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O Trato dos Viventes: Formação do Brasil no Atlântico Sul

Por:   •  9/11/2017  •  Resenha  •  793 Palavras (4 Páginas)  •  469 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC

SANTO AMARO

Lara Alves de Oliveira

O Trato dos Viventes: Formação do Brasil no Atlântico Sul.

São Paulo

2015

ALENCASTRO, Luíz Felipe de. O Trato dos viventes: Formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

Lisboa ganhou maior destaque no cenário europeu como a maior cidade ibérica, o que garantiu a Portugal a soberania sobre o comércio e o litoral africano. O maior mercado consumidor de negros africanos eram as ilhas atlânticas e com isso o mercado negreiro se torna âncora da economia do império do Ocidente. A África era vista como: ”uma imensa reserva de escravos e via no tráfico negreiro o instrumento da conquista portuguesa da Angola.”

O trabalho do negro passa a ter grande importância na economia hispano-americana, já que o trabalho do índio utilizado anteriormente causou uma grande mortalidade na população indígena.

Com o crescimento da demanda de mão-de-obra nos engenhos brasileiros foi necessário também o aumento do mercado escravo, o que segundo o autor acaba ampliando o domínio dos portugueses na África Central.

Pedro Gomes Coutinho era o principal fornecedor de negros para a América espanhola, Pedro conseguiu o monopólio de comércio ao arrematar em 1595 o asiento negreiro em Madri. Ele arrematou o asiento com objetivo de conquistar a Angola e a maneira mais fácil de conquistá-la sem guerras era por meio da Quiçara. Mas Coutinho acabara falecendo com uma febre tropical.

Com sua morte seu irmão Gonçalo Vaz Coutinho assume o posto de assentista em seu lugar até 1609. O filho de Gonçalo, Francisco de Sousa Coutinho foi o mais importante diplomata da Restauração como diz o autor. Gonçalo era um negociante muito importante no tráfico negreiro.

Em suma, muitas gerações de famílias se envolveram no comércio de escravos na Angola. Cerca de três mil escravos eram exportados anualmente após o término do governo de Manuel Cerveira que foi sucessor de João Rodrigues Coutinho no governo da Angola.

Durante a exportação os escravos sofriam com doenças e muitos acabavam morrendo. No período de 300 anos milhares de negros foram levados para navios no porto de Luanda para serem vendidos.

O autor indica que nesse período de 300 anos cerca de 4 milhões de escravos foram levados para a venda e chegaram vivos ao Brasil nos navios que era o único meio de transporte da época mesmo para os cidadãos livres entre os dois continentes.

As viagens nos navios negreiros duravam cerca de 3 semanas, as tumbas aonde ficavam os negros tinham pouco espaço, e os negros vinham acorrentados a fim de se evitar rebeliões.

Mesmo Felipe III assegurando a liberdade dos índios, a coroa portuguesa em 1611 volta atrás em sua decisão permitindo algumas formas de escravização indígena no Brasil. No processo de aldeamento os portugueses introduzem o comércio, e o ensino de artes mecânicas nas aldeias indígenas.

Havia facções como os jagas na Angola que os portugueses temiam pela sua habilidade com o manejo de armas como machadinha e armas para combate corpo a corpo, o que representou uma grande ameaça para os portugueses.

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