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Contexto Histórico das Relações Internacionais Contemporâneas - Karen Mingst

Por:   •  5/6/2017  •  Resenha  •  3.012 Palavras (13 Páginas)  •  452 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

DISCENTE: ANA MARCELLA LOYOLA MUNIZ RA: 171220129

DOCENTE: PROF. DR. MARCELO PASSINI MARIANO DISCIPLINA: INTRODUÇÃO ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS TURNO: VESPERTINO

I.        Períodos históricos mais influentes no desenvolvimento das relações internacionais.

Mingst inicia apontando os conceitos essenciais da área das relações internacionais, sendo eles Estado, nação, soberania, poder e equilíbrio de poder.  Desenvolvidos  e  moldados  por  acontecimentos  históricos  com  o passar dos séculos, e que o compreendimento dos eventos e tendências do passado             é              essencial              para              seu              estudo. Também indica que as relações internacionais possuem raízes na experiência europeia,  desvinculando  as  demais  civilizações  que  prosperaram  (Índia, China, entre outras) dos antecedentes importantes do sistema internacional.

II.     Origens                         históricas                         do                         Estado.

No auge da civilização grega (400 a.C), as cidade-Estado (unidades independentes com interesses e cultura próprios que precederam o sistema de Estados moderno) oscilavam entre a convivência pacífica e a disputa pelo poder, logo, a economia e a política não estagnaram-se durante as guerras (via-se                         um                         princípio                         diplomático). O império romano foi o ponto de partida para sistemas políticos mais amplos, seu diferencial consistia na imposição da ordem a unidade pela força por líderes que controlavam vasto território, no ato de conceder cidadania romana aos povos livres por todo o império e de subdividir o poder para que todos os pequenos        governantes        pudessem        manter        seu        domínio. A teoria das relações internacionais advém, essencialmente, da fonte dos filósofos romanos, como Marco Túlio Cícero, citado no texto, que propôs um


meio de unir as várias partes do império por uma lei entre nações que fosse aplicável à toda a humanidade (princípios de relações fora das fronteiras).1

Após a desintegração do Império Romano (século V d.C), o conceito de poder e autoridade torna-se descentralizados pela Europa, entretanto, com o surgimento da viagem, comércio e comunicação, um novo meio de interação nasce.

Das    cinzas    do    Império    Romano,    três    civilizações    prosperaram: A civilização árabe, possuidora da maior extensão geográfica; o Império Bizantino, vertente do cristianismo; o restante da Europa, onde surge o feudalismo como meio de resposta à desordem do período, uma vez que, nesse sistema de governo, o poder e a autoridade tornaram-se conceitos muito                           confusos                           e                           mesclados. Com o passar da Idade Antiga à Idade Média, a Igreja torna-se a entidade soberana, logo, seus membros detinham autoridades locais, até que foram desafiados por Carlos Magno (sagrado imperador do Sacro Império Romano), que ganhou poderes para unir a Europa Ocidental contra o Império Bizantino em nome do cristianismo.

Entretanto, manteve-se o desejo de ver uma Igreja universal num embate contra a realidade medieval, marcada pelos feudos e por senhores feudais que detinham o poder e  a autoridade local cercada pelos  muros de seu território.

Tais  tendências  de  instabilidade  política  também  estavam  ocorrendo  em outras localidades, desde a África à Ásia e América Latina.

Com os avanços do comércio e descobertas de novas rotas de transporte, a comunicação melhorou como um todo, e junto a ela, vieram tecnologias e infraestruturas às cidades-Estados.

Com  foco  na  península  itálica,  a  atividade  comercial  fez-se  muito  forte, fazendo surgir expedições e práticas diplomáticas com o intuito de assegurar o comércio.

Advindo deste ponto, caminhou-se para a Renascença,  tendo assistido  o

surgimento  dos  humanistas  e  individualistas  do  movimento,  foram  uma[pic 2]

1 MINGST, Karen. Contexto Histórico das Relações Internacionais Contemporâneas. In: Princípios de Relações Internacionais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, página 18.


comunidade transnacional de negócios cujos interesses transcendiam os ensinamentos religiosos e a localização na qual se encontravam.

As inovações tecnológicas, somadas ao desejo expansionista europeu, totalizaram nas Grandes Navegações, dispondo a civilização europeia à variados pontos do globo. Entretanto, o poder localizado na Europa não ficou inalterado  com  a  mudança  de  ares:  os  monarcas  buscavam  por  mais impostos para manter sua soberania nacional (cujo conceito de Estado Nacional veio a nascer enredado ao Absolutismo Monárquico) e lutar contra os                          avanços                          do                          protestantismo.

III.     Tratado                                            de                                            Westphalia.

Surge embasado no conceito de soberania formulado por Jean Bodin, que crê na       soberania       limitada       por       leis       divinas       (ou       naturais). O contexto no qual se encontra a Europa é caótico, a Guerra dos Trinta Anos (católicos contra protestantes) devastou o território europeu e só foi contida com a legitimação da territorialidade, o direito estatal de escolher sua própria religião,  a  permissão  de  determinar  políticas  internas  livres  de  pressão externa com total jurisdição dentro de um território geográfico e o direito de não-interferência     estatal     oriundo     do     Tratado     de     Westphalia.2

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