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Especialização em Gestão da Saúde

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Por:   •  24/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  686 Palavras (3 Páginas)  •  135 Visualizações

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NTRODUÇÃO

Embora o título desta Unidade possa dar a impressão de

que seu objetivo é tão-somente introduzir o tema e que por isso

não merece ser entendido como um assunto importante para a sua

formação, esta seção é, de fato, uma das Unidades da disciplina.

Tal como a Unidade seguinte, ela é essencial para a compreensão

das que a seguem, orientadas à exposição das duas metodologias

mais utilizadas no PEG.

Iniciaremos com um breve histórico do planejamento de

modo a explicitar algumas características do contexto sociopolítico

em que se verificam as relações Estado-Sociedade no capitalismo

periférico. Em conjunto com as demais seções, ele permite ressaltar

o ambiente adverso no qual se pretende que o PEG seja implantado.

Vamos começar?

Planejamento Estratégico Governamental

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Especialização em Gestão em Saúde

UM BREVE HISTÓRICO DO

PLANEJAMENTO

Embora o planejamento possa ser considerado como uma

extensão do pensamento marxista, na medida em que estava nele

implícita a possibilidade de conferir ao Estado herdado do

capitalismo um papel destacado na organização das tarefas

associadas à transição ao socialismo, foi somente no período da

Nova Política Econômica, início dos anos de 1920, que o

planejamento se integrou ao arsenal do Estado soviético.

Na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS),

inspirado na experiência do exército revolucionário advinda da luta

contra a burguesia e contra os inimigos externos, e apoiado pelos

estudos que vieram a constituir a metodologia de balanço

intersetorial (matriz de insumo-produto), o planejamento logo se

afirmou como instrumento de organização da economia socialista.

A potencialidade que ele apresentava em termos de

prospectiva, simulação e organização para a consecução das metas

econômico-produtivas permitiu que em menos de um quinquênio

fosse possível atingir os níveis de produção agrícola e industrial

vigentes antes da destruição causada pela guerra, pela revolução e

pela sabotagem contrarrevolucionária.

A rápida industrialização e o crescimento da produção

agrícola da URSS permitiram que ela despontasse como uma aliada

essencial para a vitória sobre o nazismo e, já num contexto de

Guerra Fria, o planejamento passou a gerar efeitos socioeconômicos

positivos nos demais países do bloco socialista.

Unidade 1 – Conteúdos Introdutórios ao Planejamento Estratégico Governamental

25

Módulo Básico

No âmbito dos países capitalistas, o planejamento – com a

conotação aqui adotada e fazendo referência ao âmbito global e

público, referido a um território delimitado por alguma instituição

estatal – passou a ser visto, pela esquerda, como uma possibilidade

de superar as relações sociais e técnicas de produção capitalistas

na direção de algum tipo de socialismo. E, pela direita, como uma

maneira de evitar as “falhas de mercado” e, assim, substituir,

racionalmente ainda que parcialmente, o seu papel como ente

regulador e alocador de recursos.

Em alguns desses países, governos populares adotaram

planejamentos com características socialistas, imitando a

experiência soviética. A experiência da Frente Popular, na França e

em meados da década de 1930, foi a mais significativa. No extremo

ideológico oposto, na Alemanha, os dirigentes nazistas preferiram

a racionalidade do planejamento à capacidade do mercado de

otimizar a alocação de recursos. Isto aconteceu, primeiro, no que

se relacionava à preparação para a guerra; depois, se estendeu

para

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