Midia e ditadura
Por: Ananda Rodrigues • 31/10/2016 • Trabalho acadêmico • 3.348 Palavras (14 Páginas) • 382 Visualizações
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Universidade Paulista
Ananda Rodrigues da Silva
Ditadura e mídia
A influência dos meios de comunicação na ditadura
São Paulo
2016
O golpe de 1964: Como a mídia atuava entre 1964-1985
Autores: Ananda Rodrigues da Silva (C5728j3)
Professora/Orientadora: Fabiana OIiveira
Resumo:
Após o golpe de 64, a população não tinha conhecimento do período pelo qual estava passando. O Golpe foi apoiado por quase toda a mídia da época, porém os que foram contra, tiveram suas sedes destruídas e seus líderes presos. Após a assinatura do Ato Institucional nº5, foram suspensos os direitos de cidadãos comuns, políticos e opositores; assim o governo militar poderia cassar mandatos, prender ou enquadrar como revolucionário. As propostas feitas por João Goulart não foram cumpridas, as reformas eram barradas por meio de protestos, e não tinham apoio no congresso e senado. Movimentos populares se espalhavam pelo país, sendo eles a favor e contra as reformas, o que fez com que o presidente saísse do cargo, esses levantes tinham apoio da classe alta e média brasileira. Após ser instaurada a censura, os artistas tentavam transmitir mensagens ao povo nas entrelinhas através de músicas, teatro e outros meios de arte. A mídia teve grande influência na ditadura pois era e ainda é o meio de comunicação que transmite para a população os objetivos do governo, diferentemente de hoje, a mídia na época da ditadura era censurada e controlada pelo governo.
Sumário
- Introdução....................................................................................................03
O golpe de 1964...........................................................................................04
Antecedentes...............................................................................................05
Ato institucional Nº5....................................................................................06
Censura........................................................................................................075.1- Censura no meio artístico......................................................................08
O fantasma da censura...............................................................................10
A mídia e sua influência no período da ditadura......................................11 7.1- O uso da mídia no Golpe.......................................................................11
Considerações finais..................................................................................14
Referencias..................................................................................................15
- Introdução:
Era 1 de abril de 1964, quando a república federativa do Brasil perdeu um dos seus elos mais importantes: A democracia. Partindo de uma intervenção militar que visava a queda do então presidente do Brasil João Goulart com ideias e pensamentos considerados comunistas/socialistas por uma parcela da sociedade (setores conservadores, alto clero da igreja e uma parcela da classe média).
Todos os fatores para uma desestabilização do governo central estavam reunidos, juntamente com o fracasso do Plano Trienal na qual visava a retomada do crescimento da economia brasileira, a confiança em João Goulart foi reduzida expressivamente.
O golpe de 64 não somente permitiu a ascensão dos militares ao poder, como impôs duras medidas a liberdade de expressão, e através do AI-5 (Ato Institucional) instaurou o controle sobre quaisquer mídias dentro do país.
A censura era bastante notória, e envolvia diretamente os artistas, músicas que não podiam ser tocadas, cenas de novelas cortadas ou retiradas de roteiros, notícias controladas e uma sociedade cada vez mais carente da real verdade do seu próprio país.
A submissão de uma população por base da força e depois, através do controle da informação, culminou para que o Golpe de 64 (no qual o interesse original era livrar o país de uma ameaça comunista) durasse além do previsto.
- O golpe de 1964:
Em 2 de abril de 1964, o futuro do Brasil seguia incerto, um dia depois da destituição do governo democrático pelos militares, uma grande parcela da população não possuía conhecimento sobre o jogo de poder que se arrastava pelos bastidores.
Figura 1 – Mascarenhas de Morais, Charles de Gaulle e Castelo branco, RJ, outubro de 1964
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Fonte: Nosso Século Brasil 1960/1980
A tomada do Palácio de Guanabara no Rio de Janeiro, pelo então general Olímpio Mourão Filho deixava claro as ações dos militares, outros levantes no Rio Grande do Sul e São Paulo fortaleciam a ideia do golpe (Gasparetto, 2010). O golpe de 64 foi realizado no dia 31 de março contra um governo que havia sido constituído legalmente, o então governo de João Goulart este que por sua vez, assumiu depois da renúncia do então presidente Jânio Quadros (SORIANO, s/data).
A destituição do governo de João Goulart teve apoio de quase toda a [1]mídia da época, O Globo, Jornal do Brasil, Correio da Manhã, com exceção do Última Hora, Diário Carioca e O Semanário. Posteriormente, os jornais que se fizeram opositores, sofreram com a destruição das suas sedes e com seus líderes e representantes presos.
Alguns dias se passaram até o [2]Ato Institucional 1º ser assinado pela junta militar, essa que por sua vez era composta pelo General Artur da Costa e Silva, Francisco de Assis Correia de Melo e Augusto Hamann Rademaker Grünewald, o Ato visava á consolidação e validação do Golpe, foi assinado no dia 9 de abril de 1964 (Planalto, 2015).
Sendo (CASTRO, s/data). Nesse mesmo período a Constituição Brasileira era suspensa, juntamente com todos os diretos tanto para cidadãos comuns, políticos e opositores. Através disso, o então governo militar poderia cassar mandatos, prender ou até mesmo enquadrar como [3]subversivos.
- Antecedentes:
Os anos que antecederam o golpe civil-militar de 1964 foram anos de grande efervescência política e cultural. Com a renúncia do presidente Jânio Quadros, seu vice, João Goulart, foi alçado à presidência da República (SANTOS, 2013). Logo após a votação de 1963 na qual a vitória recolocava o Brasil no Presidencialismo, as propostas apresentadas por Jânio foram colocadas em pratica:
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