O Livro Antropologia
Por: Luan1996 • 12/10/2018 • Abstract • 1.815 Palavras (8 Páginas) • 222 Visualizações
Economia Brasileira/Quinta aula:
Resumo final.
I. Governo Sarney (1985-1990).
Quadro em relação a nova república:
* Em relação a economia estava ocorrendo um crescimento em TC equilibrado, no entanto a inflação estava extremamente elevada.
- Nesse sentido o combate a inflação era colocado como principal objetivo do governo.
* O ano de 1985 foi marcado por uma série de indefinições e mudanças de rumo na política econômica.
- Uma das explicações é a própria heterogeneidade do ministério também na área econômica.
- Cada concepção implicava medidas diferentes para combater o déficit.
* A continuidade do crescimento em 1985 em um contexto de indexação (financeira, cambial, salarial) tendia a tornar a inflação ainda mais difícil de ser controlada.
- No início com o Min. Dornelles adotou-se uma série de medidas de austeridade fiscal e controle monetário-creditício, e utilizando o controle tarifário como forma de diminuir as pressões inflacionárias→ Gradualismo de cunho ortodoxo no combate á inflação.
- Estas medidas predominaram na fase inicial.
** Tais medidas tiveram impacto pequeno e de curta duração.
Consequência:
Min Dornelles-→ Dilson Funaro.
Combate ortodoxo à inflação-→ linha pós-keynesiana.
** Duas correntes com novas explicações para o processo inflacionário:
a) Inercialistas;
b Pós-Keynesianos.
** É da união dessas duas correntes no governo que surgiria o Plano Cruzado.
*** No final do ano de 1985, várias medidas foram tomadas a fim de preparar a economia para um plano heterodoxo.
a. Pacote fiscal→ visando ampliar a arrecadação e a vinculação de alguns preços controlados pelo Governo.
- A intratabilidade do processo inflacionário colocava a necessidade de algum tratamento de choque.
1. Plano Cruzado.
* A aceleração inflacionária no final do ano anterior e início de 1986 levou ao lançamento do Plano Cruzado em 28-2-1986.
Medidas:
- Introduziu uma nova moeda, substituindo o cruzeiro pelo cruzado, e definiu regras de conversão de preços e salários de modo que se evitasse efeitos redistributivos.
- Ou seja, buscou promover um “choque neutro” que mantivesse sob o cruzado o mesmo padrão de distribuição de renda cruzeiro.
As principais medidas foram as seguintes:
1. Salário: deveria ser convertido pelo poder de compra dos últimos seis meses mais um abono de 8% e para o salário-mínimo este abono seria de 16%.
- Transferir renda aos assalariados.
Preços: Estes foram congelados com exceção da energia elétrica que obteve aumento de 20%.
3. A taxa de câmbio foi fixada no nível de 27 de fevereiro, e descartou-se a necessidade de uma maxidesvalorização compensatória ou defensiva, dada a folga cambial e a tendência à desvalorização do dólar em relação às demais moedas.
4. Os aluguéis tiveram os valores médios recompostos por meio de fatores multiplicativos com base em relações média-pico;
5. Para os ativos financeiros, foram criadas diferentes regras.
* Não se estabeleceram metas para a política monetária e fiscal que ficariam dependentes do discernimento dos responsáveis por sua condução.
- A oferta monetária deveria acomodar-se à maior demanda de moeda e a taxa de juros seria a variável de acompanhamento do grau de liquidez da economia, o que se mostrou extremamente difícil.
- Em suma, com a queda da inflação a demanda de moeda deveria se elevar substancialmente.
- O fato é que se verificou logo após o plano uma monetização excessiva da economia, resultando em uma ampla redução das taxas de juros.
* Quanto ao lado fiscal, supunha-se que a reforma fiscal de dezembro de 1985 zeraria o déficit operacional em 1986.
- O problema é que aquela reforma se baseava no aumento do Imposto de Renda sobre os ganhos de capital das operações financeiras;
- Dessa forma, o próprio plano a abortou, ao eliminar os ganhos nominais de capital, não permitindo a materialização do resultado esperado.
- Processo de unificação orçamentária.
Setor externo:
* Não se recorreu a uma desvalorização da moeda, até mesmo por que o país possuía um nível razoável de reservas.
- Além disso uma desvalorização do dólar em relação às demais moedas o que, por si só, significaria uma desvalorização do cruzado em relação à cesta de moedas.
- Além disso, acreditava-se que com a estabilização e o crescimento econômico o país passaria a receber um fluxo de investimentos externos.
- Assim, o desempenho do setor externo não seria um entrave para o plano.
* Se teve um sucesso inicial, com a queda na taxa de inflação, obtendo grande apoio popular.
- Tais questões fizeram do congelamento de preços, que era a parte mais frágil do plano, viesse a se transformar no principal elemento.
* O recurso ao congelamento de preços é extremamente complicado, pois, se ele for temporário, os agentes atuam de acordo com a expectativa de seu final.
- A taxa de inflação prévia ao plano ainda não justificava mecanismos de indexação instantânea dos preços, como no caso da hiperinflação.
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