E NÓS, QUE NÃO NASCEMOS NEM NA EUROPA, NEM EM 1789?
Por: anajuu22 • 21/6/2022 • Monografia • 29.416 Palavras (118 Páginas) • 117 Visualizações
ANA JÚLIA BIDO
“E NÓS, QUE NÃO NASCEMOS NEM NA EUROPA, NEM EM 1789?”: O feminismo comunitário transnacional em Abya Yala
Balneário Camboriú
2020
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ANA JÚLIA BIDO
“E NÓS, QUE NÃO NASCEMOS NEM NA EUROPA, NEM EM 1789?": O feminismo comunitário transnacional em Abya Yala
Monografia apresentada como requisito final
para a obtenção do título de Bacharel em
Relações Internacionais na Universidade do
Vale do Itajaí, Centro de Ciências Sociais e
Jurídicas - CEJURPS
Orientador: Prof. Dr. Paulo Rogerio Melo de
Oliveira
Balneário Camboriú
2020
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ANA JÚLIA BIDO
“E NÓS, QUE NÃO NASCEMOS NEM NA EUROPA, NEM EM 1789?”: O feminismo comunitário transnacional em Abya Yala
Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de bacharel e aprovada pelo Curso de Relações Internacionais, da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Sociais e Jurídicas.
Área de Concentração: Gênero e Relações Internacionais
Balneário Camboriú, 15 de novembro de 2020.
Prof. Dr. Paulo Rogerio Melo de Oliveira
UNIVALI – Campus de Balneário Camboriú
Orientador
Prof. MSc. Nome
Instituição
Membro
Prof. MSc. Nome
Instituição
Membro
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente, gostaria de agradecer ao meu orientador, Prof. Dr. Paulo Rogério Melo de Oliveira, pelo apoio e parceria nesta pesquisa. Agradeço também aos meus pais, Nilza Lacerda Paim Bido e Luís Carlos Bido, meu irmão, Luís Fernando Bido, que me apoiaram e permitiram finalizar este ciclo da minha graduação. Com carinho agradeço aos
meus colegas de sala, e eternos amigos: Alessandra Camila Schaefer, Carolina Iochpe Dutra, Luís Eduardo da Silva Rosa, Matheus de Assis Ota Gomes, Milena de Almeida Schneider, e estendo os agradecimentos a todas(os) os outras(os) amigas e amigos de vida que se fizeram presentes nessa jornada.
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Estamos buscando en una danza salvage que convoque a otras mujeres y estás a otras más hasta que seamos um batallón o un ejército de amor que acabe con todas las miserias y
opresiones. Estamos buscando, buscamos todavia una mujer, que mirando al sol no cierre los ojos. (Julieta Paredes)
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TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do Vale do Itajaí, a coordenação do Curso de Relações Internacionais, a Banca Examinadora e o Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do mesmo.
Balneário Camboriú, 15 de novembro de 2020
Ana Júlia Bido
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RESUMO
Essa monografia tem como objetivo compreender as especificidades e as conexões do feminismo comunitário, das aymaras bolivianas, das xinkas guatemaltecas e das me’phaa mexicanas, e defini-lo como um movimento transnacional. O feminismo comunitário é um movimento de mulheres indígenas, cujo principal objetivo é lutar contra o patriarcado. Ele é diferente da grande maioria dos feminismos, pois se estrutura a partir das experiências de mulheres indígenas latino-americanas que lutam pela libertação das mulheres e dos homens das estruturas patriarcais. Este movimento tem seus passos iniciais na Bolívia, entre as indígenas aymaras, e perpassou os limites fronteiriços deste país e foi recepcionado pelas mulheres xinkas na Guatemala, e pelas mulheres me’phaa no México. Quando cruzou as fronteiras bolivianas, ele se adaptou conforme as demandas das comunidades em que foi recebido e, nesta dinâmica, o movimento adquiriu especificidades e estabeleceu conexões entre esses três países. Para melhor compreender as dinâmicas e as características deste movimento utilizamos as categorias transnacionalismo e gênero. A partir das conexões do feminismo comunitário, presente em três países diferentes, é possível defini-lo como um movimento transnacional. E é através do caráter transnacional que ele ganha força, visibilidade e se estende pela América Latina. As abordagens de gênero nas Relações Internacionais nos possibilitaram compreender as especificidades do movimento e a importância do papel da mulher nas atuais dinâmicas internacionais. O trabalho é baseado na metodologia qualitativa e utiliza técnicas de pesquisa bibliográfica. Para compreender o feminismo comunitário por ele próprio, suas tramas e singularidades, trabalhamos, fundamentalmente, com as falas das mulheres feministas comunitárias.
Palavras-chave: Feminismo Comunitário; Gênero; Transnacionalismo; América Latina.
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ABSTRACT
This monograph aims to understand the specificities and connections of community feminism, of the Bolivian aymaras, the Guatemalan xinkas and the Mexican me'phaa, and to define it as a transnational movement. Community feminism is a movement of indigenous women, whose main objective is to fight against patriarchy. It is different from the vast majority of feminisms, as it is structured based on the experiences of Latin American indigenous women who fight for the liberation of women and men from patriarchal structures. This movement has its initial steps in Bolivia, among the aymara indigenous, and crossed the border limits of this country and was welcomed by the xinkas women in Guatemala, and by the me'phaa women in Mexico.
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