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ORGANIZAÇÃO POLITICA

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Por:   •  20/3/2015  •  582 Palavras (3 Páginas)  •  179 Visualizações

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O que é Utopia:

Utopia é a ideia de civilização ideal, fantástica, imaginária. É um sistema ou plano que parece irrealizável, é uma fantasia, um devaneio, uma ilusão, um sonho. Do grego “ou+topos” que significa “lugar que não existe”.

Uma das marcas que indicam, em uma obra filosófica, a diferença entre uma utopia e uma Filosofia Moral ou Política é a exposição do pensamento: em vez de o autor de uma utopia trabalhar com conceitos e argumentos, ele expõe os conceitos aplicados a uma situação concreta. Por exemplo, Thomas More cria uma ilha-reino, com a geografia descrita provavelmente a partir de narrativas sobre a América, em que demonstra como seria aplicável uma sociedade sem propriedade privada e sem intolerância religiosa, na qual a razão é o critério para estabelecer condutas sociais e não o autoritarismo do Rei ou da Igreja – que, em seu contexto histórico, a Inglaterra do século XVI, estavam reunidos na figura de Henrique VIII, chefe de Estado e da Igreja Anglicana, criada por ele como forma de reverter a proibição da Igreja Católica ao seu novo matrimônio com Ana Bolena.

Apesar de ter se oposto tão firmemente à Igreja Anglicana criada pelo rei, em Utopia todos têm liberdade religiosa e apenas deveriam ser vistos com desconfiança aqueles que não professavam nenhuma fé. Isso porque, na obra de Morus, a fé é consequência da razão e instrumento para exercício da justiça: os utopianos acreditam em Deus porque, pela razão, reconhecem que sua existência depende dele; a crença em um julgamento futuro faz com que todos se apliquem a exercer a justiça e a não se entregarem a prazeres de forma desregrada. Ou seja, aos utopianos é recomendada a fé em Deus, mas podem discordar a respeito de sua identidade.

A religião de Utopia é formada a partir de preceitos do cristianismo e, também, de escolas filosóficas como o estoicismo e o epicurismo. Tem três verdades básicas:

1) A fé na existência de um ser supremo, como já foi dito;

2) A providência de Deus em relação aos homens é amável;

3) A fé na providência e na retribuição futura para a alma, que é imortal.

O bem comum, a divisão do trabalho e a propriedade privada

Um dos pontos principais de Utopia é a preocupação com o bem comum ao qual se submete o bem individual. Para tanto, os utopianos preferem a divisão dos bens entre todos, pois acreditam que isso garantiria a abundância para todos e não a concentração de riquezas nas mãos de um grupo pequeno. Diz Morus:

“É minha convicção firme que uma distribuição segundo critérios de equidade ou uma planificação justa das coisas humanas não é possível sem eliminar totalmente a propriedade privada. Enquanto ela subsistir, estou convencido de que há de continuar sempre a haver, entre grandíssima parte da humanidade e entre a melhor parte dela, o fardo angustiante e inelutável da pobreza e da miséria.” (MORVS, 2006, p. 479).

Por meio da divisão do trabalho, todos trabalhariam apenas o necessário para garantir o bem geral, pois do mesmo modo que ninguém trabalharia para outra pessoa, ninguém poderia se esquivar da sua responsabilidade. Até os viajantes deveriam trabalhar antes de serem alimentados. Em caso de haver

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