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Paz e Guerra Entre as Nações (resenha)

Por:   •  27/5/2016  •  Resenha  •  601 Palavras (3 Páginas)  •  1.769 Visualizações

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RELAÇÕES INTERNACIONAIS

BIBLIOGRAFIA E BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

ARON, R.  Paz e Guerra entre as Nações. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2002. Cap. VI – Dialética da paz e da guerra.

http://educacao.uol.com.br/biografias/raymond-aron.htm

Raymond Aron nasceu em 1905, em Paris, França. Possuía doutorado em Filosofia da História e lecionou na Universidade de Colônia, Alemanha e na Universidade de Toulouse, na França. Aron foi para Londres durante a ocupação nazista na França. Retornou a Paris no fim da guerra, defendia a democracia na Europa, mas foi contrário aos movimentos estudantis de 1968 que eclodiram ao redor do globo. Foi colunista do jornal “L’express” no qual escreveu até 1983, quando faleceu. Algumas de suas principais obras foram: Intoduction à la Philosophie de l'Histoire (1928), Electeurs, Partis et Élus-Revue Française de Science Politique (1955), L'Opium des Intellectuels (1955), Paix et Guerre entre les nations  (1961), Dix-huit Leçons sur la Société Industrielle (1663), Mémoires (1983).

Em Dialética da Guerra (Capítulo VI do livro Paz e Guerra entre as nações), Aron afirma que a guerras é um aspecto presente na humanidade, não importando a época ou a civilização.  O autor inicia o capítulo explicando que seu ponto de partida será a paz porque, ainda que a guerra seja a culminação no relacionamento internacional, ela não é o verdadeiro objetivo, ela é tão somente um meio para se alcançar a paz.

Aron define a paz como “a suspensão [...] da rivalidade entre os Estados” e que esta está relacionada com os tipos de relações de forças. Para ele há três tipos de paz: equilíbrio, hegemonia e império. Ele defende que quando as forças não estão em equilíbrio, uma se sobrepõe a outra ou então determinada força é superada de tal modo por outra que as restantes acabam desaparecendo, que é o chamado império. Há ainda a paz hegemônica que é definida no capítulo como “uma forma precária de equilíbrio”; apesar de certa força ser inegavelmente superior, esta não objetiva sobrepujar as unidades impotentes e respeita a autonomia de outros Estados.

Enquanto existem tipos de paz, também existem os tipos de guerra: as interestatais (tidas por ele como “perfeitas”), as superestatais e as infra estatais. O primeiro tipo envolve duas instituições políticas que se reconhecem com legítimas; o segundo tipo é o que pretende ou acaba por eliminar quem está na guerra ou formar uma unidade superior; o último caso é a guerra que procura manter ou saturar certa unidade política, nacional ou imperial.

Por fim, Aron elenca dois últimos tipos de paz. Um deles completamente diferente das vistas anteriormente (“pois seu equilíbrio de forças é sempre aproximado”) e que é advinda do progresso das técnicas de produção de armas. É a chamada paz do terror – também chamada de paz da impotência – “é a que reina (ou reinaria) entre unidades políticas que tem (ou teriam) a capacidade de desferir golpes mortais uma sobre as outras”; nesta a desigualdade entre os adversários é inexistente, já que todos têm potência para revidar possíveis ataques. Contudo, Aron argumenta que tal paz jamais foi alcançada e que talvez jamais venha a ser.

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