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As Perspectivas Profundas de Yascha Mounk

Por:   •  2/12/2024  •  Resenha  •  810 Palavras (4 Páginas)  •  23 Visualizações

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Título: Aspectos da Democracia: As Perspectivas Profundas de Yascha Mounk

A obra "O Povo Contra a Democracia: Por Que Nossa Liberdade Corre Perigo e Como Salvá-La" de Yascha Mounk, é uma reflexão sobre a crise nas democracias ocidentais, destacando principalmente como as instituições democráticas estão sendo minadas por forças populistas e autoritárias. Yascha Mounk, doutor em Política pela Universidade Harvard, professor da Escola de Governo da Universidade Johns Hopkins é o autor desta obra, e traz em seu livro uma análise sobre os desafios enfrentados pela democracia liberal no mundo contemporâneo. Mounk argumenta que, embora a democracia tenha sido historicamente vista como um sistema político estável e desejável, ela está agora sob ameaça, principalmente com a ascensão de líderes populistas e com a erosão de normas democráticas.

Nesta resenha que aborda os dois primeiros capítulos da obra, vislumbramos o cenário primário para a análise aprofundada que Mounk nos trás. Examinando a ascensão do populismo e do autoritarismo em várias partes do mundo e destacando como esses fenômenos desafiam os princípios fundamentais da democracia liberal, Mounk realiza uma análise das mudanças na percepção do público em relação à democracia, mostrando como a confiança nas instituições democráticas está em declínio. Mounk também discute sobre a influência das mídias sociais e da internet na política contemporânea, argumentando que essas ferramentas têm sido usadas principalmente para minar a democracia em vez de fortalecê-la. Ele também destaca como a desconexão entre os políticos e o povo tem alimentado o descontentamento popular.

No primeiro capítulo da obra Mounk inicia sua análise destacando a ascensão de líderes populistas e autoritários em diferentes partes do mundo, como Donald Trump nos Estados Unidos e Viktor Orbán na Hungria. Argumenta que esses líderes exploram o descontentamento popular e promovem uma agenda antidemocrática, minando as instituições democráticas e os valores liberais. O autor cita exemplos concretos desses líderes e seus discursos, evidenciando como suas ações representam uma ameaça à democracia. Além disso, Mounk cita: "As democracias liberais estão sendo desafiadas por líderes que minam as normas democráticas, rejeitam a oposição como ilegítima e buscam concentrar o poder em suas próprias mãos." (MOUNK, 2019 p. 15) ressaltando a habilidade desses líderes em capitalizar sentimentos de alienação, conquistando assim um apoio significativo da população. Ele também aponta para uma necessidade intrínseca de analisarmos profundamente sobre as causas ocultas a esse fenômeno, sugerindo que a globalização e a desigualdade econômica desempenham um papel crucial na ascensão do populismo e do autoritarismo. Ainda neste capítulo, Mounk destaca a importância de uma resposta eficaz por parte das instituições democráticas e da sociedade civil para enfrentar estes problemas, defendendo a necessidade de fortalecer os valores democráticos e aprimorar os mecanismos de participação cidadã, com uma abordagem holística que leve em consideração não apenas os aspectos políticos, mas também os sociais e econômicos, destacando a necessidade de uma liderança política responsável e comprometida com os princípios democráticos.

Mounk prossegue sua análise no segundo capítulo desta obra, destacando o desgaste da confiança nas instituições democráticas e abordando as diferentes avaliações da confiança do público nestas instituições, e como ela tem diminuído ao longo dos anos. Ele aponta para pesquisas de opinião e estudos que indicam uma crescente desconfiança nas instituições políticas e governamentais, bem como nas elites políticas. O autor reforça o argumento de que essa falta de confiança mina a legitimidade das instituições democráticas e alimenta o apoio a líderes populistas e autoritários. Mounk cita: "As pessoas têm menos confiança nas instituições democráticas e mais inclinação para apoiar políticos que falam em nome do 'povo real' contra uma elite supostamente corrupta e autosservidora" (MOUNK, 2019 p. 37).

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