Multiplicador Keynesiano
Exames: Multiplicador Keynesiano. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: EmanoelSoares • 2/6/2014 • 1.434 Palavras (6 Páginas) • 421 Visualizações
O multiplicador Keynesiano não é outra coisa senão um efeito de segunda ordem sobre o sistema econômico criado pelo investimento. Quando um investimento é feito, ele permite um aumento proporcional ao seu tamanho na produção e por consequência haverá um impacto maior sobre os ganhos. As receitas são então usadas de duas maneiras: em primeiro lugar se transformam em poupança, e a outra em gastos. A parte poupada fica por um tempo indefinido fora do circuito do consumo enquanto a outra parte é reinjetada, que estimula a produção, alcançando então os benefícios esperados, portanto, os tomadores de decisão são os principais determinantes do investimento. O estimulo da demanda por investimento, então, depende da propensão a poupar dos agentes econômicos. Quanto maior a parcela da renda do investimento é gasto, a mais produção é estimulada.
O Equilíbrio do Mercado de Bens advém do Sistema das Contas Nacionais: há uma Identidade (Igualdade) Macroeconômica entre o cômputo da Demanda, da Renda e o Produto Agregado. A Curva IS, ao representar o equilíbrio entre o Mercado de Bens e Serviços, poderá ser representada pela seguinte equação:
Y = C(Yd) + I(Y, r) + G + NX( )
Ou ainda:
Y - C(Yd) - G = I(Y, r) + NX( ) (1.a)
Diga-se de passagem, a equação acima é a IS de uma economia aberta.
Tem-se que:
• Y = Renda Agregada,
• C = Consumo das famílias,
• Yd= Renda Disponível(ou seja, a diferença entre a renda agregada e a massa de impostos T = t.Y),
• I = Investimento Agregado,
• r = Taxa de juros,
• G = Dispêndios do Governo,
• NX( )= Saldo em Conta Corrente e/ou a Tranferência Líquida de Recursos Não-Fatores ao Exterior.
Se a Economia está Fechada, significando que a mesma permanece no Estado Autárquico, deve ser verdade que NX = 0.
A análise do Consumo Agregado parte da hipótese de que o mesmo é uma Função Estável da Renda e que se ampliará a pari-passu do crescimento da mesma, ainda que não na mesma proporção - ocorre então a propensão marginal a consumir, cujo valor é influenciado por fatores como a Distribuição de Renda, Necessidades Metabólicas, Avareza, Precaução, etc. A Propensão Marginal a Consumir varia entre 0 e 1 e, quando mais próximo da unidade a Propensão ao Consumo estiver, maior será o "Efeito multiplicador" associado a qualquer Dipêndio a priori planejado.
Escola keynesiana
A escola Keynesiana ou Keynesianismo é a teoria econômica consolidada pelo economista inglês John Maynard Keynes em seu livro Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (General theory of employment, interest and money)1 e que consiste numa organização político-econômica, oposta às concepções liberais, fundamentada na afirmação do Estado como agente indispensável de controle da economia, com objetivo de conduzir a um sistema de pleno emprego. Tais teorias tiveram uma enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado.
A escola keynesiana se fundamenta no princípio de que o ciclo econômico não é auto-regulado como pensam os neoclássicos, uma vez que é determinado pelo "espírito animal" (animal spirit no original em inglês) dos empresários. É por esse motivo, e pela incapacidade do sistema capitalista conseguir empregar todos os que querem trabalhar, que Keynes defende a intervenção do Estado na economia.
A teoria atribuiu ao Estado o direito e o dever de conceder benefícios sociais que garantam à população um padrão mínimo de vida como a criação do salário mínimo, do seguro-desemprego, da redução da jornada de trabalho (que então superava 12 horas diárias) e a assistência médica gratuita. O Keynesianismo ficou conhecido também como "Estado de bem-estar social", ou "Estado Escandinavo".
A Teoria Keynesiana
As políticas econômicas intervencionistas foram inauguradas por Roosevelt com o New Deal, que respaldaram, no início da década de 1930, a intervenção do Estado na Economia com o objetivo de tentar reverter uma depressão e uma crise social que ficou conhecida como a crise de 1929 e, quase simultaneamente, por Hjalmar Horace Greeley Schacht2 3 na Alemanha Nazista.
Cerca de 3 anos mais tarde, em 1936, essas políticas econômicas foram teorizadas e racionalizadas por Keynes em sua obra clássica Teoria geral do emprego, do juro e da moeda1 .
A teoria de Keynes é baseada no princípio de que os consumidores aplicam as proporções de seus gastos em bens e poupança, em função da renda. Quanto maior a renda, maior a porcentagem desta é poupada. Assim, se a renda agregada aumenta em função do aumento do emprego, a taxa de poupança aumenta simultaneamente; e como a taxa de acumulação de capital aumenta, a produtividade marginal do capital reduz-se, e o investimento é reduzido, já que o lucro é proporcional à produtividade marginal do capital. Então ocorre um excesso de poupança, em relação ao investimento, o que faz com que a demanda (procura) efetiva fique abaixo da oferta e assim o emprego se reduza para um ponto de equilíbrio em que a poupança e o investimento fiquem iguais. Como esse equilíbrio pode significar a ocorrência de desemprego involuntário em economias avançadas (onde a quantidade de capital acumulado seja grande e sua produtividade seja pequena), Keynes defendeu a tese de que o Estado deveria intervir na fase recessiva dos ciclos econômicos com sua capacidade de imprimir moeda para aumentar a procura efetiva através de déficits do orçamento do Estado e assim manter o pleno emprego. É importante lembrar que Keynes nunca defendeu o carregamento de déficits de um ciclo econômico para outro, nem muito menos operar orçamentos deficitários na fase expansiva dos ciclos.
Deve notar-se que, para o estado aumentar a procura efetiva,
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