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Investimento Estrangeiro Direto

Por:   •  22/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.825 Palavras (12 Páginas)  •  380 Visualizações

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1. Investimento Estrangeiro Direto

Para empreender um Investimento Estrangeiro Direto (IED) uma empresa deve desenvolver uma vantagem  competitiva  que  seja  adequada  para  exploração  no  exterior.  Ela  precisa  então  decidir  onde produzir de modo a satisfazer a demanda para seus produtos. Seria possível produzir no próprio país e exportar,  ou  produzir  no  exterior.  A  produção  no  exterior  pode  ser  feita  através  de  contratos  de licenciamento ou contratos de gestão. Entretanto, se uma empresa deseja controlar seus ativos no exterior, ela pode escolher entre uma joint venture ou uma subsidiária integral que pode ser criada a partir do zero ou adquirindo uma empresa estrangeira.

O mapa abaixo apresenta a seqüência de decisões:

A empresa e sua vantagem competitiva

1

Mudar vantagens competitivas


Explorar vantagens competitivas no exterior

2

Produção doméstica e exportação


Produção no exterior

3[pic 1]

Contrato administrativo (terceirizar produção)


Controlar ativos no exterior

4

Joint Venture                         Subsidiária integral

5

Investimento a partir do zero


Aquisição de empresa estrangeira

Partindo da observação de empresas que investiram com sucesso no exterior, conclui-se que as vantagens competitivas usufruídas por essas empresas são:

1.        Economia de escala e escopo provenientes de seu grande porte: desenvolvidas em produção marketing, finanças, pesquisa e desenvolvimento, transportes e compras.

2.        Expertise administrativa de marketing: habilidade na administração de grandes organizações industriais do ponto de vista técnico e humano, englobando também o conhecimento de técnicas analíticas modernas e suas aplicações nas áreas funcionais da empresa.

3.        Tecnologia superior: a tecnologia inclui a capacidade científica e de engenharia.

4.       Força financeira: demonstrada pela obtenção e manutenção de um custo e de uma disponibilidade global de capital, sendo essa uma variável crítica de custo do financiamento do investimento estrangeiro direto.

5.        Produtos diferenciados: as empresas criam vantagens competitivas através da produção e do marketing de produtos diferenciados;

6.        Competitividade  no  mercado  doméstico:  Um  mercado  doméstico  fortemente  competitivo pode  aguçar  a  vantagem  competitiva  da  empresa  em  relação  a  empresas  localizadas  em  mercados domésticos menos competitivos.


2. Onde Investir?

A decisão sobre onde investir é influenciada por fatores comportamentais e econômicos, bem como pelo estágio de desenvolvimento histórico da empresa. A decisão sobre onde investir no exterior pela primeira vez não é a mesma que onde reinvestir no exterior. Uma empresa aprende com o seu primeiro investimento no exterior, e isso influencia os investimentos subseqüentes.

Na teoria, uma empresa precisa identificar suas vantagens competitivas. A seguir, ela deve buscar mundialmente imperfeições de mercado e vantagens competitivas até encontrar um país onde ela possa desfrutar de vantagens competitivas suficientemente grandes para gerar um retorno adequado ao risco, acima da taxa crítica da empresa.

2.1 Teoria do processo de internacionalização

Após desenvolver uma vantagem competitiva no mercado doméstico   a empresa busca iniciar as vendas em outros mercados com a exportação de seus produtos. A partir daí estímulos do meio externo a levam a considerar a possibilidade de produzir no exterior para atender ao mesmo mercado ou novos mercados.

Estudos identificam que esses estímulos do meio externo são:

1.         Uma proposta externa de governos estrangeiros, distribuidores de produtos, clientes ou de membros da diretoria da empresa;

2.         O medo de perder mercado;

3.         O efeito trem da alegria: Atividades de sucesso no exterior de uma empresa concorrente ou a crença geral de que o investimento em certa área é “um dever”.

4.         Forte concorrência externa no mercado doméstico.

2.2 Teoria da Rede Internacional

Grandes organizações com muitas subsidiárias em diversos países enfrentam internamente a disputa por novos investimentos nos mercados atuais e novos mercados. Esses investimentos são demandados pelas subsidiárias que competem uma com as outras e com a matriz pelos compromissos de recursos de expansão, influenciando assim as decisões estratégicas sobre reinvestimentos.

Cada  subsidiária  está  embutida  na  rede  de  fornecedores  e  consumidores  do  país  anfitrião.  Ela também é membro de uma rede mundial baseada na sua indústria. Finalmente, ela é membro de uma rede organizacional sob controle da matriz.

3. Imperfeições do mercado: um argumento para a existência da empresa multinacional

As empresas buscam tirar vantagem das imperfeições nos mercados nacionais para produtos, fatores de produção e ativos financeiros.

Grandes empresas internacionais são mais capazes de explorar fatores competitivos como economia de escala, expertise administrativa e tecnologia, diferenciação de produto e força financeira do que seus concorrentes nacionais.

Por que as empresas se tornam multinacionais?

Em termos resumidos, as empresas buscam o seguinte:

          Mercados: produzem em mercados estrangeiros para satisfazer a demanda local ou para exportar para outros mercados.

          Matéria-prima: extraem matéria-prima onde quer que ela possa ser encontrada para exportá-la ou para, posteriormente, processá-la e vendê-la.

          Eficiência de produção: produzem em países em que um ou mais fatores de produção são subestimados em relação a sua produtividade;

...

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