Lênin e a Crítica ao Imperialismo
Por: Luiza Freitas • 30/1/2017 • Resenha • 996 Palavras (4 Páginas) • 587 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ- UNIFAP
BACHARELADO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS
DISCIPLINA: Teoria das Relações Internacionais I.
DOCENTE: Lourrene Maffra
DISCENTE: Luiza Freitas Albuquerque
LÊNIN, V., Imperialismo etapa superior ao Capitalismo. Campinas, SP; FE/UNICAMP, 2011. P. 244-262. Cap IX- Crítica do Imperialismo.
Vladimir Ilyich Ulyanov, conhecido popularmente a partir de seu pseudônimo Lênin, nasceu em Simbirsk, na Rússia, no dia 22 de abril de 1970 e morreu em 21 de Janeiro de 1924. Durante sua vida, atuou densamente como um revolucionário comunista, político e teórico político russo. Operou como chefe de governo da República Russa durante o período de 1917 a 1918, da República Socialista Federativa Soviética da Rússia de 1918 a 1924 e da União Soviética de 1922 a 1924. Sob sua gerência, a Rússia e, em seguida, a União Soviética tornou-se um Estado Socialista unipartidário governado pelo Partido Comunista Russo. Por ter afinidade teórica com as análises de Marx, no campo das Relações Internacionais, foi o primeiro a fazer suas análises a partir de uma óptica marxista, abordando em suas obras as contradições do sistema capitalista.
Ao principiar a obra ‘’O Imperialismo etapa superior do Capitalismo’’, Lênin utiliza-se como instrumento de embasamento teórico alguns princípios do livro ‘’O capital’’ de Karl Marx e faz a partir daí, as suas sínteses, descrevendo os antagonismos do capitalismo e delineando o Imperialismo como uma fase de decadência do sistema capitalista, trajado por conta da estagnação dos mercados, o que ocasiona a busca por novos mercados e novas riquezas, que são as colônias ‘’conquistadas’’. O que individualiza o autor das outras vertentes das relações internacionais é que o autor adota a existência da luta de classes como o ator político desse meio e compreende que o Estado defende os interesses da sua classe burguesa e dos seus relativos interesses nacionais.
O capítulo IX, Lênin abanca sua análise, inicialmente, conceituando o que seria a sua ‘’crítica do imperialismo’’, entendendo-a como sinônimo de uma representação da atitude das distintas classes sociais fundamentada em suas ideologias e que essas, são atreladas com a política do imperialismo. Acompanhando essa análise, o autor afirma que o imperialismo está ‘’indissoluvelmente ligado ao capitalismo na sua forma atual’’ (LENIN, 1917, p. 245), e que por conta de agregar um capital financeiro centralizado nas mãos de poucos, acaba originando uma rede complexa de relações sociais e seus vínculos que, por sua vez, são incentivadas por uma alusão positiva sobre o sistema e que, por fim, originam uma afinidade ideológica das classes que eram detentoras de capital financeiro para o lado do imperialismo.
Por findar em parte de suas análises que o imperialismo está diretamente conectado ao sistema capitalista, para o autor, a luta contra o fenômeno capitalista estaria condenada ao fracasso pelo fato de que haveria uma limitação de protestos para a parte da população que é mais sensível às consequências da classe dominante sob a dominada.
A partir da ratificação dessa ‘’alusão positiva’’ citada acima e de sua exemplificação com o Arquivo da Economia Mundial dos imperialistas alemães e a discussão a respeito da libertação e dos direitos das colônias, o autor prossegue as críticas em questionamento a respeito do que seria essencial na sua crítica ao fenômeno do sistema e interroga-se quanto ao fato de que ‘’se é possível modificar por meio de reformas a base do imperialismo’’ (LENIN, 1917, p. 245), seguindo a diante –o que significaria aprofundar-se nas contradições que o imperialismo gera- ou retrocedendo, o que caracterizaria atenuar as contradições e manter-se estagnado. Como subsídio para responder a esses questionamentos, Lênin utiliza-se de alguns discursos de Kautsky, Hilferding e Hobson.
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