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6 Princípios De Morgenthau

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Por:   •  7/11/2014  •  712 Palavras (3 Páginas)  •  7.209 Visualizações

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Os seis princípios do Realismo Político:

1) Acredita que a política é governada por leis objetivas baseadas na natureza humana, e em desenvolver uma teoria racional que reflita essas leis, mesmo que de modo imperfeito e desequilibrado. Não se pode ignorar a natureza humana, que é a busca racional pela sobrevivência.

A teoria consiste em verificar os fatos e dar a eles um sentido, mediante uso da razão. A natureza de uma política externa só pode ser averiguada por meio do exame dos atos políticos realizados e suas consequências previsíveis desses atos.

O confronto da hipótese racional contra os fatos reais e suas consequências é o que proporciona um sentido teórico aos fatos da politica internacional

2) O conceito de interesse é definido em termos de poder. O poder é o centro e as considerações éticas são de pouca valia.

Este segundo principio quer dizer que os interesses dos Estados não são governados por influências morais, mas condicionados pela busca racional dos ganhos e perdas na política externa. Assim, a política exterior de país não deve estar associada às simpatias pessoais do governante, mas se guiar pelo interesse nacional da nação. Aqui podemos perceber a influência do pensamento de Maquiavel, realista clássico, no qual considerava que o príncipe virtuoso deveria agir em prol da nação e não a partir de suas preferências e gostos particulares. Uma teoria realista da politica internacional evita a preocupação com motivos e preferências ideológicas.

Porque: os motivos representam ilusórios dados psicológicos, uma vez que podem ser distorcidos, a ponto de não serem mais reconhecidos pelos interesses e emoções, tanto do ator como do observador.

Exemplo: Robespierre foi um dos mais virtuosos homens que já existiu, e, no entanto, foi exatamente o radicalismo utópico dessa mesma virtude que o levou a matar os menos virtuosos que ele, e acabou destruindo a revolução de que ele era um dos líderes.

Enquanto a ética julga em abstrato as qualidades morais dos motivos, a teoria política tem de julgar as qualidades políticas do intelecto, da vontade e da ação.

Os políticos têm de distinguir entre seu dever oficial (pensar e agir em função do interesse nacional) e o seu desejo pessoal (ver seus próprios valores morais e seus princípios políticos realizados em todo o mundo). O realismo exige uma distinção muito nítida entre o desejável e o possível.

3) As relações entre as nações sempre foram definidas em termos de poder. No entanto, o tipo de interesse das ações políticas varia dependendo de determinado contexto histórico cultural e político, sendo assim os interesses, que tem como base maximizar o poder dos Estados, não são fixos e permanentes.

Tucídides: “a identidade de interesses é o mais seguro dos vínculos, seja entre Estados, seja entre indivíduos”

Lorde Salisbury: “o único vínculo de união que permanece entre as nações é a ausência de quaiquer interesses em conflito”

George washington: “o interesse constitui o princípio que tudo governa”

4) O realismo reconhece a tensão entre os preceitos morais

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