A Europa Pós-Unificações
Por: YOONGlASED • 7/11/2018 • Abstract • 1.067 Palavras (5 Páginas) • 264 Visualizações
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- Alemanha: desenvolveu aço e ferro; desenvolveu seu comércio interno e integrou seu espaço geoeconômico; postura conservadora; Bismarck aposta no Partido Liberal Nacional, seu nacionalismo era utilizado como instrumento de manipulação de massa; buscava a coesão interna através desse partido que supostamente atenderia as demandas populares. Priorizou garantir a unidade da população para se fortalecer; política por outros meios: diplomacia, conseguir aliados e isolar a França politicamente.
- Itália: relação tensa com a igreja católica – conflitos e desentendimentos; o seu Norte era desenvolvido, mas o Sul era amplamente ligado as atividades primárias da economia, isso se tornava um problema pois prejudicava sua unificação. Era preciso lealdade das pessoas perante o novo estado formado, que se encontrava fragmentado. Contraste socioeconômico; faltava perpetuar o sentimento de nacionalismo.
- Áustria-Hungria: enfraquecimento dos Rabisburgos, a solução foi criar uma monarquia dual, eles concederam os nacionalistas da Hungria o direito de conduzir boa parte da política doméstica. Foi solução também para abafar a revolta que se formava na Hungria; sabia que se encontrava impossibilitada de entrar uma guerra com a Alemanha, logo resolve se juntar (bandwagoning), abrindo mão de seu desejo de vingança, expansionista;
- França: revanchismo pós-guerra franco-prussiana; se recupera materialmente, economicamente, militarmente em 4 anos após a guerra movida pelo nacionalismo; necessidade de responder e para isso se reaparelha militarmente para fazer frente à Alemanha.
- Inglaterra: foi a primeira a experimentar a revolução industrial e estava caminhando pra segunda; se isolava dos assuntos europeus para cuidar exclusivamente dos coloniais (gestão) – Isolamento Esplêndido. A política externa da Grã-Bretanha foi marcado por evitar qualquer envolvimento em conflitos europeus para se dedicar ao desenvolvimento do poder colonial e comercial do Império; Só intervém quando lhe convém, quando é de seu interesse.
- Rússia: teve perdas continentais e financeiros depois da guerra da Criméia, de onde saiu massacrada; se encontra enfraquecida, então se expande gradualmente na direção do leste e sul pra tentar se reestabelecer; regime czarista em crise pra se modernizar, se desenvolver etc; Utiliza o pan-eslavismo para exercer seus interesses na região dos Bálcãs.
- Rússia disputa fortemente a região dos Bálcãs com a Áustria-Hungria – Crise no Oriente
- Destaque para a posição estratégica da Alemanha por ser uma potência na Europa Central.
- Alemanha busca a manutenção do equilíbrio de poder na Europa, isolando a França diplomaticamente visto que ela ameaçava desenvolvendo um sentimento revanchista. Isolando-a, a França não formaria alianças logo não geraria conflitos externos pra Alemanha.
- Tratado dos 3 Imperadores: Alemanha – Áustria-Hungria – Rússia. Alemanha busca se colocar como interlocutora e mediadora entre as grandes potencias para tentar desfazer qualquer ameaça que os estados façam a ela. Alianças como soluções em momentos de crise. Alemanha não quer que achem que ela ambiciona hegemonia, Rússia e Áustria-Hungria veem a oportunidade de ganhar proteção e usam esse tratado como forma de garantir previsibilidade sobre as intenções de Bismarck.
- Crise da Guerra à Vista (1875): Bismarck vê a guerra se armando com a França, que já estava recuperada financeiramente e militarmente. Antes da França atacar ele ataca. Guerra Preventiva: atacar um ator que não te fez uma ameaça configurada, mas porque em momento ele pode se tronar uma ameaça contra você. Prática muito condenada atualmente. (EUA e Iraque 2003). A comunidade internacional não gosta disso, pois abre um quadro de guerra de todos contra todos. Áustria-Hungria e Rússia não o apoiam, pois esse tipo de guerra não tem amparo no direito internacional. A Inglaterra diz que se Bismarck atacar a França de graça ela vai se meter por que significaria que a Alemanha ambicionava hegemonia, pois atacaria um Estado que não fez nada. Bismarck dá para trás e desiste de seu plano, pois prefere preservar suas alianças e evitar conflito com a Inglaterra.
- Grande Crise do Oriente (75-78): Império otomano/ turcos. O sultão começa e amplia a opressão fiscal sobre uma série de área ao redor do estado, particularmente numa área tensa, Bósnia-Herzegovina (nos Bálcãs). A Sérvia se coloca em posição de proteger essas áreas oprimidas, e parte pra cima do Império. Quando a Sérvia tá quase perdendo a guerra, a Rússia vem ao seu auxílio. A Rússia diz fazer isso pelo pan-eslavismo, para ajudar seu pequeno irmão eslavo, mas o fez por interesse nos Bálcãs. Quando a Rússia se coloca diante do conflito apoiando a Sérvia ela volta a trazer o perigo de querer a qualquer momento chegar a Constantinopla. A Inglaterra ameaça a Rússia caso ela queira se expandir (como na guerra da Crimeia) e a Áustria-Hungria também não gosta, pois tem territórios nos Balcãs e a Rússia está próxima de lá.
- Aliança dual: a Alemanha assina uma aliança com a Áustria Hungria para garantir a estabilidade na Europa central. A Rússia se sente excluída, e o tratado dos 3 imperadores? Novo Tratado dos 3 imperadores – Congresso de Berlim (não confundir com a Conferência). Nesse novo tratado, o antigo é renovado e o problema dos Bálcãs é resolvido, dividindo como uma área de influência tanto austro-húngara quanto russa. Mais uma vez, a diplomacia de Bismarck se mostra tendo sucesso. Ápice do isolamento diplomático da França, pois ela literalmente está isolada de todos, a Alemanha se aproximava de todos primeiro.
- Crise da Bulgária (85-87): era independente, mas estava na área de influência da Rússia. Rússia intervém militarmente no seu processo de sucessão dinástica, mas essa área estava dividida com a Áustria-Hungria. Bismarck lança sua última cartada: Tratado de Resseguro. Alemanha e Rússia acordavam manter-se neutras caso uma delas se envolvesse numa guerra com terceiro país. Áustria-Hungria e Rússia começam a pressionar a Alemanha, sobre qual tratado prevaleceria para ela, ela teria que escolher um. A Alemanha mostra sua decisão aos poucos, ao colocar gradualmente problemas econômicos no caminho dos Russos, colocando uma barreira comercial (grãos) entre a Rússia e impede que a Rússia venda títulos de sua dívida no seu mercado. Com isso, a Rússia aliou-se à França em 1892, com a denominada Aliança Franco-Russa, qual terminou com o isolamento diplomático francês.
- Conclusão: A França e Rússia se aproximam, por outro lado a aliança entre Alemanha e Áustria-Hungria está cada vez mais intensa. No momento em que a Inglaterra se posicionar, o cenário da 1GM está montado. Em 1890, Bismarck é demitido. Agora a política da Alemanha era imperialista, queria buscar colônias através de intimidação de seus adversários, reforça sua marinha etc. Vendo isso, Inglaterra se aproxima gradualmente da França e Rússia.
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