Excertos de texto - ROBERT PAXTON FRIEDRICH ENGELS, DAVID EASTON
Por: Thayna Corsi • 6/4/2016 • Dissertação • 1.644 Palavras (7 Páginas) • 373 Visualizações
NOME: Thayna Alyne de Corsi - RA 00107442
ESTADOS REGIMES E FORMAS DE GOVERNO
Prof. Edson Passetti
REFLEXÃO: com base na filosofia do curso, comente as relações de e Governos após a segunda guerra mundial e os efeitos democráticos na contemporaneidade.
Durante a segunda guerra mundial, alguns Estados totalitaristas tiveram ascensão ao poder. Duas Grandes ditaduras europeias que valem o destaque são o Fascismo e o Nazismo, pois deixaram grandes marcas sociais no seu modelo de desenvolvimento. É importante destacar estesmodelos para que possamos fazer paralelos entre o passado e o presente.
O autor ROBERT PAXTON coloca que o povo em democracia nas épocas de crise, com a perda de seus recursos, fica suscetível a líderes autoritários, que tem como promessa recuperar sua condição anterior.
Como colocado pelo auto FRIEDRICH ENGELS, o autoritarismo pode sim chegar ao poder através do voto, um exemplo foi o do Partido Nacional Socialista Alemão. Outro bom exemplo foi o regime Fascista na Itália. Estes tipos de regimes chegam ao poder geralmente num momento delicado da política e economia, e o povo ansiando de volta sua antiga situação financeira, acabam por dar seu apoio a um líder autoritário que inicialmente é visto como pacificador e que cuidara de todos os assuntos da causa, mas que depois acaba tomando partido pela situação dominante
O Nazismo é um regime que produz política de massa, o que colaborou para a sua implementação. Neste é colocado em primeiro plano o desenvolvimento da nação, prestando serviços ao capitalismo, fazendo uso de seu poderio bélico para conter comunistas (judeus principalmente) e socialistas.
O Fascismo também foi um regime autoritário que obteve apoio popular, tendo uma base de valores muito forte, grande patriotismo, e defesa do voto feminino (movimento de massa para atrair contingente feminino de trabalhadoras), com propaganda retórica, política de produtividade e pleno emprego para tirar o país da miséria, acreditando isso ser possível através das ações diretas do Estado.
O Fascismo era baseado em quatro instituições principais: igreja família, monarquia e chefe político, neste contexto o governo do Estado e da sociedade esta materializado na figura do líder, e presente nos lugares mais longínquos, contando com aparatos como controle policial e social a nível terrorista, retratado como o medo instalado no dia a dia da sociedade, onde pessoas com alto poder não conheciam limites para seus desejos, e não há quem pedir ajuda. Um exemplo interessante deste cenário é retratado no filme SALÓ, do diretor Pier Paolo Passolini. O longa faz alegoria com a estória de vários jovens italianos que na Itália fascista de 1944 sofrem o abusos sexuais e psicológicos extremos nas mãos de quatro poderosos. O Duque representando a nobreza, o Bispo como a igreja, o Presidente e a personificação do poder político e o Magistrado como a corrupção e a parcialidade da justiça.
Em 1945, com o fim da segunda guerra mundial, há a queda desses Estados autoritários e em seu lugar são implementados Estados democráticos.
O autor DAVID EASTON descreve o sistema político como um conjunto de articulados que compõe a sociedade social e econômica, um sistema político dentro de um ambiente, com um conjunto de práticas específicas que conduz a sociedade. E para seu bom funcionamento o autor GABRIEL ALMOND coloca cinco capacidades essenciais; a primeira, que se manifesta a função reguladora do Estado sobre pessoas e grupos; a segunda é a capacidade Distributiva para dividir o mais igualitariamente possível os bens; a terceira é a capacidade extrativa, que diz respeito sobre sua utilização de recursos naturais e humano, quarta: capacidade simbólica, produção de simbologia dirigido ao sistema social e ambiente internacional, como valores, declarações nacionais, bandeiras e símbolos nacionais em geral, e quinta capacidade receptiva que lhe permite atender e responder a conjuntos de pressões internas e externas.
O autor DAVID EASTON também coloca que até o presente momento o melhor sistema politico é o bipartidário, pois tem governo forte e oposição representada, sendo ela fonte de mudanças. LENIN também aponta pontos importantes para uma democracia moderada, alegando que o exercício de poder deve ser de caráter moderado para não causar revolta entre os desfavorecidos e manter o equilíbrio, o que é importante, pois cria uma reserva de apoio para momentos de crise, e um parlamento forte e de expressão nacional que produza politica positiva e se alto fiscalize.
Atualmente, com suas exceções, a maioria Estados no mundo, tem implementado o Regime democrático bipartidário, que não correspondem em sua totalidade aos conceitos expostos acima, mas, estamos na tentativa.
Uma das maiores modificações proporcionadas pela mudança do regime autoritário para o regime democrático foi a mudança do conceito de definição do povo.
Nos regimes autoritários, o povo era considerado como “MASSA”. Este conceito é mais bem definido pelos autores HARDT E NEGRI, que dizem que a massa é um conjunto de pessoas conduzidas por um líder, em que havia um consenso geral para a administração dos recursos e ações do Estado, uma grande contribuição para a queda deste modelo veio com a revolução tecnológica e de comunicações. Agora nos definimos como “MULTIDÃO”.
A multidão caracteriza-se justamente pela multiplicidade, pela pluralidade, não se baseia em formas identitárias, mas expressões singulares, frente à massa homogênea que pode ser manipulável por formas políticas tradicionais. HARDT E NEGRI desenvolvem o conceito de Multidão uma reflexão que parte da conceituação desenvolvida por Foucault, mas redirecionam o conceito de biopolítica, partindo de um conjunto de transformações ocorridas na sociedade contemporânea e, mais especificamente, no âmbito da produção e reprodução de riquezas, cujas transformações impactam não somente na forma de produzir, mas principalmente na produção da subjetividade contemporânea.
A biopolítica de FOUCALT, deste modo é entendida como a forma da vida se governar, e passa a ser compreendida como biopolítica de rede. Nesse sentido, os indivíduos são capazes de construir de forma singular e dentro de um campo de acontecimentos sociais uma diversificada produção estética, um conjunto de narrativas que se utilizam de imagens, vídeos, entre outras expressões. A partir dessa compreensão, a biopolítica da rede é capaz de potencializar as práticas sociais e políticas e fazer emergir um novo sujeito social, que para Hardt e Negri se caracteriza na multidão.
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