Teorias Politicas de Bakunin
Por: Leticia Silveira • 25/9/2018 • Trabalho acadêmico • 3.364 Palavras (14 Páginas) • 226 Visualizações
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FACULDADES INTEGRADAS RIO BRANCO
BAKUNIN
“DEUS E O ESTADO”
CHIARA SPILLA CASA
FABIANA MICHELI REDA
JULIA CHAGAS SILVA
LETÍCIA MAKI KONISHI DA SILVEIRA
LUCAS DA SILVA CRUZ
COTIA
2018
RESUMO
O seguinte trabalho propõe a relatar uma pequena parcela da vida e do trabalho do teórico político russo Mikhail Bakunin para o curso de graduação de Relações Internacionais - 1º semestre das Faculdades Integradas Rio Branco. Para tanto, além da biografia e do trabalho, tentamos expor um pouco do contexto histórico que se passava durante a época que o filósofo viveu, e as teses que desenvolveu em seu livro “Deus e o Estado”, explicando também sua grande influência nos ideais anarquistas que se estendem até hoje.
ABSTRACT
The following paper proposes to report a small part of the life and work of the Russian political theorist Mikhail Bakunin for the graduation course of International Relations - 1st semester of Faculdades Integradas Rio Branco. For this, besides the biography and the work, we try to expose a little of the historical context that happened during the time that the philosopher lived, and the theses that developed in his book "God and the State", explaining also its great influence in the ideals anarchists that extend to this day.
SUMÁRIO
- INTRODUÇÃO……………………………………………...……………………….4
- DESENVOLVIMENTO……………………………………..……………...……....5
2.1 BIOGRAFIA E CONTEXTO HISTÓRICO……….………………..………….…..5
2.2 TESES DE BAKUNIN…………………...…....…………………………………….5
2.3 BAKUNIN EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS………………..…………..…...8
- CONSIDERAÇÕES FINAIS………………………………………..……………...9
- BIBLIOGRAFIA…………………………………………………………………....11
1 INTRODUÇÃO
Esse trabalho busca analisar e compreender a visão e as principais ideias filosóficas e políticas de Mikhail Bakunin, um pensador que teve grande impacto na sociedade de sua época e se mostra, ainda, de grande importância na leitura e no pensamentos contemporâneos. Seus ditos, juntamente a outros filósofos renomados - como Karl Marx e Proudhon -, repercutiram fortemente ao longo das décadas e influenciaram o estudo que fazemos hoje acerca das Relações Internacionais.
Para tanto, será feita a análise das teses tratadas em seu livro “Deus e o Estado”, obra clássica das Ciências Políticas. Torna-se possível assim, afirmar que obras como esta nunca perdem sua aplicabilidade seja hoje ou a dois séculos atrás, podemos ver como elas se tornam homogêneas junto às Relações Internacionais.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 BIOGRAFIA E CONTEXTO HISTÓRICO
Mikhail Bakunin, teórico político russo, nasceu em 30 de maio de 1814, em uma família rica e de linhagem nobre, recebeu uma educação baseada nos ideais do liberalismo europeu e nos ideais da Revolução Francesa, nesse período de sua educação aconteceu na Rússia, o que foi chamada de “Revolta Dezembrista” - nas primeiras décadas do século XIX, o governo czarista entrou em crise, ameaçando a ordem absolutista, na época reinada pela dinastia Romanov, quando Alexandre I morreu sem deixar nenhum herdeiro, seu irmão Constantino ficou em seu lugar, pretendendo transformar o país em uma monarquia constitucional, após sua renuncia sem motivos aparentes, seu irmão mais novo Nicolau I sobe ao poder, motivando uma rebelião pois o povo e principalmente os militares tomaram esta troca de poder como um golpe de Estado para tirar Constantino do poder de modo que a Rússia não sofresse a reforma que ele pretendia, claro que tudo foi um mal entendido na visão histórica, porém a revolta gerou milhares de prisões, exílio de líderes e assassinato de participantes - o medo de ser perseguido fez com que o pai de Bakunin torne-se um leal czarista e então mandou o filho para seguir carreira militar, o que não o agradou pelo fato da grande influência dos ideais libertários que absorveu na infância, então aos 21 anos mudou-se para Moscou com a intenção de estudar filosofia.
Em 1840 se mudou para Berlim e uniu-se ao movimento “hegelianos de esquerda” que se atinha ao ateísmo na religião e ao socialismo na política - desse movimento saiu o individualismo egoísta de Stinner e a versão marxiana do comunismo. Quatro anos depois , na França estabeleceu contato com Marx e com o anarquista Pierre-Joseph Proudhon, foi quando começou a participar da luta internacional dos trabalhadores que apoiavam greves, sindicatos e sociedades de resistência, além de terem declarado oposição à Guerra Franco-Prussiana e ter apoiado a Comuna de Paris, buscando condições de trabalho mais decentes.
Vendo tudo isso, Nicolau I lançou um decreto retirando todos os privilégios de Bakunin, seu título de nobre, direitos civis e suas posses na Rússia, condenando-o à prisão na Sibéria para o resto da vida. Em resposta ao decreto escreveu uma longa carta “La Reforme”, que denunciava o imperador como um déspota e fazendo um chamado à democratização da Rússia, por esses motivos foi expulso da França e acabou fugindo para Bruxelas.
Nesse meio tempo participou de inúmeras revoluções e foi perseguido e condenado à morte, diversas vezes, porém todas elas foram comutadas em prisão perpétua.
Em 1851 foi entregue às autoridades russas e passou anos preso, o imperador Nicolau I pediu que ele fizesse uma confissão à fim de que ele fosse salvo espiritualmente e fisicamente, na confissão Bakunin se recusou a falar nomes de qualquer um que tivesse envolvidos nas revoluções que o fizeram ser preso. Depois que o imperador morreu e Alexandre II subiu ao poder, a mãe do teórico fez um apelo que resultou na deportação dele (exílio em Tonsk na Sibéria) - finalmente livre, ele se casou e a partir daí aproveitou para espalhar suas ideias pelo mundo, se declarando anarquista e conquistando seguidores de vários lugares.
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