Resenha “Sindicalismo e Relações Internacionais” - Prof. Andrea Bieller (Political Economy, Nottingham University/UK, Atividade do BRI/NEEDS).
Por: Gabi Negrisiolo • 23/9/2021 • Resenha • 540 Palavras (3 Páginas) • 194 Visualizações
Resenha “Sindicalismo e Relações Internacionais” - Prof. Andrea Bieller (Political Economy, Nottingham University/UK, Atividade do BRI/NEEDS).
Durante a palestra ministrada por Andreas Bieler, professor de economia política internacional na universidade de Nottingham e membro do Centre for the Study of Social and Global Justice, em um evento promovido pelo NEEDDS, PROEC, PROPES, BRI, PPGEPM e PPG Economia, e que aconteceu na Universidade Federal do ABC, no campus de São Bernardo do Campo, teve como tema: Capitalismo, Guerra e Crise Globais.
Dentro deste tema as questões sobre os trabalhadores e o papel dos sindicatos; as expansão capitalista e suas implicações para o trabalho; as possibilidades de solidariedade transnacional do trabalho; e a cooperação Sul - Sul foram apresentadas.
Para esta primeria relação foi afirmado que por existir um conflito fundamental entre capital e trabalho, pois a produção capitalista é organizada em torno do trabalho assalariado e da propriedade privada dos meios de produção, a pincipal promessa sindical é não prejudicar uns aos outros, trabalhadores. Porém a orientação dos sindicatos irá depende do foco de sua luta, estes podem ser progressivos ou reacionários. Contudo a exploração capitalista ocorre além dos meios de produção, na esfera social, ou seja, no acesso a educação, saúde e saneamento básico. E sendo assim esta promessa tende a perder sua base.
Com relação ao segundo ponto, Bieler trás as 3 principais características do capitalismo, são estas: competitividade; tendência a ter crises; e a expansão externa em torno de um desenvolvimento combinado, porém irregular. E associando ao primeiro ponto trás que por os movimentos trabalhistas nacionais estarem em muito
locais diferentes na economia global, perdem força, pois competem entre si, e possuem dificuldade de organização, principalmente em áreas mais precarizadas.
Vínculado a terceira relação, garante que a partir da diversidades de desafios, há a necessidade de agir em diversas abordagens. Como exemplos destas abordagens cita os setores de produção transnacionais como novas estratégias sindicais internacionais; a força de trabalho transnacional como organização dos locais de trabalho multinacionais; a privatização de serviços públicos como cooperação entre sindicatos e movimentos sociais com mais foco no estado; e a mão-de-obra nas indústrias de vestuário como amplas alianças com consumidores de países industrializados, pressionando as marcas.
Para o Quarto ponto, cita as características desta cooperação Sul - Sul, como a iniciativa do Sul sobre a globalização e os direitos sindicais , por exemplo o COSATU ( Congress of South African Trade Unions), a maior organização dos trabalhadores da África do Sul, que tem como objetivo melhorar as condições materiais dos trabalhadores como um todo e assegurar a participação dos trabalhadores na luta pela paz e pela democracia; o foco na ação radical; ter uma história compartilhada do passado colonial; e ter a sua localização no sul global. E acrescenta que por mais que o Sul global possua interesse em futuras comissões para desenvolver alternativas à reestruturação neoliberal, nos âmbitos da justiça tributária, comércio, setor público, e mudanças climáticas; nenhuma ação comum contra a exploração capitalista foi tomada até então e não há nenhuma influência profunda nos membros do sindicato. Deixando o Sul global com um futuro incerto.
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