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Carne reestuturada

Por:   •  14/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  20.124 Palavras (81 Páginas)  •  328 Visualizações

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Tecnologia de carnes

COMPOSIÇÃO E VALOR NUTRITIVO DA CARNE

FERRO

Os alimentos fontes de ferro não heme ou inorgânico são frutas, vegetais, grãos, ovos, leite e derivados, e os alimentos que contém ferro heme e não heme são as carnes bovina, suína, de peixes e de aves. A carne bovina tem aproximadamente 50-60% de ferro heme e 40-50% de ferro inorgânico, a carne de carneiro e de frango tem 30-40% de ferro heme e 60-70% de ferro inorgânico.


A absorção de ferro inorgânico é aumentada de 2 a 4 vezes quando se consome carne vermelha, peixe ou frango em alguma refeição. Este efeito promotor, conhecido como o fator carne, ocorre apenas na presença de tecido muscular. As proteínas de origem animal que não são musculares, como o leite, queijo e ovos não tem efeito positivo na absorção de ferro inorgânico. Depois que o ferro é absorvido pelas células da mucosa intestinal não há mais diferença entre eles.

A carne bovina é o alimento mais indicado como fonte de ferro pela associação de três fatores. O primeiro é o fato de ser o alimento que contém a maior concentração de ferro heme, a forma biodisponível, que é mais facilmente absorvida. O segundo é o " fator carne ", que significa o efeito promotor que a presença de tecido muscular causa na absorção da forma inorgânica do ferro. O terceiro é que a carne bovina possui o maior teor de ferro; comparando 85 gramas de carne: no contrafilé bovino há 2,9 mg, no lombo suíno há 1,3 mg e no peito de frango há 0,9 mg. Considerando os prejuízos que a falta de ferro pode ocasionar ao organismo e a forma eficiente com que a carne supre as necessidades deste elemento, fica evidente que uma alimentação equilibrada é aquela que inclui carne vermelha.

CARNE DE QUALIDADE

  • Animais destinados ao abate (bovinos, suínos, aves e etc...)
  • Exigências do serviço de inspeção-SIF, SIE e SIM (jejum, atestados de vacinação, observação prévia dos animais ...)
  • Abate em condições higiênicas, estabelecimento apropriado, funcionários treinados
  • Resfriamento imediato da carcaça e/ou cortes

FLUXOGRAMA DE ABATE DE BOVINOS

Currais de chegada e seleção  currais de matança  chuveiro  seringa  box de atordoamento  insesibilização  área de vômito  sangria  serragem dos chifres  oclusão do reto  esfola da região lateral da carcaça  retirada dos mocotós traseiros  esfola da região abdominal  roletamento do couro  serra de peito  desarticulação da cabeça  abertura da cavidade abdominal  evisceração genital  retirada das vísceras abdominais  retirada das vísceras torácicas  serragem da carcaça  toalete  carimbagem  pesagem  chuveiro  câmara fria.

Linhas de inspeção: AI

FLUXOGRAMA DE ABATE DE SUÍNOS

Baias de chegada e seleção  baias de matança  chuveiro  seringa  insensibilização  sangria  tanque de escalda  retirada dos pêlos  oclusão do reto  serra de peito  abertura da cavidade abdominal  evisceração genital  retirada das vísceras abdominais  retirada das vísceras torácicas  serragem da carcaça  toalete  carimbagem  pesagem  medida de espessura de gordura  chuveiro  câmara fria

Linhas de inspeção: AG

INSESIBILIZAÇÃO: Choque eletroplético, através do estímulo cerebral determinando a incoordenação das células nervosas (confusão cerebral). Exigências para uma boa anestesia: a) corrente elétrica alternada de no mínimo 250 miliamperes e 75 volts; b) tempo de 10 segundos de chocagem; c) eletrodos colocados corretamente para atingir o tálamo e córtex; d) sangrar imediatamente após a produção de inconsciência.

O choque elétrico promove boa sangria no suíno quando comparado com outro método de atordoamento e está relacionado com: a) continuidade da função do coração e manutenção da pressão arterial em níveis mais elevados; b) a natureza das contrações musculares que expulsam a máxima quantidade de sangue dos músculos esqueléticos.

SANGRIA: Realizada com uma faca especial, introduzida junto à região anterior do osso do peito, cortando simultaneamente a carótida e a veia jugular

ESCALDAGEM E DEPILAÇÃO: Com temperatura e tempo controláveis dependendo do equipamento, geralmente 62 a 650C e de 2 a 5 minutos. Saída da depiladeira complementada com o chamuscamento e raspagem dos pêlos remanescentes.

MÉTODOS DE ATORDOAMENTO DE SUÍNOS

Todos os métodos de atordoamento requerem a movimentação dos porcos até o

local do atordoamento e alguma forma de contenção para facilitar o atordoamento.

Sem dúvida, os suínos são a espécie de animais de produção mais suscetível ao estresse e o estresse cumulativo associado a estas duas operações são muito importantes na determinação da qualidade da carne, especialmente da incidência de PSE, por si próprios e também podem exacerbar o efeito dos métodos de abate.

O efeito cumulativo do manuseio pré-abate e do atordoamento dependem da velocidade da linha de abate.

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