O Brasil e as Novas Fronteiras Globais
Por: Thais Faria • 27/11/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 631 Palavras (3 Páginas) • 243 Visualizações
Resumo - Aula do dia 05/08
Contextualização
- Os estudos sobre Política Externa tendem a considerar o contexto doméstico como variável explicativa da política externa dos países.
- Um dos pilares fundamentais da Política Externa Brasileira é a busca por autonomia internacional.
- O Brasil busca se tornar um Global Player, com capacidade de moldar as regras e instituições internacionais.
AS ESTRATÉGIAS DE AUTONOMIA VARIAM DE ACORDO COM O CONTEXTO TEMPORAL E POLÍTICO NO QUAL O BRASIL SE ENCONTRA.
- Anos 70/80
Substituição de importações: onde se buscava estimular à produção interna dos produtos com o intuito de aquece a economia e conquistar espaço no cenário internacional.
Busca por assento permanente no Conselho de Segurança: entendia-se que uma das melhores estratégias para conquistar a autonomia era ser parte do Conselho de Segurança da ONU.
Aproximação dos Estados do Sul Global: a união com estados de interesses similares, sob influência do CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) fortalecia as políticas de autonomia.
- Anos 90
Integração Regional como forma de inserção no Mercado Global: Integração com os estados da América Latina.
- Anos 2000
Preferência pelo Multilateralismo: queda de acordos bilaterais com outros países
Democratização das Organizações Internacionais: não-intervenção, autodeterminação, resolução pacífica de disputas
Cooperação Sul-Sul: cooperação técnica entre países em desenvolvimento no Sul Global.
Estratégias de Inserção Externa
- Busca pela credibilidade internacional a partir da manutenção da estabilidade econômica e política e aproximação com países hegemônicos ocidentais;
- Política externa autônoma e ativa e engajamento com países com interesses similares.
Estratégias x Governos
Governo FHC: Cúpulas presidenciais na América do Sul, projetos de infraestrutura (IIRSA), mediação de conflitos regionais.
Governos Lula:
- Busca por um novo regionalismo
- Aprofundamento do MERCOSUL
- Lançamento da UNASUL
- Consolidação da liderança regional brasileira
- Ênfase na cooperação Sul - Sul
- Maior protagonismo em meio às OI´s => temas de segurança e desenvolvimento
- Criação de novas alianças com base em interesses compartilhados: IBAS, BRICS, BASIC, G4 (Brasil, Japão, Alemanha e Índia)
- Parcerias comerciais: G20
Governos Dilma:
- Herda elementos de seu antecessor:
- Busca pela maior participação brasileira em meio às Ois
- Prioriza as relações Sul – Sul
- Entre 2011 e 2014, a PEB entra em certo declínio
- domesticamente, há dificuldades econômicas e políticas
- Internacionalmente, Rússia e China tornam-se protagonistas
- Crise econômica faz com que a diplomacia foque-se em abrir mercados e atrair investimentos
- Contudo, graças à posição privilegiada do MRE, o Brasil manteve-se atuante nas OI´s:
- lançamento do conceito de responsabilidade ao proteger => convergência com o posicionamento brasileiro de não-intervenção
- Rio +20 e Ideia dos círculos concêntricos => princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas
Governo Temer:
- Defesa da cooperação entre o Itamaraty e as iniciativas privadas => abertura de mercados
- Busca por parcerias comerciais com EUA, UE e Japão => candidatura à OCDE “clube dos ricos”
- A PE não fez referências à questões como a reforma do CS, a busca pelo desenvolvimento sustentável ou o fortalecimento do multilateralismo
- Rusgas regionais: o Secretário – Geral da UNASUL, o colombiano Ernesto Samper, declara publicamente que o impeachment de Dilma ameaça a democracia na região
- Fechamento de postos diplomáticos na África => diplomacia ‘livre das amarras ideológicas”
- MRE condena veementemente os relatórios do Comissariado de DH da ONU e da OEA que criticavam a violência no campo e a repressão violenta a protestos
- Funcionários de carreira do MRE lançam manifesto pelo respeito à posições dissonantes e sobre os riscos de posicionamentos autoritários no ministério
Governo Bolsonaro:
- Enfraquecimento do multilateralismo => as OIs enfraquecem a soberania
- Busca pela credibilidade internacional a partir da manutenção da estabilidade econômica
- Alinhamento automático aos EUA e seus aliados
- Abandono da posição de não-intervenção: Brasil sobe o tom em relação à Venezuela
- O Brasil deixa de ser uma liderança no debate ambiental
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