução do problema. Angela Merkel afirmou que a maioria dos refugiados vêm através da Turquia, e que para resolver o problema terá de haver trabalho em conjunto com a Turquia, em que considera que Ancara terá um papel determinante na resolução do problema. Nesse segmento, Bruxelas poderá reforçar o apoio à Turquia. Donald Tusk pediu para honrar os compromissos. No mesmo segmento, Angela Merkel disse ser fundamental a Europa mostrar solidariedade. (Santiago, 2015)

Este deslocamento em massa levou a que Estados-membros da União Europeia procurassem respostas e, na passada segunda feira, algumas destas entidades discordaram da proposta destinada a distribuir 120 mil refugiados e aliviar a pressão dos Estados mais vulneráveis que enfrentam este importante deslocamento populacional.

O impacto económico desta circulação de refugiados em direção à Europa é reduzido, e pode mesmo vir a revelar-se positivo, dizem analistas citados pela agencia noticiosa AFP. Segundo Patrick Artus receber os refugiados permite à Europa “não apenas honrar a sua posição de União democrática que é rica e respeitadora da tradição, mas também expandir as suas perspectivas de crescimento”. Para Holger Schmieding a chegada dos refugiados pode provocar um impulso económico na zona euro de 0,2% e apenas na segunda metade de 2015 e para a historiadora Nancy Green “Os migrantes desempenham uma importante função na expansão económica e em períodos de declínio. Empregos em sectores de condições consideradas insatisfatórias são geralmente ocupados por novos imigrantes. “No século XXI o nosso continente pode e deverá tornar-se numa grande terra para a imigração”, citou o economista francês Thomas Piketty. (Lusa, 2015)

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