Gestão Publica

Administração Publica

No PLT339 vimos que abordar a temática da gestão publica no Brasil significa percorrer um caminho traçado por ideais, imaginários, temores e esperanças, enfim, um percurso repleto de representações que antecedem qualquer analise, jurídico-positiva do tema. O uso da expressão é difundido no cotidiano: tudo indica que o termo seria mais ajustável aos novos campos discursivos.

Na medida em que a pratica da gestão publica colide com a cultura burocrática, torna-se necessário um saber que consiga contornar aquelas barreiras racionalizantes que protegem , no fundo, valores arraigados. Se tal mudança, implica a reavaliação de valores, imaginários e representações, mostra –se conveniente recorrer a uma metodologia que descreve abertamente varias significações simbólicas dos fenômenos empíricos, ao invés de fecar o sentido definitivo das coisas nos conceitos.

Rumar a paisagem da gestão publica implica a passagem previa pelos mares da modernidade ocidental e uma parada na analise de burocracia procedida por Max Weber ao investigar o processo de racionalização.

No livro Cara e Coroa vemos que no atual momento observamos que a burocracia está presente em toda organização. Pois, o desenvolvimento da burocracia em âmbito mundial segue o crescimento socioeconômico, sendo que tal situação apresenta-se necessária devido ao alto grau de complexidade estabelecido na sociedade moderna. Pois este sistema burocrático proporciona vantagens e desvantagens (disfunções), influenciando diretamente nas vidas dos indivíduos que utilizam e dependem deste sistema. Assim sendo, é possível perceber que todo ser humano é usuário de algum sistema burocrático.

Segundo o conceito popular, a burocracia é visualizada geralmente como uma empresa ou organização onde o papelório se multiplica [...], impedindo as soluções rápidas ou eficientes.” (CHIAVENATO, 1993. p). Este conceito popular observado pela premissa de Weber está equivocado, pois o verdadeiro sentido da burocracia é a organização eficiente por excelência, ou seja, uma organização na qual o individuo procura oferecer respostas as suas necessidades, e para atingir a eficiência precisa-se do entendimento a cerca de suas características.

A teoria do Dente de Engrenagem

Como a reflexão sobre a política foi ocupando o lugar central no pensamento de Hannah Arendt (1906-1975), a ponto dela mesma se definir como teórica da política e não como filósofa? Como a filosofia influenciou na formulação de suas categorias políticas de análise? Finalmente, qual o conceito de política em Hannah Arendt? Essas questões orientam o desenvolvimento deste texto. Apesar de sempre voltada para o estudo de fenômenos políticos, do projeto de Arendt de escrever um livro especificamente sobre o tema ficaram apenas fragmentos, publicados postumamente sob o título O que é a política? (LUDZ, 1998). Originalmente, a obra seria uma Introdução à política e deveria ter sido escrita entre 1955 e 1960. Durante esse período, a autora esteve comprometida com uma série de conferências realizada na Universidade de Chicago, com o nome de “Vita Activa”, que resultou em seu segundo livro The Human Condition, em1958.

O pensamento político de Hannah Arendt tem como cenário os acontecimentos marcantes da primeira metade do século XX: as duas guerras mundiais e os regimes totalitários na Alemanha nazista e na União Soviética stalinista. Como sujeito que investiga, sua postura diante dessas experiências assemelha-se a de Max Weber, para quem a compreensão dos fenômenos sociais está ligada ao entendimento da orientação de sentido da ação.

Perfil do Agente Publico

No novo modelo gerencial, a questão da liderança e da sua continuidade na administração pública merece muita atenção, chegando perto da idéia de Weber sobre o papel do líder para revitalizar a política, contrabalançando os efeitos perversos da burocratização crescente. No entanto, o líder a que se refere não é o político, mas o gerente, ou seja, de um certo modo, há o favorecimento da transferência de atividades políticas para a administração, agora gerencial, promovendo, por outro lado, o "esvaziamento" da esfera política. Por outro lado, como há maior preocupação com o envolvimento da comunidade na execução dos programas, pelo menos na parte mais operacional, reconhece-se que é indispensável a existência de uma infra-estrutura cívica saudável, ou seja, uma cultura cívica associativa, que privilegie visões e objetivos comuns em detrimento de comportamentos predatórios, do tipo rent-seeking, além de haver grande confiança (trust) entre os membros.

Evidentemente, para se lograr êxito também na área social, tem-se que pensar na reformulação do Estado social, pois já está claro que o modelo geral de Estado no Brasil tem de ser revisto - não há mais espaço para grandes programas executados por grandes burocracias, para atender, em geral, a grandes clientelas- sem perder de vista a conciliação da democracia de massas com a boa gestão do desenvolvimento. O idealismo em, de fato, servir o público contribuinte está atraindo cada vez mais jovens em início de carreira para a área. A vontade de fazer parte ativa no crescimento do País, a possibilidade de já ingressar em áreas importantes e estratégicas logo no início e o espírito empreendedor fazem dessa geração a nova cara do serviço público – formado por profissionais especializados e comprometidos.

“Esse jovem se sente atraído pela seleção democrática e pela falta de exigência de experiência anterior”, acrescenta o diretor de Recursos Humanos da Central de Concursos, José Luís Romero Baubeta. Além disso, ele afirma que esse jovem se sente desestimulado no setor privado – que exige muito em troca de salários baixos e, por vezes, oferece um plano de carreira que não coincide com o esperado pelo profissional

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