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A POLICY BRIEFING: CRISE DO SUBPRIME

Por:   •  1/12/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.398 Palavras (6 Páginas)  •  206 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE - UNI-BH

Curso de Relações Internacionais

Alessandra Scarpelli

Hallana Machado

Isabela Silva

Luis Santos

Matheus Nikolas

POLICY BRIEFING: CRISE DO SUBPRIME (2008)

BELO HORIZONTE

2020


Introdução

Em 2008, uma crise financeira ocasionada por aumento nos valores imobiliários, mas não acompanhada por aumento de renda das famílias, causando um efeito cascata, afetou bancos norte-americanos, as bolsas de valores e vários bancos ao redor do mundo.        

A crise teve início devido aos financiamentos para compra de imóveis e hipotecas, houve uma maior busca pelos contratos, aumento inflacionário devido às guerras do Afeganistão e Iraque, estrangulamento da renda familiar, e por fim, os bancos não possuíam em caixa os valores para segurar os empréstimos.

O presente trabalho visa apresentar o andamento da crise financeira em 2007/2008, e como essas crises financeiras podem afetar ondas nacionalistas, o comportamento dos Estados Unidos da América durante a crise, os setores mais afetados e como saíram da crise, assim apresentando um caminho para futuras crises similares enfrentadas no Brasil.

Crise do Subprime (2008)

Em 2008 o que todos temiam aconteceu, a crise que iria substituir a grande depressão de 29. Em 15 de setembro de 2008 o mundo viu o grande Estados Unidos entrando em colapso financeiro devido aos bancos começarem a oferecer créditos imobiliário desenfreadamente, acreditando que o mercado imobiliário continuaria em alta, acontecendo justamente o contrário, o aumento dos preços dos móveis e o grande número de hipoteca em aberto.

Outro fator que contribuiu com a crise foi a paralisação das rendas familiares e o alto investimento americano na guerra do Afeganistão e Iraque. As guerras fizeram com que a inflação do país subisse, o Federal Reserve (banco central) aumentou os juros para tentar conter a inflação, isso fez com que as finanças das famílias fossem esmagadas, levando assim a essas mesmas familia não conseguissem suprir com suas dívidas vindas da hipoteca.

No momento em que o maior banco americano o Lehman Brothers quebrou, investidores de todo mundo resgataram sua aplicação gerando a diminuição da liquidez no mercado. As empresas de capital aberto também foram fortemente prejudicadas, no ápice da crise elas passaram a valer 30% menos em comparação a antes da crise. Por fim, tentando achar uma saída, o governo americano começou a injetar dinheiro público para salvar as empresas privadas, como aconteceu com a AIG, uma tradicional seguradora do país na época.

Atores da crise de subprime (2008)

A crise do subprime (2008) teve alguns atores envolvidos, evidentemente, o principal deles foi o Mercado Imobiliário nos EUA, pois foi onde a chamada bolha financeira estourou, fazendo com que a crise financeira rapidamente se espalhasse por toda a economia global.

Porém, outros atores tiveram participação relevante nesta crise, são eles:

  • Instituições Financeiras (bancos): a venda dos  Collateralized Debt Obligations (CDOs) foi outro fator importante para a rápida disseminação da crise.
  • Federal Reserve System (FED): adotou políticas para aquecer o mercado imobiliário, principalmente através dos Títulos Hipotecários (MBS)

Impactos da Crise do Subprime nos EUA

- A queda do sistema bancário norte-americano tem início

•Em 2008 acontece o resgate do Bear Sterns, que foi comprado pelo banco de investimento britânico, JP Morgan Chase. Numa operação em que o governo estadunidense custeou US$30 milhões como forma de garantia contra as perdas do banco. As ações do Bear Sterns foram negociadas com a JP Morgan Chase pelo valor de US$ 2, mas foram vendidas por um valor mais alto de US$ 10.

•Em setembro de 2008, após o governo norte-americano recusar seu resgate, o banco de investimentos Lehman Brothers, anuncia a sua falência. Em concordata solicitada, o banco anuncia que tinha uma dívida bancária de US$ 613 bilhões, sendo US$ 155 destinadas a detentores de títulos e ativos avaliado. E no mesmo dia, o Merrill Lynch, anuncia um prejuízo de US$ 55,2 bilhões na Obrigação de Dívida Colateralizada em títulos subprime, mas é comprado pelo Bank of America, por um valor de US$ 50 bilhões.

- Pacote de Resgate

•Ainda em Setembro, Henry Paulson, secretário do tesouro norte-americano, aprovou um pacote de resgate, de US$ 700 bilhões, que ficou conhecido como Emergency Economic Stabilization Act of 2008” (“Ato de Estabilização Econômica de Emergência de 2008"), que consistia em uma lei em que permitia que o tesouro comprasse ativos podres do setor imobiliário e injetava dinheiro públicos nos bancos. Com isso, foi permitido que bancos como o Goldman Sachs e Morgan Stanley mudassem seu status de bancos de investimentos para holdings.

- Desemprego

• Em outubro de 2009, os EUA atingiram a maior taxa de desemprego do país desde 1983, passando de 10,2%, segundo dados divulgados pelo Departamento de Trabalho americano. Os setores que mais sofreram com o desemprego foram os de construção, comércio e indústria. Entretanto, povo norte-americano foi quem mais sofreu com a crise de 2008, mais de 8,7 milhões de pessoas tiveram cortes de salários ou perderam seus empregos.

- Ondas nacionalistas

• O surgimento de crises econômicas pode levar ao surgimento também de ondas nacionalistas, já que, em momentos de crises, os Estados tendem a ser mais protecionistas, e assim, movimentos radicais passam a ganhar espaço. Após a crise de 2008, segundo uma pesquisa Instituto Peterson de Economia Internacional (Piie), os partidos de centro se tornaram mais favoráveis a medidas de desenvolvimento macroeconômico nacional e de maior controle do comércio exterior. E esse aumento do nacionalismo dentro de partidos políticos pode ser observado tanto em países emergentes quanto em países ricos.

• Ainda de acordo com a pesquisa, a diferença entre os dois grupos, países ricos e emergentes, não é tão abrupta. Nos países vê-se uma onda anti-imigração, já nos países emergentes, uma maior proteção à indústria local.

        O objetivo desse relatório é mostrar como pequenos descontroles econômicos podem causar tragédias mundiais, e como eles se desencadeiam. Por isso, é necessário exibir formas de evitar esse problema. Pode-se notar que deve trabalhar para que impactos econômicos não sobrecarreguem empresas e indivíduos com menores condições de capital, pois é notório que crises como essa, sempre faz com que a desigualdade aumente.

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