ANÁLISE DA LEI DO ESTADO NACIONAL DE MICROENERGIA E DA COMPANHIA UM PEQUENO PORTO À LUZ DA ANÁLISE ECONÔMICA DA LEI
Artigo: ANÁLISE DA LEI DO ESTADO NACIONAL DE MICROENERGIA E DA COMPANHIA UM PEQUENO PORTO À LUZ DA ANÁLISE ECONÔMICA DA LEI. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: DiegoBezerra • 14/5/2014 • Artigo • 6.984 Palavras (28 Páginas) • 401 Visualizações
ANÁLISE DA LEI DO ESTATUTO NACIONAL DA MICROEMPRESA E DA EMPRESA
DE PEQUENO PORTE À LUZ DA ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO1
Luiz Alberto Prazeres Filho2
RESUMO: O presente artigo tem a finalidade de analisar o Estatuto Nacional da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte a partir da Análise Econômica do Direito. Sob
a perspectiva dessa teoria, este artigo busca averiguar se existe uma proteção da ME e EPP no
ordenamento jurídico brasileiro de acordo com os seus princípios e fundamentos. Foi
verificado que sob o enfoque da AED a lei não protege como deveria a microempresário e o
empresário de pequeno porte. E que apesar de haver um tratamento diferenciado no
ordenamento brasileiro para eles, as normas constitucionais e infraconstitucionais não
conseguem obter efetividade, não refletindo a realidade substancial do mercado. De tal modo,
o encaminhamento do problema requer uma análise a partir do movimento de “Law e
Economics” para que a teoria sirva de instrumento de efetividade das normas jurídicas. A
estrutura interna de uma organização é montada de acordo com o ambiente institucional (leis,
conjunto de regras sociais e políticas), ou seja, as organizações são influenciadas pelo direito.
O ramo do direito responsável pela regulação das atividades das empresas e dos empresários
comerciais é o Direito Empresarial.
Palavras-chaves: Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. Análise Econômica do Direito.
Proteção. Direito Empresarial.
SUMÁRIO: Introdução; 1 Estatuto da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte; 1.1
Conceito de ME e EPP; 1.2 Enquadramento, restrições e desenquadramento; 1.3 Tratamento
diferenciado previsto na lei 123/06; 1.3.1 Tributário; 1.3.2 Previdenciário e trabalhista; 1.3.3
Creditício; 2 Análise Econômica do Direito; 2.1 Conceito; 2.2 Princípios e Premissas; 2.3
Análise Econômica do Direito e das Organizações; 2.4 Teorias que embasam a AED; 3
Análise do Estatuto à luz da AED; 3.1 Princípios Constitucionais; 3.2 Eficiência da Lei
Complementar 123/06; Conclusão; Referências.
1 Artigo de Direito Empresarial elaborado sob a orientação da professora Roseli Rêgo.
2 Graduando do Curso de Direito da Universidade Salvador- UNIFACS.
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INTRODUÇÃO
São muitas as diferenças entre a economia e o direito, mas não podemos desconsiderar que
eles se complementam.
Economia é uma ciência que tem três abordagens: a primeira é a tensão entre a necessidade e
recursos; a segunda é a ênfase em compreender o comportamento humano e as formas de
organização da sociedade para administrar a tensão básica entre fins e meios e a terceira os
elementos de limitação de meios, multiplicidade de necessidades e mecanismos de alocação e
distribuição de recursos.
A teoria econômica está dividida em microeconomia e macroeconomia. O objeto da primeira
é o comportamento do consumidor e da empresa, a tecnologia de produção, o ambiente no
qual a empresa está inserida e a sua concorrência. Já a macroeconomia analisa as
consequências das políticas econômicas adotada pelo país, tendo como objetivo a análise da
aplicação da política econômica e o crescimento a econômico em relação ao nível de
emprego, inflação, câmbio, sistema financeiro e balança comercial.
O direito é a ciência normativa que busca determinar o comportamento humano através de
regras de conduta social para resolução de conflitos entre os homens com o objetivo de se
obter a pacificação social. O poder estatal responsável pela solução das controvérsias e
aplicação das leis é o Poder Judiciário.
O foco da economia está no sistema de trocas e de alocação dos recursos escassos. Neste
processo de trocas existem as relações comerciais entre as unidades familiares, empresas e o
governo, chamados de agentes econômicos, que são regulados pelo direito.
Assim, a análise econômica deve considerar o ambiente normativo que os agentes atuam. E o
direito deve considerar os impactos na economia derivados das leis sobre os agentes
econômicos, pois é através da lei que os agentes econômicos poderão receber incentivos e
benefícios que possibilitarão o incremento dos seus resultados permitindo que os
microempresários e empresários de pequeno porte possam competir de maneira igualitária
com as médias e as já existentes no mercado.
O Estado tem o papel de garantir às empresas um ambiente próspero e seguro, criando
condições para que novas instituições sejam criadas, inclusive com outros arranjos
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institucionais, como os casos das microempresas e empresas pequeno porte, que necessitam
que um tratamento específico
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