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RELAÇÕES INTERNACIONAIS GUERRA CIVIL NA SIRIA E REFUGIADOS NO BRASIL

Por:   •  6/5/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.231 Palavras (5 Páginas)  •  467 Visualizações

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UNIP

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

GUERRA CIVIL NA SIRIA E REFUGIADOS NO BRASIL

FELIPE SOUZA DE OLIVEIRA

Campinas

2016

Sumário

Objeto        

Delimitação do Tema        

Justificativa        

Objetivo        

Apresentações Referenciais        

Objeto

A Guerra Civil na Síria completou em 15/03/2016, 5 anos de conflitos que se estendem até os dias de hoje. Frente ao problema, o ditador Bashar al-Assad enfrenta grupos anti-governo que reivindicam sua saída do poder. Grupos terroristas como o Estado Islâmico, além de diversas milícias extremistas, também disputam o território. esta disputa deixou a todos num cenário triste e sangrento, os resultados desta guerra são desastrosos, bem como os reflexos de um povo que sofre com a perda de sua origem, cultura e território;

Muitas famílias já abandonaram ou ainda estão tentando abandonar o país procurando refúgio em outras nações vizinhas, uma vez que na Síria, a dignidade de obter moradia, alimentação, segurança e saúde, parece ainda muito distante. Segundo levantamento publicado pela ONU em março de 2016, os países mais procurados pelos refugiados são a Sérvia, Alemanha, Suécia, Hungria, Áustria, Holanda e Dinamarca. O Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e Turquia Segundo o Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), o número de refugiados sírios no Brasil é de 2.077 pessoas, de 2011 até agosto de 2015.

Dado o crítico contexto, perguntas precisam ser refletidas: Como o mundo os têm recepcionado? Eles encontram emprego e meios adequados de subsistência nos outros países? Xenofobia é uma realidade no mundo atual? A miscigenação de culturas é uma questão? E se respondêssemos á todas estas questões com os olhos voltados para este quadro decorrente no Brasil?

Delimitação do Tema

A taxa de refugiados sírios no Brasil tem aumentado cada vez mais, isso por conta da Resolução Normativa n° 12/2005 adotada pela CONARE para desburocratizar a emissão de vistos para cidadãos sírios e outros estrangeiros afetados pela guerra e dispostos a solicitar refúgio no país (O ESTRANGEIRO, 2013).

Para o professor Oliver Stuenkel, da FGV, a vinda de refugiados é benéfica ao Brasil.

Stuenkel - Aceitar refugiados é contribuir na provisão de um bem público global. Essa crise de refugiados é provavelmente a mais severa desde a Segunda Guerra Mundial. Além disso, haveria vantagens para o Brasil. Para começar, assumir um papel de liderança nessa área daria destaque ao país no cenário global. [...] O Brasil é um dos países mais fechados do mundo quando o tema é imigração. Só 0,3% das pessoas que vivem aqui nasceram em outros países.” (BBC BRASIL em São Paulo, 28 setembro 2015)

Tratam-se de pessoas que se encontram em situação de total desespero, dispostas à pagar o preço que for por uma vida melhor em algum lugar que os acolha, ainda que isto às custe deixar para trás suas lembranças, familiares que ainda podem estar vivos, bens materiais frutos de uma vida inteira de trabalho e esperanças de que um dia a Síria voltará ser uma excelente morada, como antes da guerra.

Essas pessoas chegam ao Brasil ludibriadas com certos facilitadores que o governo brasileiro promove para aceitação do pedido de asilo sírio, programas como Bolsa Família e algumas entidades que cuidam de pessoas carentes, tentam dar o suporte e assistência necessária aos recém chegados.

Para que os sírios possam entrar no Brasil, deve ser feito um pedido de refúgio junto à Policia Federal do Brasil, o qual o governo brasileiro, em 2013, implantou uma medida de grande importância que flexibiliza o ingresso destes refugiados no nosso país.

Vencidos os grandes desafios para a chegada até o Brasil, é hora de encontrar emprego num país que já sofre com a falta de oportunidade de trabalho para os próprios brasileiros. Ao somar com as dificuldades da enorme diferença entre os dois Idiomas, os sírios sofrem muito para conseguir algum espaço no mercado de trabalho e interação social.

Grande parte dos refugiados sírios no Brasil, encontram-se no estado de São Paulo, onde já existe uma comunidade árabe que muitas vezes os ajudam com doações vindas de mesquitas e igrejas ortodoxas, ou até mesmo acolhendo-os.

No Brasil, falar de uma possível divisão de espaço no mercado de trabalho entre um brasileiro nativo e um refugiado, seria uma centelha para o pensamento Xenofóbico, pois, em um país cada vez mais escasso de oportunidades de emprego, receber possíveis candidatos gringos às raras vagas já disputadas pelos brasileiros, pode gerar sim alguma retaliação.

Não temos no nosso país um grupo ou partido contra imigrantes, por exemplo. O que é muito bom.

Porém, a descriminação e a falta de oportunidade são terrivelmente relatadas com cada vez mais frequência pelos refugiados. Em muitos casos, esses refugiados, chegam ao Brasil com ensino superior e formação acadêmica completa, são pessoas que detém grande conhecimento em diversas áreas, mas quando chegam ao Brasil, os brasileiros se mostram claramente preferir um nativo a um estrangeiro na hora de ocupar as oportunidades de emprego.

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