A Politica

Apesar de não haver uma definição evidente do que seja uma entrevista para Hulak, Fiorini e Benjamin, pode-se inferir este conceito através de suas leituras. Vale salientar que, para estes, a entrevista é vista como uma situação de diálogo, comunicação, onde é essencial existir a sinceridade de ambas as partes ( entrevistado e entrevistador ). Dentro desta questão de que todos os autores referentes possuem um conceito formado acerca da entrevista, cada um tem suas características próprias. Para Benjamin, a entrevista tem um caráter de proporcionar ao entrevistado uma experiência significativa, que o leva à mudança; uma mudança que visa a aprendizagem ( cognitiva ou emocional ). Este autor caracteriza a entrevista em estágios, onde especifica o início, meio e fim da entrevista; as condições em que deve ocorrer a mesma e principalmente o papel do entrevistador e sua filosofia dentro da entrevista, que visa um desempenho do entrevistador de forma que traga ao entrevistado sentimento de segurança e respeito. Já na concepção de Fiorini, a entrevista está destinada a cumprir não apenas funções diagnósticas e de fixação de um contrato; mais que isso, ela desempenhará um papel terapêutico. Sua concepção também evidencia a importância do primeiro contato com o paciente, o que considera crucial para a continuação ou abandono do tratamento e assim sendo, a sua eficácia. Dentro de sua perspectiva, a entrevista, para ser eficaz, deve cumprir em fases sucessivas diversas tarefas; onde estas seguem uma progressão lógica. Assim como Benjamin, Hulak também caracteriza a entrevista em fases que precisam ter um planejamento, para que ocorra eficácia. Outra característica desta entrevista é a compreensão do ponto de vista do entrevistador, que deve existir numa relação terapêutica.

A primeira entrevista em psicoterapia breve na visão de Alfred Benjamin:

É natural que muitos psicólogos fiquem nervosos quando vão conhecer um novo paciente e efetuarão, nesta ocasião, a primeira entrevista. Esta primeira entrevista será de grande importância visto que ela é de extrema necessidade na construção de um relacionamento de ajuda. Seria de grande contribuição se o psicólogo soubesse que pode contar com esse paciente, afinal de contas ele veio procurá-lo com um objetivo especifico e se você psicólogo souber que pode confiar nele, terá aprendido uma grande lição pois você descobrirá que ele pode dar a ajuda que o psicólogo necessita.

Uma entrevista é uma habilidade artística na qual cada psicólogo descobrirá seu próprio estilo e instrumentos, os quais serão amadurecidos a cada primeiro encontro, com a finalidade de atingir o melhor resultado.

Numa primeira entrevista temos dois tipos de como começá-la; o entrevistador pode dar o primeiro passo ou o entrevistado dá inicio a seção.

Primeira entrevista iniciada pelo entrevistado:

O entrevistador deverá ter bastante cuidado, pois muitas vezes pensamos que o assunto que trouxera aquele paciente ao nosso consultório era um e na verdade quando o interrogamos ele afirma ser outro assunto. Muitas vezes esse tipo de interpelação pode deixar o paciente embaraçado. Quando o psicólogo acerta o motivo que levou aquele paciente isso pode dar impulso à fala dele, porém, é de grande valia que saibamos que se o paciente o procurou, seria bom que ele fizesse este primeiro contato com suas palavras. E se isto ocorrer, é necessário que escutemos cada palavra com muita atenção e sem o interferir no rumo daquele discurso.

O autor não acredita em entrevistas com frases pré-formuladas tais como “Estou contente por você ter vindo esta manha” ou como “Por favor, em que posso lhe ser útil?”. O entrevistado sabe bem