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Politica

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Por:   •  30/8/2014  •  Tese  •  638 Palavras (3 Páginas)  •  217 Visualizações

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É impressionante como as pessoas, de todos os níveis, perguntam e comentam sobre a situação política do momento, no Brasil. Há certa desorientação e inquietação generalizada. Quem está certo? Quem está dizendo verdades? Quem está se aproveitando da situação? Quem está, descaradamente, mentindo? No que vai dar tudo isso que está sendo dito e mostrado? As pessoas estão perplexas. Permitimo-nos aqui, neste espaço absolutamente livre e democrático, sem promessas nem esperanças de sacolões e mensalões, malas e malinhas, expor algumas idéias.

1 - Primeira observação: a democracia dita representativa está tremendamente em crise e não é nada representativa, nem mesmo estatisticamente. Tanto em nível municipal, estadual como federal ela é uma aberração. Os que estão exercendo o poder Legislativo representam um número muito pequeno de eleitores. Basta um exercício elementar de estatística, somando os votos dos que são vereadores ou deputados hoje “legítimos representantes”, e veremos que essa soma de votos não alcança, em nenhum município ou Estado, os votos de 30% dos eleitores. Que representatividade é essa? São representantes de pequenos grupos de interesse e de pressão. E que, efetiva, garantida e eficazmente cobram ações dos eleitos para que seus interesses sejam plenamente atendidos.

2 – Qualificação dos eleitos: para ocupar qualquer cargo em empresas, escolas, associações, igrejas etc., exige-se a comprovação de habilitação e qualificação, quando não também experiência. Para o exercício e ocupação de um cargo político nada disso é exigido. Qualquer um acha-se habilitado e qualificado. E concorre, usando dos meios de que dispõe: dinheiro, influência, mentira, calúnia, sabotagem, boicote, pressão, infidelidade, promessas mirabolescas, enganos etc.

3 – Consciência dos cidadãos: cidadania, hoje, mais que nunca, implica em participação. Para participar é necessário um mínimo de consciência e de conhecimento do que está acontecendo. Temos uma marca muito forte de alienação com relação à realidade política, à organização e funcionamento da sociedade. As pessoas preferem distância dessa realidade e não envolvimento, comprometimento e participação. Cada um pensa em poder aproveitar de alguma coisa para si, quer algum benefício próprio. Se o eleitor não ganhar algum dinheirinho, ele não vota em candidato honesto e sério e pobre...

4 – Não conhecimento nem prática do princípio do bem comum. A característica mais forte é tirar proveito individual. Além disso, aqueles que se elegem (porque não são eleitos!) sentem-se como proprietários do bem público. Se um vereador, um deputado, um prefeito faz uma obra que beneficia a população, ele quer ser visto como alguém que, por iniciativa própria, como se o município ou o Estado fosse uma empresa particular sua, fez um favor à população, a coitadinha que não sabe se ajudar... Até festas de comemoração de aniversário de município são apresentadas como um presente do Poder Público à população. Que presente que nada! A população, sem saber, está pagando e pagando muito caro o show ou espetáculo de aniversário do município. Qual dos munícipes foi consultado se ele está de acordo que se faça esse tipo de comemoração. Ou somos governados por oniscientes?

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