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Os Maquiavel

Por:   •  16/6/2018  •  Seminário  •  2.503 Palavras (11 Páginas)  •  250 Visualizações

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maquiavel: pai da ciência política a precursor do realismo

Trabalho sobre Maquiavel: Pai da Ciência Política a Precursor do Realismo para a disciplina de Introdução a Ciência Política, no curso de graduação de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Este Trabalho foi redigido em virtude das exigências do Docente Titular da cadeira de Introdução a Ciência Política do Curso de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Prof.º Dr. Theofilo Codeco Machado Rodrigues.

Autores: Sr. Guilherme Augusto Larsen do Amaral, Sr. João Luiz do Couto Baptista, Sr. João Vitor Gervasio Santana e Sr. Victor Kranz Espíndola.

UFRJ

RI

2018

SUMÁRIO

Considerações Iniciais;

A História de Maquiavel;

Maquiavel, O Pai da Ciência Política;

A Europa Conturbada: A Necessidade pela Sobrevivência;

O Método de Maquiavel: Veritá Effettuale;

Questão Vitelli: A Necessidade de Centralização do Poder;

A Política e a Moral;

O Príncipe: A Fortuna e A Virtú;

Maquiavel, uns dos Percussores do Realismo nas Relações Internacionais;

Conclusão;

Considerações Finais;

Bibliografia.

UFRJ

RI

2018

Considerações Iniciais.

Maquiavel, escutamos muito sobre ele no meio acadêmico, ou, até no dia-a-dia com a famosa expressão “Maquiavélico (a)”. Mas, Maquiavel é muito mais do que uma expressão negativa, ele é o Pai da Ciência Política e um grande precursor da Teoria Realista em RI. Então, o intuito deste trabalho é aclarar suas linhas de pensamento e as leituras feitas por teoristas do Realismo.

A História de Maquiavel.

Feita essas considerações iniciais, é interessante explicitar a vida de Maquiavel antes de entrarmos em seu pensamento Teórico-Normativo.

Disto isso, Maquiavel nasceu no dia 3 de maio de 1469, em uma Itália “esplendorosa, mas infeliz” de acordo com o historiador Garin. Essa visão se dá pelo fato do país na época ser uma colcha de retalhos com variados Estados com diferentes regimes políticos, estruturas econômicas e cultura; tornando a península extremamente instável, cheia de conflitos internos e externos.

Com a paz do governo de Lourenço, o Magnífico (que durou até 1494) a península viveu certa tranquilidade, com a existência de cinco grandes estados: Nápoles ao sul, nas mãos dos Aragão; no centro os Estados papais, controlados pela igreja além da república de Florença, presidida pelos Médici; ao norte o ducado de Milão e a república de Veneza.

Entretanto nos últimos anos do século a desordem e instabilidade não podiam ser controlados, as rixas internas se acirraram e as poderosas nações vizinhas, Espanha e França, começaram a invadir. Desse modo, a França consegue dominar os Estados de norte a sul e os Médici foram expulsos.

Neste contexto de instabilidade política imensa que Maquiavel passa sua infância. Como vivia na época Renascentista e seu pai era um advogado estudante das humanidades, aos 12 anos já escrevia em latim e dominava a retórica greco-romana. Apesar disto apenas em 1498 com 29 anos exerce um cargo de destaque na vida pública, ocupando a Segunda Chancelaria. Isso ocorre pois Savonarola que substituía os Médici foi enforcado e queimado, acompanhando a sua queda todos os detentores de cargos importantes foram expulsos. Nesse cargo Nicolau cumpriu diversas missões, dentro e fora da Itália, destacando-se na criação de uma milícia nacional.

Contudo, em 1512 os Médici retomam o poder e Maquiavel perde seu cargo, fica proibido de sair de Florença por um ano e de entrar em quaisquer prédios públicos. A situação piora ainda mais em 1513, pois Nicolau é acusado de fazer parte de uma conspiração fracassada ao governo dos Médici, com isso é preso, torturado e condenado a pagar uma pesada multa.

Enquanto isso o governo Médici parece cada vez mais se consolidar, em 1513 o cardeal Giovanni de Médici se transforma no papa Leão X. Graças a esse fato Maquiavel consegue libertação, por conta de seus amigos Vettori, embaixador em Roma, ser ligado aos Médici.

Após sua soltura é impedido de voltar ao cargo público e com isso usa seu tempo para criar suas obras de análise política como: O Príncipe (1512-1513), os discursos sobre a primeira década de Tito Lívio (1513-1519), A arte da guerra (1519-1520). O próprio descreveu seus escritos como resultado de sua experiência prática e do convívio com os clássicos.

Após a redação de “O Príncipe”, sua vida é marcada por esperanças seguidas de decepções. Tentando voltar aos cargos públicos, tenta agradar os Médici dedicando-os o escrito e pede intervenção de amigos, mas de nada adianta pois é visto como republicano pelos tiranos. Em 1520 a Universidade de Florença, presidida pelo cardeal Júlio Médici, encarrega-o de redigir a história de Florença. Assim nasce sua última obra e última frustração, pelo fato dos Médici serem depostos em 1527 e a república ser restaurada e, assim, esse trabalho ser visto pelos jovens republicanos como uma ligação de Maquiavel com os tiranos. Desse modo, derrotado e desgostoso, Nicolau Maquiavel adoece e falece em junho do mesmo ano.

III. Maquiavel, O Pai da Ciência Política:

i. A Europa Conturbada: A Necessidade pela Sobrevivência

Como se pode notar ao analisar o seu contexto histórico, Maquiavel vivia em uma Europa fragmentada, composta por uma série de pequenas cidades-estados que possuíam seus próprios regimes, além de dialetos diferentes e desenvolvimentos econômicos distintos, que constantemente entravam em guerra entre si. Nesse sentido,

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