Midia e ditadura
Por: Ananda Rodrigues • 17/11/2015 • Trabalho acadêmico • 428 Palavras (2 Páginas) • 243 Visualizações
O golpe de 1964:
2 de abril de 1964 e o futuro do Brasil seguia incerto, poucas horas depois da destituição do governo democrático pelos militares, uma grande parcela da população não possuía um conhecimento sobre o jogo de poder que se arrastava pelos bastidores.
A tomada do Palácio de Guanabara no Rio de Janeiro, pelo então general Olímpio Mourão Filho deixava claro as ações dos militares, outros levantes no Rio Grande do Sul e São Paulo fortaleciam a ideia do golpe.
O golpe de 64 foi apoiado por quase toda a mídia da época, O Globo, Jornal do Brasil, Correio da Manhã, com exceção do Última Hora, Diário Carioca e O Semanário. Posteriormente, os jornais que se fizeram oposição, sofreram com a destruição das suas sedes e com seus líderes e representantes presos.
Mais alguns dias se passaram até o Ato Institucional 1º ser assinado pela junta militar, essa que por sua vez era composta pelo General Artur da Costa e Silva, Francisco de Assis Correia de Melo e Augusto Hamann Rademaker Grünewald, o Ato visava a consolidação e validação do Golpe, foi assinado dia 9 de Abril de 1964.
Nesse mesmo período a Constituição Brasileira era suspensa, juntamente com todos os diretos tanto para cidadãos comuns, políticos e opositores. Através disso, o então governo militar poderia cassar mandatos, prender ou até mesmo enquadrar como subversivos.
Introdução:
Datava 1 de abril de 1964, quando a república federativa do Brasil perdeu um dos seus elos mais importantes: A democracia.
Partindo de uma intervenção militar que visava a queda do então presidente do Brasil João Goulart com ideias e pensamentos considerados comunistas/socialistas por uma parcela da sociedade (setores conservadores, alto clero da igreja e uma parcela da classe média).
Todos os fatores para uma desestabilização do governo central estavam reunidos, juntamente com o fracasso do Plano Trienal na qual visava a retomada do crescimento da economia brasileira, a confiança em João Goulart foi reduzida expressivamente.
O golpe de 64 não somente permitiu a ascensão dos militares ao poder, como impôs duras medidas a liberdade de expressão, e através da AI-5 (Ato Institucional) instaurou o controle sobre quaisquer mídias dentro do país.
A censura era bastante notória, e envolvia diretamente os artistas, músicas que não podiam ser tocadas, cenas de novelas cortadas ou retiradas de roteiros, notícias controladas e uma sociedade cada vez mais carente da real verdade do seu próprio país.
A submissão de uma população por base da força e agora, através do controle da informação, culminou para que o Golpe de 64 (na qual o interesse original era livrar o país de uma ameaça comunista) durasse além do previsto.
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