O ESTRANGEIRO
Por: Melissa Dupas • 6/9/2017 • Abstract • 622 Palavras (3 Páginas) • 260 Visualizações
Melissa Dupas
RA00194417
David Magalhães
31 de maio de 2017
Resenha de “O Estrangeiro”
Capítulo do livro “Todo Império Perecerá” de Jean-Baptiste Duroselle
“O Estrangeiro” é o primeiro capitulo do livro “Todo Império Perecerá” de Jean-Baptiste Duroselle, autor e historiador francês especializado na história das relações internacionais. Neste capítulo, Duroselle procura discutir como definir o estrangeiro, como lidar com ele, quais suas influencias sobre o Estado, como se comporta e suas tipologias.
O autor busca definir o estrangeiro dentro de aspectos jurídicos, psicológicos, políticos e econômicos baseando-se em uma análise de perspectiva histórica, mas que pode ser facilmente relacionada com os acontecimentos atuais.
Ao descrever a tipologia do estrangeiro, divide-a em duas situações em que este pode se encontrar, primeiro a jurídica e depois a psicológica. Dentro da situação jurídica, o estrangeiro é dividido pelo autor em quatro grupos: pode ser descrito da forma mais simples possível, ou seja, um cidadão que encontra-se em outro Estado, o que hoje em dia pode ser exemplificado por um viajante. Ou ainda como imigrante não naturalizado, o que nos dias atuais pode ser bem exemplificado por aquele estrangeiro que migra para outro país (geralmente mais próspero economicamente) em busca de melhores condições de vida.
Há também as populações submissas, que são consideradas estrangeiras só por não possuírem os mesmos direitos que o restante da população, formando assim, outro grupo. Por último, cita-se as populações sob protetorado de outros países, que dependem deste protetor para serem regulamentados, neste caso pode-se mencionar os Protetorados das Nações Unidas, pós-Segunda Guerra, no qual territórios foram colocados sob tutela de um país para serem preparados para sua independência.
Dentro da situação psicológica o autor também divide o estrangeiro em quatro grupos: aqueles que possuem uma característica marcante e diferente dos nativos daquele Estado, sofrem com a segregação e o preconceito. Como exemplo tem-se os casos de xenofobia e racismo que sofreram estrangeiros residentes do Reino Unido, como poloneses e portugueses, após a aprovação do Brexit. Há também aqueles grupos de cidadãos que mesmo não pertencentes a tal país fisicamente, estão ligadas a ele pelos costumes, e pelas aspirações de se completarem seus territórios um com o outro. Nesse caso, como exemplo pode-se citar as pretensões de alguns nacionalistas da Rússia em retomar alguns antigos territórios pertencentes a ex-URSS e uni-las novamente em um único estado russo.
O terceiro grupo é o dos cidadãos que reivindicam a soberania sobre uma parte do território, caso que pode se facilmente relacionado à questão dos bascos na Europa, povo que ocupa parte da França e da Espanha e que procura sua independência desses dois países. Por último, Duroselle menciona os grupos de imigrantes que mesmo após terem sua nacionalidade garantida, são perseguidos, rejeitados e excluídos da sociedade. Como exemplo atual dessa perseguição pode-se mencionar o caso de Donald Trump nos EUA, que em sua própria campanha atacava imigrantes com seus discursos de ódio gratuito, o que fez aumentar drasticamente os casos de xenofobia e racismo por parte da população, principalmente a latinos e muçulmanos.
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