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A Geopolítica seria dinâmica e a geografia política estática

Por:   •  9/5/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  737 Palavras (3 Páginas)  •  594 Visualizações

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"A geopolítica seria dinâmica (como um filme) e a geografia política estática (como uma fotografia)".

"A geopolítica seria ideológica (um instrumento do nazi-fascismo ou dos Estados totalitários) e a geografia política seria uma ciência".

Um nome bastante representativo desta visão foi Pierre George, talvez o geógrafo francês mais conhecido dos anos 1950 aos 70, que afirmava que a geopolítica seria uma "pseudo-ciência", uma caricatura da geografia política.

"A geopolítica seria a verdadeira (ou fundamental) geografia”

O que teria surgido no século XIX seria apenas a "geografia dos professores", a geografia acadêmica e que basicamente estaria preocupada em esconder ou encobrir, como uma "cortina de fumaça", a importância estratégica da verdadeira geografia,A geopolítica -- ou geografia dos Estados maiores, ou geografia fundamental -- existiria desde a antiguidade na estratégia espacial das cidades-Estado, de Alexandre o Grande, por exemplo, de Heródoto com os seus escritos (obra e autor que, nessa leitura enviesada, teria sido um "representante do imperialismo ateniense").

"A geopolítica (hoje) seria uma área ou campo de estudos interdisciplinar".

E ninguém pode imaginar seriamente que num instituto ou centro de estudos estratégicos e/ou geopolíticos -- onde se pesquise os rumos do Brasil (ou de qualquer outro Estado-nação, ou mesmo de um partido político) no século XXI, as possibilidades de confrontos ou de crises político-diplomáticas ou econômicas, as estratégias para se tornar hegemônico no (sub)continente, para ocupar racionalmente a Amazônia, etc. -- devam existir apenas geógrafos, ou somente militares, ou exclusivamente economistas ou qualquer outro profissional. Mais uma vez podemos fazer aqui uma ligação com o nosso tempo, com o clima intelectual do final do século XX e inícios do XXI. A palavra de ordem hoje é interdisciplinariedade (ou até transdisciplinariedade), pois o real nunca é convenientemente explicado por apenas uma abordagem ou uma ciência específica. O conhecimento da realidade, enfim, e mesmo a atuação nela com vistas a um mundo mais justo, é algo muito mais importante do que as disputas corporativistas.

Ratzel mostrou que o estudo da GEOGRAFIA POLÍTICAsó vai se preocupar com o meio ambiente - as características "naturais" do território, por exemplo (localização, formato, proximidade do mar, etc.) - desde que isso tenha relações com a vida política, com as relações de poder entre Estados ou dentro de uma sociedade nacional. Ele procurou estabelecer uma série de temas pertinentes à geografia política, que continuam a ser atuais (embora outros tenham surgido posteriormente): o que é o Estado e quais as suas relações com o território, soberania e território, o que é política territorial (uma expressão criada por ele), a questão das fronteiras, o que significa uma grande potência mundial, etc.

A geopolíticasempre se preocupou com a chamada escala macro ou continental/planetária: a questão da disputa do poder mundial, que Estado (e por quê) é uma grande potência, qual a melhor estratégia espacial para se atingir esse status, etc. Existiram "escolas (nacionais) de geopolítica", em especial dos

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