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O Príncipe Análise

Por:   •  22/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.074 Palavras (9 Páginas)  •  412 Visualizações

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[pic 1]         UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

CURSO DE BACHAREL EM DIREITO

Isadora Meneghel Begnini, João Antonio Scheffer Maggi, Natan Bartz, Taynara Luiza May, Thaise Tezza e Vinicius Petriu Gonçalves

ANÁLISE DA OBRA “O PRÍNCIPE” DE MAQUIAVEL

FOZ DO IGUAÇU

2017

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        3

DESENVOLVIMENTO        4

1.        O AUTOR        4

2.        A OBRA        4

2.1 A CONCEPÇÃO DE ESTADO POR MAQUIAVEL        5

2.2 MANIFESTAÇÕES DE ESTADO        6

2.3 O ELO ENTRE ESTADO, DIREITO E SOCIEDADE        6

2.4  A SOCIEDADE SISTEMATIZADA        7

CONSIDERAÇÕES FINAIS        9

FONTES BIBLIOGRÁFICAS        10


INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa apresentar a obra prima de Maquiavel, “O Príncipe”. Essa que pode estar sujeita a duas interpretações: a de que seria um manual para os governantes da sua época e posteriores, ou uma denúncia irônica sobre a opressão dos monarcas para com o povo. Nesse contexto, abordaremos parte da biografia do autor, o período em que o livro foi escrito (Renascimento), e o texto como um todo destacando os capítulos mais marcantes. Tudo isso, visando entender as concepções de Estado, sociedade e direito por Maquiavel.

        

DESENVOLVIMENTO

  1. O AUTOR

            Niccolò di Bernardo dei Machiavelli nasceu em Florença na Itália no dia 3 de maio de 1469, e morreu em 21 de junho de 1527, também em Florença. Foi filho de um jurista, e apesar das dificuldades que sua família toscana possuía, teve acesso ao estudo de latim e matemática na infância. Aos 29 anos exerceu seu primeiro cargo político como secretário da Segunda Chancelaria da República de Florença. Foi deposto em 1512, e preso e torturado em 1513 por ser considerado conspirador contra o governo, e durante esse período é que sua obra prima “O Príncipe” foi escrita, com base em seus estudos e experiências em diversas missões diplomáticas.

             É considerado o pai da Ciência Política por alguns teóricos, mas não foi agraciado com a oportunidade de ver o sucesso de seu trabalho. Entretanto, assim como os grandes governantes citados em seu livro, Nicolau Maquiavel entrou para história por suas contribuições e até hoje serve como referência para o estudo de governantes, políticos e intelectuais.

  1. A OBRA

“Il Principe”, em seus vinte e seis capítulos, foi escrito dentro do contexto Renascentista, no qual o conhecimento científico começava a se sobrepor sobre os pensamentos e dogmas teológicos. . Vale ressaltar que a Itália se encontrava desunificada, e Maquiavel ansiava por um príncipe de pulso firme, que estivesse disposto a fazer o que fosse preciso para o bem maior do Estado italiano. Dessa forma, o florentino deixa claro no capítulo XV que, cansado de obras sobre principados imaginados que nunca existiram, pretende escrever algo útil baseado na verdade das coisas.

O livro do florentino se destacou, principalmente, pela inovação de separar a ética individual da ética política, sem se preocupar com a idealização de governos justos, mas sim de estudar como manter o poder, baseado em uma política autônoma e laica. Estudo esse que foi praticamente ignorado pelos escritores de seu tempo e só foi usada, dois séculos mais tarde pelos federalistas - Alexander Hamilton, James Madison e John Jay – em seus artigos.

Outro fator importe é que “O Princípe” deu origem ao termo pejorativo “maquiavélico”, utilizado para mencionar ações imorais, porém, trata-se de uma leitura errada de sua obra, pois o autor defende que as ações “violentas” deveriam, se necessárias, realizadas de uma só vez e em nome de um bem maior.

    2.1 A CONCEPÇÃO DE ESTADO POR MAQUIAVEL

            O Estado é uma entidade personificada na pessoa do príncipe, deve ser conservado, e buscar sempre a prosperidade. Tal objetivo deve ser alcançado independente da moral individual do príncipe, conforme citado:

 “Ora, um homem que de profissão queira fazer-se permanentemente bom não poderá evitar a sua ruína, cercado de tantos que bons não são. Assim, é necessário a um príncipe que deseja manter-se príncipe aprender a não usar [apenas] a bondade, praticando-a ou não de acordo com as injunções.” (Capítulo XV, 1998 L&PM).

            Nesse contexto, devemos lembrar os termos virtù e fortuna, que são citados várias vezes como fundamentais para que o príncipe mantenha o controle adequado sobre seus ministros, exércitos e população. A virtú, ou virtude, difere da virtude ética e engloba as habilidades de o monarca saber os momentos certos para ser generoso ou para punir, sempre mantendo as aparências para não perder a credibilidade com seus súditos. Como metáfora para exemplificar o termo, Maquiavel diz que o príncipe precisa ter a força de um leão para comandar seu Estado, e a astúcia de uma raposa para escapar das armadilhas que poderiam derrubá-lo do poder.

           Já a fortuna, seria o destino e a sorte, que apesar de não poderem serem previstas, apenas os homens de virtude conseguem controlar. De acordo com os estudos do florentino, o Estado conquistado por virtudes possui os maiores desafios, porém é mais fácil de ser mantido. Já o Estado conquistado por pura sorte, não apresenta quase nenhum desafio, mas é quase impossível de ser mantido sem um príncipe virtuoso.

          E é por estes dois conceitos que o príncipe “exemplar” para Maquiavel se trata de César Bórgia, duque Valentino. O monarca ganhou seu poder pela sorte, mas soube mantê-lo por um tempo graças a suas virtudes. Episódio que deixou clara a força e astúcia de Bórgia foi quando ele conquistou a Romanha. O território estava sofrendo com muitos assaltos e desordem, e para resolver o problema, o duque nomeou Ramiro de Lorque para governar. Ramiro de Lorque era extremamente cruel e rígido, mas impôs ordem. Depois disso, Bórgia não quis que a crueldade de Lorque ficasse vinculada à sua imagem, e mandou cortá-lo ao meio em praça pública para satisfazer o povo.

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