Resumo - Discurso Geopolítico
Por: joao_lmc • 5/4/2017 • Resenha • 495 Palavras (2 Páginas) • 1.010 Visualizações
Capítulo 2: O discurso geopolítico
Antes de tudo, pode-se dizer que a geopolítica é um subproduto e um reducionismo técnico e pragmático da geografia politica.
O sueco Rudolf Kjéllen foi o pioneiro da geopolítica, relacionando o termo com as concepções de relação entre Estado e território. Ele considera tal ciência como um ramo da geografia politica. A partir do conceito de Estado para Ratzel, que é um organismo territorial, ele o reduz e cria o próprio conceito, classificando o Estado como um organismo biológico, ou seja, para ele, o Estado nasce, cresce e morre em meio a lutas e conflitos biológicos (o meio e a sociedade como essência principal; sociedade, governo e economia como secundário).
Rudolf desenvolve sua nova ciência focando nos “Estados-Maiores” dos impérios centrais da Europa, em especial a Alemanha.
2) Mahan, o poder marítimo e os Estados Unidos com Potência Mundial
Foi a partir da emergência dos Estados Unidos como potencia mundial e marítima e durante a grande inflexão, que Mahan começou a desenvolver suas teorias sobre o poder marítimo (filósofo naval do imperialismo). A posição inovadora de Mahan se relaciona com a integração das atividades relacionadas ao mar. Para ele, era necessária uma interação da natureza como todo e da população com as atividades marítimas, acarretando em uma constituição de poder daquela determinada área.
Ele concebe aos mares e oceanos, uma vasta área com características politicas e sociais próprias, diferenciando-as dos espaços terrestres. Eles estão interligados por portos e vias de comunicação interna. O poderio marítimo de uma nação advém da sua capacidade de instalar e manter “pontos de apoio” no sistema internacional. Esses pontos possuem um valor econômico e estratégico para os Estados.
Existem vários fatores que definem o poder marítimo de um Estado, o primeiro deles é a posição geográfica. A Inglaterra apresenta uma grande vantagem pelo fato de ser insular, ou seja, ser uma ilha. Diante de tal situação, ela conta com uma vasta frota naval ao longo de todo o território, além de obter um apoio colonial e uma marinha mercante desenvolvida (pessoas, instituições que possuem uma relação com o civil). Quanto à França, ele a considera às vezes como potência terrestre às vezes como potência marítima. Ele explica que a França não apresenta uma localização muito favorável, já que somente nos extremos norte e sul apresenta mar. Desse modo, as frotas navais são obrigadas a se dividirem e passar pelo canal de Gibraltar, controlado pelos ingleses.
Ele usa os Estados Unidos como um exemplo também. Fala que como não há opções marítimas, devido a sua localização, os EUA devem investir no potencial econômico, territorial, militar em poder estratégico.
Mahan afirmava que quanto mais o comercio marítimo crescia, maior serio o desenvolvimento interno de um Estado. A Alemanha e a Inglaterra são um exemplo. Ao invés de somente extrais produtos, eles produziam e comercializavam pelo mundo.
Dizia que o governo só teria sucesso em sua politica voltada para o poder marítimo, caso houvesse uma fundamentação nacional e estivesse expressa democraticamente.
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