Cadeias globais de valor

2-As cadeias globais de valor podem ser analisadas e mapeadas em cinco dimensões que mostram as dinâmicas de movimentação dentro das cadeias e como estas estão coordenadas, organizadas e fragmentadas. O mapeamento proporciona uma visão holistica da cadeia, logo permite a analise desta, que pode ser vista tanto pela ótica da empresa quanto pela ótica de governo. Além disso, o mapeamento e analise da cadeia também identifica a criação de valor existente em todas as atividades, fluxos e processos que uma empresa pode realizar desde a concepção de um produto ou serviço ate o seu consumidor final. Quatro dessas dimensões são para o mapeamento da cadeia e uma para realizar uma análise.

A primeira dimensão é denominada estrutura Input-Output. Essa estrutura permite a descrição da cadeia de valor representando o processo que traz um produto ou serviço de sua concepção inicial para as mãos do consumidor. Essa estrutura é analisada em duas perspectivas, sendo a primeira a de mapear as atividades de valor chave, e a segunda da enfase na verticalizacao de cada grupo, as empresas dominantes e suas estruturas. 

A segunda dimensão é denominada escopo geográfico. Esta dimensão mapeia a dispersão da cadeia, de seus inputs, onde esta cada elo ou etapa. Uma empresa pode melhorar o seu ganho de eficiência dispersando suas atividades pelo mundo, o que torna o processo produtivo mais barato, pratico e viável. Quanto mais desintegrada verticalmente, maior é o escopo geográfico da empresa. Para exemplificar, a Apple é uma empresa que possui produção, embalagem, desenvolvimento tecnologico dispersos em diferentes paises, onde a parte de pesquisa e p&d ficam na california e a parte de produção é realizada na china uma vez que a mao de obra é mais barata. 

A terceira dimensão denominada governança permite entender como uma cadeia é controlada e coordenada quando certos atores possuem mais poder do que outros. Por exemplo a Nike, Reebok e WalMart são marcas grandes e fortes que são capazes de ditar o modo em que as cadeias irai operar. Ou seja, consegue ter poder de barganha tanto sobre seus fornecedores como seus compradores. Quanto maior a governança, maior o poder decisório e de influencia.

A ultima dimensão da etapa de mapeamento é o contexto institucional. Esta visa identificar como as condições e políticas locais, nacionais e internacionais determinam e impactam cada elo da cadeia global de valor. Por exemplo condições econômicas influenciam na compra de inputs chaves, como custos trabalhistas, infra-estrutura e acesso a outros recursos, como financeiros. 

A quinta dimensão, que faz parte da etapa de analise, é denominada Upgrading. Esta permite entender quais são as estratégias de avanço, movimentação ou inserção da empresa que devem ser utilizadas dentro da cadeia. A analise pode ser feita pela ótica das empresas (top down), no  qual ela analisa dada a estrutura da cadeia detalhadamente e como elas podem utilizar das estratégias para movimentar ou inserir. Como também pode ocorrer a analise chamada bottom up, pela ótica dos governos que focam nas estratégias usadas por países, regiões e outros stakeholders para manter ou melhorar sua posição na economia global, e como as regiões atraem empresas com o objetivo de capturar mais valor.

Pode-se concluir que todas as cinco dimensões tratadas ajudam empresas e governos a entender a coordenação, fragmentação, organização e direcionadores das cadeias, afim de construir estratégias realistas e holísticas e como tornar a cadeia mais atrativa para que ela possa capturar elos que lhe agregam mais valor onde esta inserida. 

1- À medida que o mercado global continua a se expandir com os avanços da tecnologia, com o desenvolvimento de blocos comerciais sofisticados e com a abertura de novos mercados nos países emergentes, a logística internacional tem aumentado nas mentes dos principais executivos de negócios como um meio para integrar estrategicamente as cadeias de suprimento globais.

A cadeia de suprimentos trata-se de metodologias desenvolvidas com o objetivo de alinhar as atividades de produção, visando reduzir custos, minimizar ciclos e maximizar o valor percebido pelo cliente final. Estas metodologias rompem as barreiras entre áreas e departamentos de uma mesma empresa e entre empresas, buscando a otimização do sistema como um todo. 

Na realidade econômica anterior, os ganhos de produtividade estavam mais associados a organização. Contudo, na nova realidade econômica, só isso não basta, não é mais determinante para os grandes saltos de lucratividade e produtividade. A nova realidade econômica torna a competitividade ainda maior e esta localizada em escala global, com grande fluxo de informações e recursos escassos (diz respeito atender, considerar e tomar as informações como recursos estratégicos) e organizada em rede (uma empresa se vincula a outra para aumentar eficácia e eficiência de suas acoes, a medida que as empresas se vinculam, vao formando redes e suas atividades econômicas e seus componentes podem se organiza em escala global).